Thiago Cavalcante.Acordei com uma baita dor de cabeça, e alguns flashes da noite passada me veem a mente e uma delas em particular me deixou muito sem jeito, pois me lembrei de Isabel me auxiliando no banho, só espero que dessa vez eu não tenha feito algo idiota.Mesmo com muita dor de cabeça fiz as minhas higienes e depois desci, quando cheguei a mesa, ela estava vazia e me perguntei que horas eram. Roberta chegou e me entregou um copo com suco de laranja e um comprimido.— Para sua dor de cabeça. – Ela me diz sorrindo. — E não se preocupe, eu liguei para a empresa e avisei a Magnólia que você chegaria mais tarde, pois não estava muito bem.— Obrigado tia Roberta, você é a melhor. – Ela se retirou e eu sorri.Vi um bolo de aipim ali e resolvi pegar um pedaço, provei um pedaço e quando vi estava devorando o bolo, por que estava uma delicia mesmo. Quando Roberta chegou perguntei quem fez aquela maravilha e ela me avisou que havia sido a Isabel o que não me surpreendeu, pois ela até qu
Quando Thiago se afastou para atender a ligação eu sabia que havia algo errado, ele se aproximou de mim e sorriu sem jeito.— Isabel, infelizmente aconteceu um imprevisto no trabalho e precisarei ir para lá com urgência, continuo torcendo por Pietro e por favor, explique a ele o motivo de eu não estar presente.— Pode deixar senhor. – Acho que Thiago sentiu a decepção em minha voz , mas não é por minha causa e sim por Pietro, que é um menino maravilhoso e não merece que o pai faça isso com ele.Thiago se despediu e quando virou as costas seu filho fez um belo passe para um colega que fez o gol, e eu vibrei como se tivesse sido ele.Pietro olhou para mim e ficou a procura do pai e eu fiz um sinal que falava com ele depois, tadinho do menino, estava decepcionado.Mesmo assim continuei animando ele até que fez um gol e eu dancei a macarena junto com ele que finalmente deu um sorriso animado, tenho muito dó dele, primeiro perdeu a mãe tragicamente e o pai está completamente ausente. Sei q
Pietro CavalcanteEstava ansioso pelo jogo de sexta, pois depois dele nós iríamos descobrir quem seria escalado para o time principal, o campeonato estava prestes a começar e eu queria estar no time principal pra ver Bebel nos jogos torcendo por mim. Isabel é mais que uma cuidadora, ela parece que é minha mãe, está sempre me defendo, me animando e nunca me deixa ficar triste, às vezes eu queria que ela fosse a minha mãe de verdade. — Tá animado pra mais tarde? – Carlos perguntou sentando do meu lado. — Claro, hoje depois do jogo vão escolher o time principal e eu quero tá nele. — E desde quando você gosta de jogar futebol, no ano passado você não reclamou de ficar no banco. – Mário se aproximou com seu lanche. — Mas agora tenho a Bebel que torce por mim e não quero decepcionar ela. – Meus amigos dão uma risadinha e fico sem entender. — Tá caidinho pela babá, ela é bonita, mas é velha. — Eu não tô caindinho pela Bebel e ela não é velha, é adulta, ela é quase minha mãe. — Ela tá
Isabel Ferreira Me virei e dei de cara com meu chefe, só espero que ele não queira conversar para me demitir.— Sim senhor. – Olhei para ele.— Já pedi para que não me chame de senhor, temos quase a mesma idade – estava tentando decifrar Thiago, ele é muito difícil de entender.— Podemos ter quase a mesma idade, mas eu sou apenas a sua empregada, então acho que devemos manter essa relação, senhor. – Sorvi um pouco do líquido da minha caneca.— Vocês, mulheres, são pessoas difíceis. Eu gostaria de me desculpar por tudo o que disse na sexta, estava nervoso por conta do trabalho e acabei descontando em quem não tinha culpa.— Olha, Thiago, vou ser bem honesta com você, se depois do que eu disser e você quiser me demitir, tudo bem, mas eu preciso falar. O que fez na sexta foi algo errado e não estou falando em relação a mim, falo do seu filho, Pietro é um garoto incrível que sofre em silêncio a perda da mãe, que não pode praticar as coisas que gosta e ainda tem um pai ausente e autoritár
Depois de ir à escola da minha sobrinha, fui para escola de Pietro e Ana ficou encantada ao ver a fachada,estacionei o carro e ela olhou para mim.— Tia, essa é a escola do menino que você toma conta? – Ela perguntou curiosa.— É sim Aninha, meu amor espera aqui um pouquinho que eu vou buscá-lo para poder irmos – ela diz que tudo bem e eu sorri para ela.Fiquei no portão esperando ele sair e quando chegou me abraçou apertado, o levei para o carro e quando olhou para minha sobrinha ficou surpreso.— Quem é essa garota, Bebel? – Ele perguntou.— Essa é a Ana Cristina minha sobrinha e vai ficar na sua casa essa tarde, Aninha dá oi para o colega. – Os dois se cumprimentam e logo começam uma conversa animada sobre videogames, o que me faz sorrir, cheguei em casa com eles e enquanto pedi a Pietro para tomar banho e trocar de roupa, enquanto levei a minha sobrinha para o meu quarto para que ela trocasse de roupa, olhei para ela e me lembrei que não tenho roupas para ela e agora não sei o que
Depois que levei as crianças para suas respectivas escolas, fui para o hospital em que minha irmã estava, quando cheguei vi que ela estava abatida, nossa de um dia para o outro ela ficou desse jeito.— Oi, maninha, oi Luiz, então me explica o que está acontecendo. – Peço a ela que segura a minha mão firme.— Bebel, eu tenho um problema e preciso muito da sua ajuda, Luiz e eu só confiamos em você para ficar com a nossa pequena enquanto me trato. – Meu queixo trincou na hora. — Maninha eu tenho câncer e preciso me tratar com urgência e por isso não quero que minha filha veja isso, a quimio vai acabar comigo você pode ficar com ela? – Por favor, eu preciso muito de você para passar por esse momento.As lágrimas rolaram dos meus olhos, não acredito que a nossa família está passando por mais uma provação.— Lua, você já sabia que estava doente? – Perguntei e ela afirma. — Por que não contou para nós?— Eu precisava ter certeza antes de contar a vocês. – Ela voltou a chorar e aquilo parti
No dia seguinte levei as crianças para a escola e fui para hospital, hoje Pietro não parava de falar, pois está muito empolgado já que vai começar a dançar, enquanto isso minha sobrinha não parava de perguntar pela mãe e só se acalmou quando eu disse que conversaria com ela quando voltássemos. Vou fazer o que Thiago me disse e conversar com ela de uma vez. Voltei ao hospital e fiquei com a minha irmã que estava chorosa.— Maninha, se quiser chorar, não se reprima por minha causa. – Digo a ela que tentou sorrir.— Será que eu vou sair dessa? – Ela me pergunta.— Claro que vai Lua, e nós vamos dançar a tradicional macarena. – Abracei minha irmã e fiquei com ela até o horário de buscar as crianças.Cheguei na escola da minha sobrinha ela estava à minha espera e como ainda tinha muito tempo para buscar Pietro a levei à sorveteria.— Amor, eu preciso te contar uma coisa, mas você tem que me prometer que vai ser forte e me ouvir com muita atenção.— Tudo bem tia. – Respirei fundo e comece
Thiago CavalcanteA manhã estava uma loucura, o pessoal da arrumação estava a todo o vapor e eu não estava conseguindo me concentrar em meu trabalho, Isabel entrou aqui e perguntou se eu queria ver o que estava sendo preparado, mas eu disse que confiava em seu bom gosto, o que não deixava de ser verdade. No horário do almoço meus pais e minha irmã chegaram e se encantaram com tudo que viram.— Valha-me Zeus! Aquela menina é idêntica a Jessy. – Minha mãe disse olhando espantada. — Verdade mãe, ela é a cuidadora de Pietro. – Minha irmã também estava falando da semelhança entre as duas e eu comecei a me sentir desconfortável.— Onde está o seu marido? – Perguntei a Manuella.— Está em Chicago, uma conferência de sua empresa. – Ela me diz e sei que ela odeia quando ele está longe— Sei como é. Bom, vou deixar vocês à vontade, preciso voltar ao trabalho. Chamei Isabel e os apresentei, como Berta estava muito ocupada pedi a ela que ajudasse a minha família com o que fosse preciso e ela co