Thomas— Antes de qualquer coisa, eu preciso saber se você está bem?Eu estou?Céus, sim, me sinto maravilhosamente bem.— Estou — respondo timidamente.— Eu te machuquei?— Não! Quer dizer, foi… maravilhoso! — Thomas abre um breve sorriso.— Também gostei do que fizemos e… pensei que podíamos fazer isso mais vezes. — Me inquieto com essa conversa e penso em sair da cama, mas ele se move rápido e me prende debaixo dele. Os nossos olhos se conectam e eu não faço ideia do que ele está pensando.Sexo no casamento? Isso não é uma consumação?— Pare de pensar, Judith e olhe pelo lado bom.— Qual é o lado bom? Isso que fizemos é…— Sexo. Homens e mulheres fazem essas coisas e não necessariamente quando são casados.— O que quer dizer?— Que podemos aderir ao nosso acordo. Sexo, quarto e camas separadas. Pode dar certo para nós dois.De repente me sinto aliviada.— Você quer dizer, sexo casual?— Eu quero dizer, sexo sem qualquer compromisso.Isso parece bom!Quer dizer, a um minuto atrás e
Thomas— Para começo de conversa, esse é um caso para uma demissão direta e não para uma segunda chance. E segundo, é de mim que ele está falando. De onde ele me conhece? O que ele sabe sobre mim? Este homem está me acusando de algo e eu quero saber de que! — As suas últimas palavras saem como um berro irritado. Contudo, levo as minhas mãos para o seu peitoral e esse meu gesto não escapa aos seus olhos.Acredite, aos meus também, não. E nem mesma essa sensação de dureza na palma das minhas mãos.— Por favor, deixe-me resolver isso do meu jeito? — peço trêmula. Thomas fecha os seus olhos por um breve momento. — Se não der certo, eu…— Tudo bem! Mas se ele voltar a fazer. Se voltar a importuná-la, eu quero que me diga.— Eu prometo! — falo, sentindo o alívio percorrer todo o meu corpo. — Obrigada!— Não me agradeça. Ainda estou puto com isso. — Ele diz e me faz afastar para o lado no mesmo instante.Solto uma respiração alta pela boca e decido ir pôr uma roupa para sair.***— A Duquesa
ThomasComo ela pode esconder algo assim de mim? Aquele chantagista podia ter feito algo pior com ela! Estou me perguntando o que ele quer com isso? Por que ele está me acusando e trazendo dúvidas a cabeça da minha esposa?— Collin? — falo assim que ele me atende e com um gesto de mão, faço um sinal para o meu motorista ligar o motor do carro.— Você está bem? Parece irritado.— Eu estou puto mesmo! Como pode permitir que Adam Clifford assediasse a minha esposa dentro da sua empresa?— Como é que é?— Aquele imbecil chantagista está me fazendo acusações através de bilhetes anônimos para Judy! — berro irritadiço.— Judy? Olha só!Reviro os olhos possesso.— Dá para focar no que realmente interessa? Onde você está?— No Brasil.— Pois volte agora e vamos resolver essa situação. Eu quero aquele homem bem longe da “minha esposa!” — Dou ênfase ao final da frase e encerro a ligação sem esperar pela sua resposta.… Por favor, deixe-me resolver isso do meu jeito?— Sinto muito, querida, mas n
Thomas— Rebecca era minha até você aparecer na sua vida.Com raiva, faço o seu corpo impactar-se com força contra a parede.— Você arruinou a minha vida e eu vou foder com a sua! — Ele berra enfurecido.— Antes de foder com a minha vida, jogarei a sua na lama, Senhor Clifford — rebato, afastando-me dele quando percebo a presença de alguns curiosos ao nosso redor. — Você terá que provar na justiça todas as acusações contra mim. Espero que tenha um bom advogado para defendê-lo.— Eu vou tirar a Judy de você, assim como tirou a Rebecca de mim! — Pressiono os meus lábios para não perder o meu controle, porém, não seguro a minha impulsividade e o puxo para perto de mim pelo colarinho, mantendo o seu rosto bem perto do meu.— Eu vou te dizer o que você vai fazer, Clifford. Primeiro vai pedir demissão do seu cargo, depois, ficar longe da minha esposa e por fim… aguarde os meus advogados, porque eu vou arrancar a sua alma dentro de um tribunal.A sua coragem se escorre pelo seu corpo até cai
Judith— A Senhora só precisa estar ao lado dela, sua graça. — O instrutor diz chegando mais perto. — Cabeça erguida — fala, erguendo o meu queixo com dois dedos cruzados. — Olha no horizonte e um sorriso largo no rosto.Sorrio.— Mantenham a postura ereta. — O homem caminha para atrás de nós e logo o seu bastão nos faz erguer a coluna.Lydia acha graça, mas mantenho-me instável.— Agora caminhem! — Ele pede e nós obedecemos. — Não! Não! Não! O que estão fazendo?!— Caminhando! — Lydia rebate segurando o riso.— Deem passos graciosos, coo plumas levadas ao vento. Mantenham a postura e não se esqueçam do sorriso no rosto.Mas ao erguer os meus olhos para o horizonte, o vejo em pé no espaldar na porta larga. O seu olhar parece diferente. Está rígido como sempre, exigente como sempre, mas parece ter um brilho nele. Um brilho que eu não consigo decifrar. Mas o fato de um sorriso sutil brincar no seu rosto anguloso, me faz sorrir também.— Sua graça, a Senhora está bem?— O que? — inquiro
Judith— O que é isso? Uma entrevista?Minhas bochechas queimam como o inferno agora.— Não! — exaspero. — É… só… Deixa pra lá, você não precisa me responder. Na verdade, me desculpe se estou parecendo…— Uma esposa dedicada?Balbucio.— Estou feliz que acatou o meu pedido. — Mudo de assunto outra vez.— Qual pedido?— Sobre o Adam.— Ah, o assediador.— É. Você não fez nada com ele, não é? — Seu telefone começa a tocar e ao visualizar a tela percebo uma estranheza no seu olhar.— Desculpe, eu preciso atender!— É claro — retruco e resolvo deixá-lo sozinho. Do lado de fora me repreendo mentalmente.Onde estava com a cabeça quando resolvi fazer perguntas sobre o seu paradeiro?O que é isso, Judith Evans?Desde quando a vida do Duque lhe interessa?Bufo irritada comigo mesma e vou direto para o meu quarto.***No dia seguinte…— Bom dia, Darly! Estou atrasada. A reunião já começou?— Já e já. E já tem alguns minutos. — Paro completamente sem ação.— E, quem a está administrando?— O Sen
Judith— Chegamos, Senhora! — Oscar avisa assim que para o carro em frente as portas largas da mansão. Organizo alguns papéis que decidir ler enquanto ele dirigia e saio do carro ansiosa para ver o meu marido.— Judy! — Lydia me cumprimenta animada assim que me vir.— Violet, como você está linda! — sibilo para a garota de vestido lilás e laços da mesma cor nos cabelos, que esbanja um lindo sorriso infantil. — E Abigail, minha pequena flor! — Agacho-me para falar com ela, a abraçando logo em seguida. — Seu irmão já chegou? — inquiro para Josephine.— Ainda não.— Eu vou tomar um banho e desço em alguns minutos — aviso, deixando um beijo carinhoso cada uma delas. — Estou ansiosa para ouvir sobre o dia de vocês.— Está? — Sophie parece surpresa.E é verdade, eu realmente quero ouvir o que elas têm para me contar sobre o seu dia.— Estou — confirmo com um sorriso largo e subo os degraus.Entretanto, assim que abro a porta do meu quarto sou surpreendida por um estonteante vestido vermelho
Judith— Você ficou maluca?! — berro, caminhando para mais perto dela. — O que você fez, sua louca?!— Só mostrei o que você não quer ver, sua graça. — Ela rebate debochada. No entanto, lanço lhe um olhar interrogativo. — Thomas só está com você por causa da semelhança entre vocês duas. Não é amor, Judith. Não há sentimento algum. É pura pena... — Desfiro uma tapa no seu rosto com tanta força que a minha mão chega a reclamar e no ato, ela engole as suas palavras.— Você é doente, sabia?! — rosno entre dentes, porém, os seus olhos ganham uma irritação ímpar e ela parece soltar fumaça pelas narinas.— Eu vou matar você! — A governanta grita enfurecida, mas antes que ela chegue a milímetros de mim os seguranças a seguram no seu lugar. Atrevidamente chego mais perto dela e olho dentro dos seus olhos.— Eu te avisei, Flora. Disse que não ia aturar mais uma das suas.Ela sorrir.— Arrume as suas coisas e saia dessa casa...— Você não pode me demitir. — Ela me interrompe furiosa. — Não sou s