EmmaApertei a campainha. Não demorou muito e Yago abriu a porta. Por sorte o bolo estava em uma caixa preta e não dava pra saber o que era.Ele estava sem camisa com uma bermuda e mão na cintura.— Olha se não é o aniversariante de hoje. —falei e ele deu um sorriso.— Vai me dar o que de presente? — Yago perguntou rindo.Entrei na casa e ele fechou a porta e eu coloquei o bolo em cima da mesa.— O que você quer? — perguntei.Ele ficou me olhando e então a Hanna surgiu.— Que pergunta besta, tá na cara que ele quer você. — Hanna disse rindo.— Eu não falei nada. — Yago disse e ergueu as duas mãos em sinal de rendição.— Nem precisa falar, tá escrito na sua testa. — ela disse rindo.Fui até ele e dei um abraço dele, seu corpo estava quente, ele com 20 é bem maior do que eu com 22 o que não é justo.— Feliz aniversário bicudo. — falei e ele riu.— Faz tempo que ele não faz mais o bico. — Tia Mayara disse rindo.— Lá vem vocês com essas histórias de quando eu era menor. — Y
LuanOlho pro meu relógio. Já era quase hora de sair de casa.— Você tem que buscar seu terno na alfaiataria. — Minha mãe disse.— Tá bom, busco no horário do almoço. — falei.— Tá bom querido. — ela disse e me deu um beijo na bochecha.Depois do café fiquei esperando meu pai do lado de fora de casa. Ele não demorou muito e saiu ajeitando a gravata.— Sabe aquela festa de renovação de votos? — meu pai disse assim que entrou no carro.— Seu casamento com a minha mãe? — perguntei.— Sim, eu já comecei a planejar, posso te pedir uma coisa? — ele perguntou.— Pode. — falei.— Acho que a sua mãe ficaria muito feliz se a Emma fizesse o bolo e eu tenho que concordar que ela faz bolos deliciosos.— Posso falar com ela.— Obrigada filho.Chegamos no trabalho. Fui pra minha sala. Os documentos pra compra da casa que eu levei os pais do noivo e a noiva já estava pronta.Ouço alguém bater na porta.— Pode entrar. — falei.— Sou eu. — Heloisa apareceu.— Olha só. — falei sorrindo —
Emma— Vem mostrar, é sua essa força! Vem mudar o que sempre foi. Há muito tempo esperei para te conhecer. Vem me mostrar. — parei de cantar e o Luan não tirava os olhos de mim.As crianças ficaram todas me olhando.— Eu não acredito que você me fez tocar frozen. — Luan disse rindo. — Pra alguém que não tocava a muito tempo, você mandou muito bem. — falei e ele riu. — E você cantou muito bem. — ele disse e sorri. — Sabe o que vocês podiam fazer? — Agatha disse se aproximando da gente. — O que? — Luan perguntou. — Um dueto. — Nanda disse. — Bom, quem sabe depois, porque agora é hora da história. — falei levantando da cadeira. Fui ler histórias paras as crianças, eu amei ver o rostinho delas. Eles faziam caras e bocas, olhando pra mim enquanto eu lia a história. No final da história todas elas bateram palmas. Elas foram brincar do outro lado do pátio. A tarde foi chegando bem de mansinho. As crianças já estavam alimentadas então duas mães vieram buscá-las — Bom,
LuanMe olho no espelho.Percebi que aquela gravata era diferente das que eu estava acostumado a usar. Ou seja, eu não sei dar o nó nela.Vou até a porta do quarto do meu pai e bati, minha mãe abriu a porta com um leve sorriso. — O que foi querido? — ela me perguntou. — Vim pedir ajuda com a gravata, ela é diferente. — falei e apontei pra gravata. — Ah tudo bem, entre. — ela disse com um leve sorriso. — Espero vocês lá em baixo. — Está bem querida. — meu pai disse. Minha mãe fechou a porta atrás de mim. — Pode me ajudar com isso? — perguntei e apontei pra gravata. — Venha até aqui. — ele disse. Parei na frente dele, então ele ajeitou a gravata no meu pescoço. — Espero um dia estar vestindo um terno caro como esse para o seu jantar de noivado. — meu pai disse e deu um meio sorriso. Pelo andar da carruagem acho que não vai ser possível realizar esse desejo dele. — Complicado. — falei e dei risada. — Por que? Não achou ninguém a sua altura ainda? — ele perguntou
EmmaLá estava eu, no carro com o Luan, minha cabeça estava em seu ombro. Sua pergunta ecoava na minha cabeça.Me fazia ir pra longe, pensar em toda a minha vida até agora. Não é fácil ouvir de alguém, que está gostando de você. Afinal quem é que gosta de uma pessoa grossa como eu? Que machuca as outras pessoas pra tentar se defender.Não é como se eu pudesse escolher isso, e o que eu disse é verdade, se eu pudesse mudar tudo o que eu sinto aqui dentro, eu escolheria gostar dele, escolheria me apaixonar por esse novo Luan, que tem sido bondoso, legal e menos babaca.— Tudo bem? — Luan perguntou me olhando.— Sim, só estou com sono. — respondi.Não demorou muito e a gente chegou na casa da Hanna.— Obrigada por me trazer. — disse assim que o carro parou na porta da frente. Ele desceu e ficou segurando a porta pra eu descer. Então ele fechou a porta e estendeu o braço pra mim. Me apoiei nele e levantei a ponta do vestido pra não pegar no asfalto.. Ele me acompanhou até a
Luan"Se eu pudesse escolher alguém pra amar, eu escolheria você"Essas palavras ecoavam na minha cabeça de uma forma incontrolável.Isso não era um "sim".Mas também não era um "não".Mas não parece soar como um "talvez".O que deixa tudo pior e mais confuso dentro da minha cabeça que não funciona direito desde de sábado, quando eu tive a coragem e a falta de vergonha na cara de dizer a Emma que eu estava "talvez gostando dela".Talvez eu me arrependa de ter dito isso. Não que eu não esteja gostando dela, porque eu claramente talvez esteja. Eu nem sei mais o que sentir e como agir. O depois de tudo isso foi pior ainda, levei ela pra casa e ela foi a viagem inteira com a cabeça em meu ombro e seu braço por dentro do meu.O que me faz entender que isso é um sinal de um possível "eu acho que consigo gostar de você, um dia, não agora e nem amanhã".Achei que esse lance de mulheres indecifráveis fosse coisa de filme de romance. Mas acho que achei uma na vida real que dá um
EmmaMe peguei fazendo algo que eu não fazia a muito tempo.Hanna com certeza ia dizer que era pentear o cabelo. Mas não é isso. Marquei um horário em um salão e vou fazer unhas e cabelo.Não sei o que me deu, mas de repente eu percebi que eu não ando cuidado muito de mim e que eu mereço esse tempo.Minha terça feira foi um pouco mais animada que a segunda, e tinha que ser, tudo ficou meio estranho depois da visita ao cemitério, mas eu me recuperei depois, entendi que foi um momento de fragilidade e tudo bem.— Eu tenho prova de vestido de madrinha hoje. — falei pra Ju a caminho da cozinha.— Agatha já marcou a data do casamento? — minha mãe perguntou.— Já sim. E eu vou ser madrinha de dois casamentos. — falei.— Quem mais vai casar? — meu pai perguntou curioso.— Os pais do Luan vão completar 25 anos juntos e vão fazer uma renovação de votos e ele me chamou pra entrar com ele.— Você aceitou? — minha mãe perguntou fazendo cara feia. — Aquele pessoal é tão diferente de
Emma— Certeza que está bom? — perguntei me olhando no espelho.— Eu já disse que sim umas quatro vezes. — Hanna disse.— Eu também falei que está linda. — tia Ju disse.Lá estava eu fazendo mais uma prova do vestido pro casamento dos pais do Luan, a minha última prova é na quinta feira e sexta feira de tarde eu vou buscar o vestido.Só em pensar que eu também vou fazer o bolo. Tia Ju me ofereceu o apartamento dela pra fazer todas as coisas e disse que as menina também poderiam ir pra lá. O que é muito legal, já que a minha mãe não gostou nada da ideia de eu ser madrinha de casamento de gente rica.A semana passou muito mais rápido do que eu pensei que passaria. Quinta feira começou como um dia qualquer, mas a tia Ju enfim foi pro apartamento dela, pra alegria da minha mãe, que agora já pode voltar a falar um monte da minha cabeça.No trabalho Nanda e Dr Gilberto estão num impasse, que eles não sabem se se evitam ou então flertam por olhares, o que deixa o clima entre os