Reconciliação

Rebecca

Apesar da forte convicção em manter a calma, eu saí caminhando desnorteada, cada passo mais rápido que o anterior, como se pudesse deixar para trás as palavras duras que minha mãe havia cravado em mim. A praça, a igreja, a escola... tudo parecia se fundir em uma névoa de memórias e dor. Eu só queria voltar para a pousada, trancar a porta do quarto e tentar me recompor. Mas o mundo parecia girar mais rápido do que eu conseguia acompanhar.

Na pressa de fugir, nem olhei para os lados ao atravessar a rua. Foi então que ouvi o som de um carro se aproximando. Meu corpo congelou por um instante, e quando me virei, não tive dúvidas de que aquele era o carro do pastor Antônio. Meu pai. Meu coração parou, e eu não consegui me mover. Tudo parecia acontecer em câmera lenta: o carro desviando bruscamente, os pneus cantando no asfalto, o impacto que me atingiu de raspão. Senti meu corpo sendo arremessado contra o chão, e a dor explodiu em meu lado esquerdo.

Caí no chão com um baque surdo, o
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