Os dias seguintes foram para Jamie de um silêncio pesaroso, por algum motivo que ele desconhecia, Lyanna se refugiou em sua solidão, e sempre que pensava em Emma, tinha a sensação de que havia cometido um erro. Era evidente que não tinha mais a intenção de vê-lo, e ainda que não fosse impossível devido à como as situações os aproximavam, e como eram atraídos um pelo outro, custava a acreditar que a Srta. Lowell, tão confiante e determinada tivesse se apaixonado. Mulheres como ela, em sua opinião, mereciam algo melhor do que um homem que fora dominado, e muito provavelmente ainda fosse, por uma mulher que não amava ninguém além de si mesma.
Emma fazia companhia à Isabel, que dedicava-se à uma lindo bordado e falava sobre Lyanna estar animada para o passeio à cavalo, enquanto recusava o chá pela segunda vez, dizendo que não queria atrasar a menina, que deveria entrar na sala à qualquer momento. Viu Jamie entrar e esboçar um meio sorriso enquanto lhe dirigia um olhar travesso. Fez o possível para ignorar que tal gracejo não era mais do que um sinal que ainda lhe devia uma resposta. Não havia falado sobre o assunto com a avó, não tinha certeza se queria mesmo correr o risco de iludir-se ainda mais com o duque, e mesmo que ele tivesse deixado claro que queria sua companhia. Ela sabia que ainda havia algo que não estava resolvido entre ele e Kathrine, e tinha a impressão de estar sempre entre os dois. Parecia-lhe que Jamie a havia colocado entre eles,
Emma não viu o tempo passar enquanto percorriam além de Dorffwest as paisagens outonais, e de doce melancolia, cruzando riachos, cercados por árvores centenárias, sob o entardecer. Lyanna divertia-se com o irmão que a desafiava a chegar a um ponto onde era visto um antigo moinho, que de longe parecia abandonado, e Emma seguiu logo atrás, tentando memorizar os sons de pássaros e da água, porque era algo que gostaria de se lembrar com exatidão. Sentia-se feliz, e pretendia dizer à Jamie que iria com ele à Londres assim que voltassem.Viu Jamie e Lyanna se aproximando de uma casa imponente no estilo vitoriano, dois
Estavam em silêncio bebendo enquanto a chuva caia forte, um aguaceiro que prometia demorar-se enquanto os minutos passavam, e as horas, e Emma viu a noite cair enquanto luminárias eram acesas, e o cheiro de boa comida vinha da cozinha. A Sra. Woodward, a pedido de Lyanna ajudou-as a achar algo confortável para usar, já que ela e Isabel já haviam estado na propriedade, e mesmo que tivessem sido poucas, haviam deixado roupas e pertences na casa.Depois de um relaxante banho, uma das criadas ajudou Emma a colocar um dos vestidos de Lyanna, simples, porém muito bonito, amarelo-claro, de mangas longas, e ela pensou qu
Jamie abriu os primeiros botões do vestido que Emma usava enquanto era tomado pelo desejo imediato de tê-la. Ela estava trêmula em seus braços e ardia como se estivesse febril, ou talvez ele próprio estivesse apenas em algum delírio particular. Se fosse isso mesmo, não havia porque ater-se aqueles incontáveis botões, não precisou mais do que um puxão para que o tecido cedesse, fazendo Emma afastar os lábios dos dele, olhando-o como se não acreditasse no que ele havia feito. – Só precisamos disso fora do caminho&hellip
Emma despertou, mas não abriu os olhos, sentia-se preguiçosamente satisfeita, exausta e feliz! Receava que se abrisse seus olhos, acordaria em seu quarto, na casa de seus pais, e que toda noite que havia se passada, e até mesmo a presença do Duque não havia passado de um sonho. Nem mesmo em seus pensamentos mais secretos havia imaginado que aquela noite seria tão perfeita, sentia um cansaço inexplicavelmente prazeroso, e sua pele parecia marcada pela paixão que a consumira na noite passada. Ouviu um movimento suave de tecido e sentiu o perfume já conhecido de Jamie, e mesmo antes de abrir os olhos Emma sorriu. Ele já havia se levantado, e olhava para ela com ternura antes de se aproximar da cama enquanto abotoava o colete.
Jamie teve a impressão que o chão estava cedendo abaixo dos seus pés, indo atrás de Emma enquanto amaldiçoava Kathrine em seus pensamentos, porque recusava-se a pronunciar seu nome. Estava certo que se o fizesse seria o mesmo que convocar demônios e que eles o arrastariam para o inferno, para longe de Emma. Lyanna descia a escada saltitante quando a encontrou, ela sorriu inocente e antes que pudesse perguntar a ela sobre Emma, viu o Sr. Carlson entrar apressado: – Milorde – disse o homem ofegando – a Srta. Lowell... é melhor ir atrás dela...
Emma estava fazendo companhia a Isabel, que gargalhou com satisfação sabendo de tudo o que havia acontecido enquanto estavam na propriedade Turner, onde ela, Jamie e Lyanna haviam estiveram. – Então aquela mulher tem o atrevimento de continuar indo até lá... - disse Isabel pensativa, mas com um meio sorriso – é uma total desclassificada essa Kathrine! – Fo
Jamie pouco prestou atenção às palavras de Georgina enquanto olhava para Emma, à apenas alguns passos dele, muito bonita em um vestido cor de rosa muito claro, os cabelos presos de maneira simples, de onde soltavam-se mechas negras e onduladas. Em sua mente os mais perversos planos para o modo como gostaria de passar as próximas horas em sua companhia. Desde a ida para a propriedade Turner, ou como sua mãe gostava de dizer, além de Dorffwest, não tivera uma única chance de ficar à sós com Emma. E agora que já havia inclusive conversado com a Sra. Clarke, não estava disposto a esperar pelo casamento para tê-la em sua cama novamente.