Capítulo 4

ALGUM TEMPO DEPOIS, Rodrigo estava tomando banho com a porta corrediça do box aberta enquanto os dois conversavam. Com o celular em mãos, Nat fuçava as redes sociais sentada na bacia fechada do sanitário. Sem calcinha, ela estava só com a camisa dele no corpo quando uma foto no I*******m da sua irmã Carina a chamou atenção.

— A Carina postou fotos dela e um pessoal na casa de praia de vocês semana passada. Eu não conheço ninguém e você não aparece nas fotos. Você foi junto?

— Fui sim. Eu pilotei o helicóptero com eles até lá. — ele lavava os cabelos com um xampu. Seu falo estava em descanso entre as pernas.

— Odeio quando você pilota essa coisa. Me dá até calafrio! — os olhos dela continuaram examinando as meninas e os rapazes junto da cunhada Carina nas fotos, tentando saber se conhecia algum deles. — As meninas são lindas. Quem é essa galera?

— Uma delas é amiga de escola da Carina. A meio loirinha…

— Uma que tem uns peitões? Biquíni branco? — o olhar dela estava fixo na tela do celular. Ele a olhou sorrindo.

— Essa mesma. Ela se chama Bianca. Vão terminar o ensino médio juntas esse ano.

— E quem é o gostoso com barriga tanquinho? — Nat sabia provocar Rodrigo e ao dizer aquilo, ela o olhou com um sorriso debochado. Ele devolveu com um tom irônico:

— Ele é o Caíque, irmão da gostosa de biquíni branco e da delicinha de shortinho preto aí na foto. — ela deu risada.

Havia quase dez fotos no I*******m de Carina com o grupo de amigos citado por Nat e começou a bater uma ponta de ciúmes na menina em ver que o namorado havia estado bem acompanhado na semana anterior. Cara! Essa Bianca é muito linda! E a irmã dela, a ruiva de cabelos lisos, também é bem bonita, analisou, discreta.   

— Quem são as duas novinhas branquinhas que estão com elas na foto?

Rodrigo já estava quase terminando o banho. Apoiado no vidro no box, ele explicou:

— São primas da amiga da Carina. São lá de Minas. Pelo que entendi, moram perto da sua prima Miriam. — enquanto ele falava, Nat analisava as duas meninas. Corpos bem torneados. — São quatro irmãos, a Bianca, a Aline, o Caíque e o Diogo. O outro carinha aleatório que aparece aí na foto, um meio cabeludo, é o Heitor. Amigo da família e namorado da Aline. Namorado ou peguete, sei lá! As duas novinhas se chamam Ingrid e Joyce. A Carina me pediu para leva-los até a nossa casa de praia e eu não vi mal nisso. As meninas não conheciam praia.

São bem gatinhas mesmo. Se bem conheço meu namorado, ele deve ter ficado numa fissura louca na menorzinha de cabelos castanhos. Ela tem carinha de neném! Pensou Natalie.

— Uma delas parece ter a idade da Kelly.

Rodrigo fez silêncio enquanto fechava o registro do chuveiro. Ao apanhar a toalha branca para se enxugar, seus olhos encontraram os dela fitando-os.

— Você comeu ela, né? — havia ciúmes em sua voz meio trêmula. — Acho que você comeu a maioria delas!

Olhando-o, ela não conseguiu enxergar nenhuma negativa e logo o viu assentir. Havia sido uma semana bem intensa com as amigas da irmã dele. Desgraçado!

Algum tempo depois, Natalie também tomou seu banho e após vestir um baby-doll leve e confortável com uma calcinha azul por baixo, se sentou na sala. O canal de TV sintonizado passava uma comédia romântica, mas ela não parecia muito feliz. Sua cabeça não estava bem ali. Rodrigo aproximou-se vestindo um short e segurando um copo de uísque. Tinha aprendido a beber sempre que a situação ficava séria demais. Se espelhava nas reações que o próprio pai tinha em momentos parecidos. Ela estava com as pernas encolhidas sobre o sofá, com uma almofada no colo. Ele chegou perto dela. Deslizou o copo gelado em sua coxa nua como forma de chamar-lhe atenção. Ela nem desviou os olhos da TV.

— Tem algo que possa fazer para me redimir?

Silêncio. O casal no filme estava tendo uma discussão embaixo de chuva. Ele sabia o final daquela cena.

— Tem. Abre a janela e se joga!

Não havia sinal de ironia em sua voz. Estava sentida. Ele havia ido até a casa de praia dos pais com um monte de meninas sem que ela sequer soubesse. Falta grave. Muitas novinhas pra ele deflorar. Ele é tarado por novinha cheirando a leite!

Tem algo que eu possa fazer para me redimir e que me mantenha vivo de preferência?

Silêncio.

Rodrigo sorveu o restante do uísque no copo e em seguida o pousou na mesinha ao lado do sofá. Aproximou-se mais da namorada e procurou envolvê-la com seus braços fortes. Ela continuou com as pernas encolhidas e abraçada na almofada.

— Eu sei que vacilei. Não era pra acontecer. Cheguei lá com o intuito de deixar Lucas e Carina se divertirem sozinhos com o pessoal, mas acabou acontecendo.

Os olhos dela estavam frios quando o fitaram.

— Sempre acontece. Esqueceu que eu já participei de muitas orgias com você? Sei exatamente o que acontece.

Ele sentiu a almofada perder espaço entre os braços dela.

— Praia, sol, mar... biquínis, sungas... pênis, vagina... é sempre a mesma coisa, Rodrigo.

Não havia argumento para rebater e mesmo assim ele tentou:

— Eu estava lá enquanto você estava fazendo amor com o seu irmão no Rio.

Por um momento, ele soube que estava navegando em águas turbulentas.

— Quer mesmo comparar? Ele é meu irmão. Me come muito antes de você. É meu amigo acima de tudo, meu companheiro e é SEU amigo. Quem são essas meninas que você comeu, Rodrigo?

É. Não tem mesmo argumento à altura. 

— Não vai acontecer de novo. De qualquer forma eu estou ficando velho demais para orgias. Não tenho mais dezoito anos.

Havia ironia no tom dele. Ela o encarou séria por um breve instante e então se rendeu a um sorriso que lhe escapou no rosto sem poder ser contido. Seus braços já não seguravam mais a almofada e ela se permitiu ser abraçada. Os dois se beijaram outra vez, depois Nat voltou a ficar séria:

— Chega de orgias, Digo. A gente não vai dar certo mais se continuarmos levando a vida que levávamos... quando tínhamos dezoito anos. — e o sorriso brotou de novo. — Deixe as festinhas com sexo para seus irmãos. Eles são bons nisso!

Nat o deixou abraçá-la e algum tempo depois, eles voltaram a se relacionar no sofá. Enquanto montava nele, nua com as mãos sobre seu peito, ela o xingava mentalmente, sabendo que o cara não conseguiria manter a promessa de desistir das orgias. Será que EU consigo parar com as orgias?, pensou a moça enquanto sentia um prazer indescritível, gemendo sentada em cima dele. 

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