Capítulo 4 Maya Bellerose

Uma batalha por dia!

Conseguir uma casa conjugada que só tem um quarto, cozinha banheiro e uma sala, a área de serviço tenho que dividir com os outros moradores, somos em cinco casas, pequenas, mas aconchegante foi o que me apareceu no momento e ainda é próximo ao bairro que eu morava, minha sorte que dona Maria continua cuidando das meninas, não ficaria tranquila de deixar as meninas sozinhas com pessoas desconhecidas principalmente nesse bairro que me dá até medo, mas foi o que me apareceu no momento.

No dia em que teria que devolver a casa, deixei as meninas com dona Maria, pois não queria mostrar meu ponto fraco, minhas filhas. Eu não daria esse gosto nunca. Nem que eu passe por cima de qualquer um, até da vaca da Katharina, que chegou com aquele olhar prepotente, questionando tudo, contas e até mesmo os desenhos que sempre teve no quarto das meninas, me chamando de cafona. Não sabe ela que tenho pena de pessoas como ela, que pensa serem importantes por estarem dando golpe nos homens, mas para mim não passa de uma vagabunda vazia.

Quando o advogado me pediu para assinar os documentos para sair da casa, minha vontade foi fazer Katharina engolir cada folha daquele documento.

Como podem existir pessoas desse nível? Mas prometo para mim mesma que não é ela que vai tirar minha paz, se ela acredita que ter dinheiro é tudo, coitada, não passa de uma doce ilusão. Tenho o que ela não tem, além do caráter, tenho minhas filhas que são meu porto seguro, meus bens mais preciosos de toda a vida.

— Pronto, querida, agora você pode voltar para sua vidinha de merda com suas filhas! — Ela só precisou dizer isso para eu acabar com a vida dela, a sorte foi que o advogado e mais um vizinho vieram ajudar ou nem um médico legista iria conseguir decifrar a cara da mau-caráter de tanto que b**e nela.

Entre essa e outras merdas que ela falou, lavei minha alma com uns belos socos que dei, agora vida que segue e espero do fundo do meu coração que ela não apareça em minha frente ou não responderei por mim.

Depois do episódio da entrega da chave, trabalhei, mas estava vendo que naquele dia não é melhor dia para sair de casa.

Houve a troca de dono do supermercado que estava trabalhando, como ele queria inovar os funcionários acabou por demitir todos os funcionários antigos, não foi só 6 pessoas, e sim mais de 30, pois ele não queria nenhum trabalhador da última administração o que acabou me fazendo ficar desesperada fazia mais de nove anos que trabalhava naquele supermercado mesmo trocando de gerenciamento sempre mantiveram os funcionários e agora essa!

Fiquei muito desesperada por mais que eles iriam pagar, já não era muito por que iriam dividir os valores, agora ter que esperar eles fazer a burocracia como foi coletivo ele teria até 30 dias úteis para entrar em contato com ex-funcionários para acertar as contas já que teriam que rever todos os financeiros onde eles informaram que estar a falência por isso a troca de gerenciamento saberia que seria uma demanda e tanto para receber os meus benéficos.

Alguns dias depois...

Não sou mulher de reclamar, mas tem dia que eu só quero me sentar e chorar, pois ainda é a única coisa que posso fazer longe das minhas filhas.

E assim os dias foram passando e sempre colocando currículos, mas nada, para quantos mais entrego menos eu tenho o perfil que eles precisam.

Já faz 15 dias que estou procurando trabalho, já fui para várias entrevistas, mas eles sempre falam que não é meu perfil, já tentei de tudo, de serviços gerais, atendente de loja, lanchonete mais nada se enquadra no meu perfil, palavras deles não minhas, só quero um emprego que pague pelo menos um salário mínimo base, o restou vou me virando, só quero ter o dinheiro para pagar meu aluguel, fazer a feira e pagar as contas! É pedir demais?

Já começaram a faltar as coisas das meninas em casa, mas elas não falam nada, apenas comem o que têm, isso me dói, nunca passei necessidade dessa forma. Tem dia que dona Maria traz alguns lanches para meninas, mesmo falando que não precisa, mas ela fala ser para as meninas, e sou grata por esse carinho.

Mais um dia chego em casa estou sem fome, estou cansada de procurar e não encontrar nada, e ver as coisas faltando, o supermercado ainda não entrou em contato como continua no prazo só resta esperar, nem mesmo o proporcional do salário eles depositaram. Como pode um supermercado entra em falência assim do nada?

— Mãe, come um pedaço de bolo, dona Maria fez com tanto carinho para nós. — Aysha fala carinhosa, pois eu já neguei o bolo na hora que cheguei.

— Meu amor, eu não estou com fome, pode comer!

— Mãe, eu e Aysha já comemos, esse é para senhora, vamos lá, mãe, esse bolo vai te fazer um pouco mais feliz! — Ayla fala tentando em animar.

— Estar bem, vou comer, mas vamos dividir, pois eu quero ver a felicidade completa! — Por hora, elas poderá em aceitar, mas acabam cedendo e cada uma comeu um pedaço.

— Agora vão se ajeitar para dormir porque amanhã é um novo dia!

— Mãe, a senhora vai conseguir um emprego, acredite! — Aysha fala com toda certeza que acabo acreditando também.

— Eu creio, minha filha, é só uma fase.

Nos ajeitando na cama de casal, o que deu para trazer para nossa nova casa.

Rezamos e agradecemos por mais um dia, e elas acabam dormindo, mas o sono não chega, meu corpo está cansado, mas a minha cabeça está a mil, são tantas coisas para entender como, de um dia para outro, minha vida pode mudar drasticamente?

Ainda penso em falar com minha mãe e meu irmão, mas logo b**e a lembrança de como a minha mãe me tratou anos atrás depois que saí de sua casa. Eu queria poder contar com ela, mas vejo que estou sozinha nessa vida, só tenho minhas filhas!

Deixo as lágrimas banharem meu rosto, em um choro silencioso…

Em meio aos meus pensamentos, acabo lembrando da Emma, uma mulher tão linda e gentil, queria ter visto ela de novo, a sua alegria e forma de falar é tão contagiante que chegaria a me animar agora.

São esses pensamentos que acabo pegando no sono…

Quando acordo, já passa das 10h da manhã, realmente estava precisando desse descanso. Meu celular começa a tocar um número estranho, só vem na mente a vaca da Katharina, se for ela ouvirá umas boas, que ousadia da parte dela.

— Alô. — Atendo sem vontade.

— Bom dia! Gostaria de falar com Maya Bellerose?

— Bom dia! Sou eu mesma, com quem falo?

— Srt.ᵃ Maya, é Ângela, é referente a uma vaga de babá. A senhora encaminhou o currículo por e-mail, gostaria de agendar uma entrevista. A senhora ainda está disponível? — Fico pensando: eu não envie para ser babá e sim atendente, mas não vou recusar entrevista.

— Quando seria? Estou disponível sim.

— A senhora pode comparecer hoje às 14h? Vou encaminhar o endereço por mensagem.

— Posso, sim, obrigada, vou ficar na espera. Tenha um bom dia!

— Tenha um bom dia! Srt.ᵃ Maya.

Fico parada, com a possibilidade de arrumar um emprego, não importa se é babá, eu darei meu melhor.

Vou para a cozinha ainda mais animada, começo a fazer o café matinal, as meninas ainda não acordaram. Mas não têm muito o que fazer, mesmo assim faço com muito amor.

— Bom dia! Meus amores! — Saúdo acordando as meninas.

— Bom dia! Mãe, acordou com tudo hoje, dona Maya!

— Sim, acordei muito bem hoje, e logo mais tenho uma entrevista de emprego e estou animada!

— Eu disse, essa vaga de emprego é sua mãe. — Aysha fala e eu me arrepio, como se fosse uma afirmação.

— Vamos, quero as duas tomando café enquanto organizo tudo, vamos!

As meninas saem para o banheiro para poder tomar o café enquanto organizo tudo, tenho que ter Fé, só assim consigo alcançar tudo que desejo no momento.

Vou para sala dona Maria já chegou e ainda trouxe algumas frutas para as meninas, ela é um anjo, mas creio que vou poder retribuir tudo que ela estar fazendo agora pelas minhas filhas. Uma vez ela me contou que o sonho dela e voltar para perto da sua irmã, que fica muito longe, e ela não tem condições de bancar essa viagem quem sabe um dia não posso ajudá-la por mais que eu vá sentir a falta dela, mas meu coração ficaria feliz com sua conquista a deixando perto de sua irmã querida, só eu sei a falta que isso me faz, queria estar perto do meu irmão, eu sou a mais velhas mais sempre me dei bem com ele. O queria agora aqui perto de mim, só para me dar esse apoio e me dizer que tudo sempre dará certo…

Andrew, como você faz falta, meu irmão!

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