Estavam em silêncio bebendo enquanto a chuva caia forte, um aguaceiro que prometia demorar-se enquanto os minutos passavam, e as horas, e Emma viu a noite cair enquanto luminárias eram acesas, e o cheiro de boa comida vinha da cozinha. A Sra. Woodward, a pedido de Lyanna ajudou-as a achar algo confortável para usar, já que ela e Isabel já haviam estado na propriedade, e mesmo que tivessem sido poucas, haviam deixado roupas e pertences na casa.
Depois de um relaxante banho, uma das criadas ajudou Emma a colocar um dos vestidos de Lyanna, simples, porém muito bonito, amarelo-claro, de mangas longas, e ela pensou qu
Jamie abriu os primeiros botões do vestido que Emma usava enquanto era tomado pelo desejo imediato de tê-la. Ela estava trêmula em seus braços e ardia como se estivesse febril, ou talvez ele próprio estivesse apenas em algum delírio particular. Se fosse isso mesmo, não havia porque ater-se aqueles incontáveis botões, não precisou mais do que um puxão para que o tecido cedesse, fazendo Emma afastar os lábios dos dele, olhando-o como se não acreditasse no que ele havia feito. – Só precisamos disso fora do caminho&hellip
Emma despertou, mas não abriu os olhos, sentia-se preguiçosamente satisfeita, exausta e feliz! Receava que se abrisse seus olhos, acordaria em seu quarto, na casa de seus pais, e que toda noite que havia se passada, e até mesmo a presença do Duque não havia passado de um sonho. Nem mesmo em seus pensamentos mais secretos havia imaginado que aquela noite seria tão perfeita, sentia um cansaço inexplicavelmente prazeroso, e sua pele parecia marcada pela paixão que a consumira na noite passada. Ouviu um movimento suave de tecido e sentiu o perfume já conhecido de Jamie, e mesmo antes de abrir os olhos Emma sorriu. Ele já havia se levantado, e olhava para ela com ternura antes de se aproximar da cama enquanto abotoava o colete.
Jamie teve a impressão que o chão estava cedendo abaixo dos seus pés, indo atrás de Emma enquanto amaldiçoava Kathrine em seus pensamentos, porque recusava-se a pronunciar seu nome. Estava certo que se o fizesse seria o mesmo que convocar demônios e que eles o arrastariam para o inferno, para longe de Emma. Lyanna descia a escada saltitante quando a encontrou, ela sorriu inocente e antes que pudesse perguntar a ela sobre Emma, viu o Sr. Carlson entrar apressado: – Milorde – disse o homem ofegando – a Srta. Lowell... é melhor ir atrás dela...
Emma estava fazendo companhia a Isabel, que gargalhou com satisfação sabendo de tudo o que havia acontecido enquanto estavam na propriedade Turner, onde ela, Jamie e Lyanna haviam estiveram. – Então aquela mulher tem o atrevimento de continuar indo até lá... - disse Isabel pensativa, mas com um meio sorriso – é uma total desclassificada essa Kathrine! – Fo
Jamie pouco prestou atenção às palavras de Georgina enquanto olhava para Emma, à apenas alguns passos dele, muito bonita em um vestido cor de rosa muito claro, os cabelos presos de maneira simples, de onde soltavam-se mechas negras e onduladas. Em sua mente os mais perversos planos para o modo como gostaria de passar as próximas horas em sua companhia. Desde a ida para a propriedade Turner, ou como sua mãe gostava de dizer, além de Dorffwest, não tivera uma única chance de ficar à sós com Emma. E agora que já havia inclusive conversado com a Sra. Clarke, não estava disposto a esperar pelo casamento para tê-la em sua cama novamente.
Em seu quarto, na casa de sua avó, Emma separava alguns vestidos, iria para Londres com os Bennett, e Claire parecia querer saber de todos os detalhes, quanto tempo ficariam, se era verdade que ela voltaria à América com o duque, e que em breve se casariam. Emma não tinha datas para dizer a amiga, e tinha a sensação de que nem ao mesmo decidiria a maioria dos detalhes quando pensava em sua união com Jamie. A notícia se espalhou em uma velocidade espantosa, e tudo havia mudado de repente. Talvez, não tivesse a verdadeira dimensão do que seria casar-se com alguém como Jamie, e estivesse questionando a maneira como as pessoas estavam tratando-a, com tanta cerimônia. Pensava que com exceção de Claire, e da Sra. Clarke, que
Depois de longas horas de viagem, pouco mais de um dia e meio, as carruagens do Duque de Dorffwest, Lady Isabel e Lady Georgina que haviam viajado juntas enquanto Lyanna e Emma seguiam com Jamie, pararam em frente a elegante propriedade no estilo georgiano. Emma estava realmente cansada, mas não o suficiente para que deixasse de olhar ao redor e observar por um instante enquanto Jamie dizia que no dia seguinte iria levá-la para um passeio na Grosvenor Square. Apenas aceitou o braço dele, e sentiu-se novamente em um conto de fadas, pelo menos até a porta ser aberta por um lacaio, que curvou-se enquanto eles entravam. Diante de seus olhos, muito alinhados, com uma postura impecável e disposição digna de quem acabava de despertar de um sono reparador, toda a criad
As horas, os dias, para Emma tudo estava passando rapidamente pois se durante o dia as Bennett a apresentavam aos encantos de Londres, como compras, passeios por lugares magníficos, chás com as mais distintas senhoras e tudo o que elas afirmavam, logo iria se acostumar, a noite havia jantares, ópera, recepções em residências luxuosas onde ela pode ver com clareza o mundo ao qual pertencia seu noivo. Não era ingênua, havia reparado que algumas matronas deveriam estar se perguntando o que Jamie havia visto nela, ouvia toda a conversa sobre suas filhas, joias da sociedade, que seriam apresentadas na temporada. Todas aparentemente perfeitas, sabendo dançar, cantar, tocar alguns instrumentos, pintar e houve quem tivesse a ousadia de comentar que era mesmo uma pena que Jamie estivesse