Dias melhores virão! Só basta acreditar!
— Bom dia, dona Maria! Eu já falei que não precisa se preocupar. — Sei o quanto ela tem o coração bom, sempre pensando nas meninas. — Bom dia! Maya, pare de bobagem, até parece que, como todas essas frutas sozinha, não custa nada trazer para comer com as meninas! — Sei, a senhora pensar que me engana, dona Maria, sou grata pelo seu carinho com as minhas filhas, quem sabe um dia não possa retribuir de alguma forma. — Falo já colocando esse lembrete mentalmente dela voltar à cidade onde sua irmã vive, eu creio que um dia eu possa ajudar lá. — Só em ver vocês felizes já é o bastante. — Quando ela fala assim, logo vem a lembrança da minha mãe. — Então aproveite para tomar café com as meninas, e tenho uma novidade: hoje vou fazer uma entrevista mais tarde, se Deus quiser, vai dar tudo certo. — Já deu certo, Maya, basta acreditar. E assim foi nossa manhã animada, conversas, isso me ajudou a distrair um pouco, já que eu estava nervosa por conta da entrevista. Com esse pensamento, finalizo o almoço, começo a me arrumar, as meninas esses dias não estão indo à escola, só na próxima semana, então elas vão ao parque ou à praça, ou ficam em casa assistindo a filmes com dona Maria. O endereço que Ângela me passou é um pouco longe, tenho que apanhar duas conduções para chegar lá. Ela me mandou procurar por Senhora Margarida, ela ficará responsável pela minha entrevista, seja o que Deus quiser. Estou tão ansiosa que cheguei meia hora antes, não poderia chegar tarde devido os horários dos ônibus, chego na parte da cidade de classe alta, a parada ficar distante da casa, vou andando e alguns moradores já me ensinam onde fica a casa, posso dizer que o bairro é muito lindo a casa por fora é linda imagina por dentro, me sinto perdida nesse bairro, o condomínio é muito seguro, nem me atrevo chamar de condomínio parece mais uma cidade de tão grande que é. Chego no interfone e aciono, espero alguém responder. — Boa tarde! Estou procurando por dona Margarida, é Maya Bellerose. Estou agendada para entrevista às 14h. — Falo suando frio. — Boa tarde! Maya, vou autorizar a sua entrada, espere só um minuto. Fico ali perdida olhando a casa, sou desperta pelo segurança me chamando. — Senhorita Maya, por aqui. Vou seguindo, olhando para todo canto da casa, muito grande e linda, vou acompanhando até chegar na entrada onde tem uma senhora à minha espera. — Ela é bem simpática e baixinha, mas com um olhar doce, me sinto até mais aliviada. — Olá! Maya Bellerose, sou Margarida, governanta da casa, sou a responsável pela sua entrevista, aceita água, suco ou café? — Ela fala assim que chego em sua frente, e já vai me indicando para entrar. — Olá! Dona Margarida, não obrigada, estou bem. — Nada de dona Margarida, só Margarida, por favor, como você chegou antes, podemos começar? Você trouxe seu currículo. — Está bem, Margarida, podemos, sim. Entrego meu currículo, ela olha, eu fico nervosa porque eu não tenho experiência de carteira assinada para babá, já estou calejada de pessoas dizendo que não tenho perfil, me sinto até ansiosa com sua análise ao meu currículo. — Maya, seu currículo é bom, mas você nunca trabalhou com criança? Você tem alguma experiência? — Ela me pergunta, olhando em meus olhos. — Do… Margarida, eu posso ser sincera com a senhora? — Deve, é assim que conhecemos as pessoas minha filha. — Fico até aliviada. — Quando enviei o currículo era para atendente, mas não tinha visto que também estava precisando de babá, creio que eu não tenha especificado, e fui direcionada para a vaga de babá, eu não tenho experiência de carteira, mais posso garantir que darei o meu melhor, da mesma forma que faço com minhas filhas. — Resolvo me abrir e falar a verdade. — Certo, não se preocupe, como você já tem filhas, então já sabe a base de muitas coisas, vamos lá, o senhor Eduardo está contratando uma babá para a pequena Elise, de 5 anos, ela é um amor de criança, mas não tenho pique para dar conta daquela pequena travessa. Você tem paciência? Pois ela é um amor de menina, mas quando ela sabe que não gosta dela, ela pode te deixar louca. — Ela diz rindo e eu fico até com receio, porque esse riso pode ser de nervoso. — Sim, tenho experiência com criança, tenho paciência, não se preocupe, já de cara gostei dela, deve ser ruim ter pessoas cuidando que não goste, então irei conquistar o coração dela e darei o meu melhor, pode acreditar. Assim que termino de falar, passa uma cabeleira loirinha correndo pela sala, chamando Margarida. Ela nem percebeu que tem gente na sala, deve estar em alguma brincadeira, por parecer eufórica. — Margarida, eu não tenho mais força para correr, você tem que me achar. — Meu amor, agora não posso, tenho que fazer uma entrevista com Maya, dê um oi para ela, pequena. — Oi! Você gosta de brincar? — Ela pergunta e vem ao meu encontro. — Quem é que não gosta de brincar? Você sabe brincar de pega-pega, amarelinha, ou pula-corda? — A Pergunto e vejo seus olhos brilharem com a minha pergunta. — Meu pai, ele não gosta muito de brincar, essas brincadeiras eu não sei, pode me ensinar? — Ela pergunta animada. — Claro que posso, Margarida, posso mostrar-lhe? — A pergunta já que ela está me olhando de uma forma diferente. — Claro, mas essas brincadeiras podem ser no jardim, assim fica melhor para você ensinar. Elise pega na minha mão e sai me puxando. Comecei a rir, com sua ansiedade de conhecer novas brincadeiras é muito grande. — Qual você quer primeiro? — A Pergunto e ela coloca a mãozinha no queixo, como se estivesse pensando em qual ela quer brincar primeiro. — Pula a corda. — Ela diz animada. — Margarida tem alguma corda, pode ser fina para ela aprender. — Tem, sim, esperem que vou conseguir para vocês. — Margarida sai e me deixa com Elise. — Podemos brincar de outra, até Margarida vim. — Ela diz, quanta energia. — Podemos brincar de pega-pega, eu vou ser o pega e você tem que correr para não te alcançar certo, então vou contar até 10, é o tempo que você corre, está bem? — A pergunto. Nem chego a terminar de falar para contar e ela já começa a correr. Comecei a contar devagar para dar tempo para ela correr quando acabo, eu falo. Já vou eu! Começo a correr atrás da pequena travessa, ela é bem esperta tenho quase certeza de que ela já brincou, pois, ela se esquiva de um jeito que me deixa cansada, mas não paro ouço as gargalhadas que me contagia, ela se esquivando quando consigo pegar a gargalhada é ainda mais alta caímos nós duas na grama começo fazer cócegas nela para deixar ela fraquinha, porque se eu correr mais um pouco meu coração sai pela boca, estou ficando velhinha. — Você é rápida, Maya! Cansei, posso descansar um pouquinho aqui no seu colo? — Seu pedido me deixa sem graça, mas acabo pegando em meu colo, começo a fazer carinho em seus cabelos dourados. — Você vai ser minha nova babá? — Ela me pergunta e sinto seu olhar um pouco triste. — Se tudo der certo, sim, mas preciso que Margarida finalize as entrevistas. — Você parece legal, eu ia ficar feliz, se você fosse minha babá, eu ia brincar muito com você! — Oh, meu amor, eu também, sabe quando minhas filhas tinham sua idade? Elas me deixavam louquinha pelas brincadeiras, mas não tenho tanto pique, estou ficando velhinha. Ela acaba gargalhando com minha confissão, ela é esperta, tenho certeza de que ela já aprontou muito e nem parece ter 5 anos. — Suas filhas são grandes? — Ela pergunta curiosa. — Sim, elas são gêmeas, elas fizeram 15 anos, umas mocinhas. — Será que elas vão gostar de brincar comigo algum dia? — Ela me pergunta com curiosidade, acredito que ela não tenha muito contato com crianças. — Quem sabe um dia, eu marco, para brincarmos nos quatro! — Estou vendo que se deram muito bem, já cansou Elise? — Margarida fala animada pela minha conquista. — Sim, corri muito, agora estou ganhando um carinho da Maya. — Ela fala de um jeito como se ela não ganhasse um carinho assim, e isso parte meu coração. — Ainda vão querer a corda? — Sim, vou mostrar a ela como pula-corda tem duas maneiras, uma sozinha e a outra com mais duas pessoas. Faço sozinha, depois mostro com duas pessoas. Começo a mostrar como é pular sozinha, ela fica rindo, ajusto a corda para ficar do seu tamanho e começo a ensinar para fazer o mesmo que eu. Até ela conseguir duas voltas completas, comemoramos juntas mais uma conquista da brincadeira. Como ela conseguiu amarrar a corda numa árvore que tem aqui no jardim, estou segurando a outra ponta e ensinando ela pular. Ela não é de desistir fácil, só sossega quando consegue. Ele tenta uma, duas, três vezes. Na quarta, ela consegue duas voltas. Como prêmio, Margarida vai à cozinha lanchar e a deixa na cozinha. Na hora em que estamos indo para a sala para finalizar a entrevista, Elise sugere que eu lanche com ela, já que foi por mim que ela conseguiu. Fico sem graça, apesar de que eu tenha almoçado cedo, e o cheiro do bolo está maravilhoso. Acabamos por lanchar até que Margarida nos faz companhia. Fico rindo com a forma de mocinha com que ela se porta na mesa, não precisa da ajuda de ninguém, come sozinha, acho muito linda. Elise é muito abençoada. — Maya, estou vendo que ela gostou muito de você, mas tenho que falar com meu chefe, mas por mim e pela Elise a vaga é sua. Após a confirmação dele, fará um contrato para você assinar e os dias que você terá folga, assim fazendo um cronograma para ficar tudo certinho. — Obrigada Margarida, eu gostei muito da Elise. Agradeci a cozinheira que tem o momento de gargalhada com Elise brincando, ela ficou triste, pois teria que ir embora, mas até posso dizer que fiquei também, já que ela iluminou o meu dia com seu sorriso e até suas gargalhadas, eu estava precisando disso, mas teria que esperar o pai dela para poder confirmar se iria ficar ou não com a vaga de babá eu estava muito confiante.Sentido que a vida nos dá!Mais um dia e estou exausto, ando trabalhando muito. Minha família é dona de uma empresa de tecnologia TechnoTrends a mais avançada que existe no país. Onde não me deixa descansar, já que meu pai resolveu antecipar a sua aposentadoria, me deixando como diretor-geral da empresa e meu irmão como vice-diretor. São muitas burocracias, reuniões infinitas que tento sempre dar conta, para não acumular ainda mais na minha agenda, essa que mal consigo almoçar em paz.Coisa que odeio é levar trabalho para casa, tento dar atenção à pequena Elise. Desde a morte da minha mulher, as coisas têm saído de controle. Só ela conseguiria me ajudar nesse momento, fico me lamentando por sua morte, ela saberia agora como lidar com Elise, que começou a questionar meu comportamento, até mesmo me cobra atenção. Mora só eu, Elise e minha fiel governanta Margarida, que tenho muito carinho como se fosse minha segunda mãe, já que me entende até nos meus piores momentos. Com ela não precis
Por que é tão difícil?Acabo voltando para casa depois da entrevista, que gostei bastante, estou mais confiante em ficar como babá da pequena Elise, espero que eles me liguem, sigo voltando para casa com a esperança no coração.Quando cheguei em casa, contei para as meninas como foi, elas ficaram super animadas e curiosas para conhecer a pequena Elise, mas até agora ninguém entrou em contato, mas não posso deixar isso me abater.Já faz dois dias que estive lá! Será que fiz algo de errado? No mínimo, não tenho perfil nem para ser babá.São inúmeras perguntas e nenhuma resposta, as coisas estão ainda mais difíceis. Hoje, a menina que mora em uma das casas aqui me disse que tem uma lanchonete que estava precisando de uma atendente. Não pensei duas vezes e fui até lá, só não gostei, por ser estilo um boteco, beira de estrada, que dá até medo de entrar no lugar. Mas é o que têm por hora, começarei hoje às 17h e fico até 23h. Não me sinto bem com horário, mas não posso reclamar, é um pouc
Por que sinto como se estivesse faltando algo?Mal amanheceu e já fico de mau-humor, umas das filiais sofreu um atentado, ouve um incêndio não tenho tempo nem de pensar, já começo a ligar para Enrico tenho certeza de que ele já esteja ciente ocorrido. Ligação online:— Enrico, temos que ir quanto antes, para verificarmos de perto esse atentado.— Já estou me preparando, Emma queria ir, mas a convenci de ficar em casa para cuidar da princesa.— Irei mandá-la para casa dos nossos pais, assim posso ficar mais tranquilo, não sabemos o que estará por vir.Desligo sem esperar a resposta do meu irmão, olho minha filha ainda dormindo na minha cama, deixo um beijo em sua testa e sigo para fora do quarto.— Bom dia! Margarida, houve um imprevisto e tenho que sair. Assim que Elise acordar, quero ela na casa da minha mãe, mas acredito que Emma esteja chegando a qualquer momento para buscá-la. — E a babá, o que devo fazer?— Irei pedir que minha secretaria e
Caminhos cruzados...Nada melhor do que uma bela loira em minha cama, consegui tirar um pouco o estresse que estava, mas a vida não para. Há deixo no quarto de hotel, minha mãe já mandou várias mensagens, simplesmente dei uma desculpa, primeiro tenho que ir até Juan, ele já tem novidades...Depois da tarde estressante com algumas novidades, é claro que não vou deixar o segurança impune, pois tenho provas de que ele estava com um dos nossos concorrentes, que sempre nos tenta derrubar os LeBlancs. Eles sempre articulam algo contra a nossa empresa, mesmo já tendo a certeza de que a empresa deles está por um fio para decretar a falência. Descobri que o segurança Igor mora em um bairro decadente, consegui conversa com ele e vamos juntar mais prova para derrubar de vez os LeBlancs que nem umas das suas futuras gerações irão lembrar que um dia tiveram o nome reconhecido mundialmente. Voltando da casa dele, estou indo para minha casa para depois ir para a casa da fazenda mais uma vez Emma li
O destino nos atraiu para o caminho certo. Às vezes posso ser impulsiva, em me apegar a pessoas muito facilmente, e tento sempre manter contato, mas sempre tenho que ficar em alerta por ser de uma família rica, muitas vezes as pessoas só se aproximam com interesse. Mas uma pessoa que conseguiu o meu carinho de primeira foi Maya, uma pessoa incrível, simpática e quando você estiver ao lado dela, uma energia boa se instala dentro de si. Depois do acidente, eu fiquei alguns dias de repouso em casa, por mais que não tenha me machucado muito, mas tive que ficar de repouso. Como só Enrico soube do endereço, ele tinha uma viagem marcada, eu não pude voltar lá, era para pegar pelo menos o contato dela. Depois que fiquei melhor, fui até a casa, que me acolheu, mas quando cheguei, uma mulher disse que ela mudou de estado. Fiquei muito triste, queria muito conhecer a família dela. E agradecer mais uma vez pelo que fez por mim. Cheguei tarde demais, cheguei a comentar com Enrico, ele diss
A vida sempre nos surpreende! Fico olhando-o na minha frente, esse rosto não é desconhecido, fecho meus olhos e tento me lembrar de onde o conheço... É ele o bonitão que esteve em minha casa, o irmão da Emma. Isso é ele mesmo, esse rosto eu nunca iria me esquecer. — Maya, você está se sentindo bem? — Ele fala em tom de preocupação. Abro os olhos e fico o encarando, tentando me forçar para falar, com calma. — Estou, só estou me acostumando com a claridade, você é o irmão da Emma? — O pergunto para sanar as minhas dúvidas. — Sim, sou Enrico, Maya queria te pedir desculpas. — Fico curiosa, sobre o que ele quer me pedir desculpa, ele não fez nada. — Maya, não deu tempo de frear, por mais que eu estivesse com velocidade reduzida... eu tentei, mas você apareceu do nada no meio da pista, não tive como desviar. — Ele diz com pesar. — Foi você que me atropelou? — O questiono. — Sim, parecia que você estava fugindo de alguém. —Começo a me desesperar e lembrar do homem que vinha lo
Uma dose de alegria! Depois de tudo que passei, me pergunto se mereço tanta felicidade que estou sentindo agora. Não é nada material e sim, por fazer novos amigos e ver como é bom ter com quem contar, conversar e até mesmo me irritar, como Enrico vem fazendo esses dias. As meninas estão nas nuvens. Conheceram a família da Emma e uma sobrinha que agora tudo é motivo para mencionar a pequena. Estou me recuperando lentamente, fui obrigada a me mudar, mas como fiquei sem trabalho, não tinha dinheiro para pagar o próximo boleto do aluguel, o que me restou foram algumas contas a pagar. Emma não me deixou pagar nada sobre a mudança para o apartamento do Enrico e me sinto mal, pois não gosto de dar trabalho para as pessoas, então estou fazendo de tudo para me recuperar, pois quero procurar outro trabalho. Naquela Lanchonete eu não volto mais! Dona Maria veio comigo, pois estava me ajudando. Ela foi uma das primeiras que me fez aceitar o pedido de Emma e Enrico. Disse que seria o melhor
Encontrando anjos onde menos esperamos... Depois de muita correria, consegui convencer Maya a ir para o meu apartamento com as meninas. Sei o quanto ela é orgulhosa, mas não permitiria que elas ficassem no bairro onde estava morando. Só em Emma dizer ser pessoa grosseira e violenta, no mesmo instante joguei a ideia. Emma ficou super animada, já que ela iria oferecer para elas ficarem na casa dela. Assim, cuidariam da Maya e das meninas de perto. Quando a deixei com dona Maria, fui à procura do dono da lanchonete, que por hora só tive vontade de bater. Ele não tem escrúpulos, ousou dizer que foi Maya que deu entender querer algo com o cliente. Mas, vendo de perto o ambiente, não passa de uma fachada. Pedi para meu amigo investigar sobre o dono e estabelecimento de perto, nunca se sabe o que eles podem estar escondendo. Encontrei a garota que deixou a bolsa da Maya, seu nome é Cristina. De cara, ela ficou com medo, mas nada que uma boa conversa para descobrir muita coisa. Ela se most