Judith
— Bom dia, Judith! — Darly diz assim que as portas do elevador se abrem e antes que eu consiga respondê-la, sou imediatamente arrastada para o lado oposto do meu escritório.
— Bom dia! — falo um tanto atordoada com a sua pressa e percebo que estamos indo direto para o salão de eventos da editora. — O que está acontecendo aqui? — ralho, mas ela não me responde. Contudo, paramos bem na entrada e sem entender nada fito as portas de vidro fechadas.
— É uma surpresa. Sua Graça.
— Surpresa? Mas não é meu aniversário nem nada!
— Só, me deixe fazer isso… — Darly leva uma venda aos meus olhos, deixando-me curiosa. — Agora venha comigo. — Ela pede, segurando na minha mão. Ansiosa, sigo os seus passos sem titubear. E quando ela larga a minha mão, solto uma respiração alta, esperando algo acontecer. — Já pode tirar a sua venda, chefa. — Darly pede e não hesito em me livrar do tecido macio.
— Mas o que? — indago olhando para praticamente todo o gr
Judith— O maior sonho do duque é oferecer o melhor para as crianças de Birmingham. E acreditem, eu o apoio completamente. — Willian solta o ar pela boca. Parece aliviado com a minha declaração. — Mas, eu sei que ele consegue projetos melhores.— Como assim? — Magnólia retruca.— Eu tenho uma pergunta. A herança que os meus pais deixaram era grande o suficiente para levantar qualquer projeto. Por que vocês mesmos não o financiaram? — Ambos trocam olhares e esse gesto me faz pensar. Portanto, uno as sobrancelhas. — É claro — ralho com um humor sarcástico. — Meu Deus, vocês… vocês torraram tudo!— Escute aqui, menina. Você vai para casa no final do dia e vai dizer para o seu marido que deve nos apoiar. Você me deve isso, Judith!— Eu não devo nada a vocês! — Alte
ThomasAs batidas ritmadas do coração do meu filho preenchem toda a sala do consultório e inesperadamente sou tomado por um sentimento tão forte e quase insuportável. Sinto-me tão poderoso diante desse som. Capaz de fazer qualquer coisa apenas para mantê-lo seguro e protegido. A leve pressão dos dedos da minha esposa nos meus me fazem abaixar os olhos e sorrio emocionado.— As batidas do coraçãozinho do seu filho são bem fortes, Sua Graça. — Jane, a obstetra diz com entusiasmo, intensificando as minhas emoções. Contudo, sorrio para o seu comentário. — E, já posso ver o sexo do bebê. Os pais têm interesse de saber? — Em resposta, Judy e eu trocamos olhares.Sim, eu gostaria muito de saber. Penso, mas não sibilo.— Sim, por favor, Doutora! — Judith pede e com um manusear no aparelho, Jane foca em um ponto da imagem turva.— Ok, vamos lá… — Ela faz um pequeno suspense. — Meus parabéns, suas Graças, vocês estão esperando uma linda menininha.Meu coração dispara violentamente e como se não
Bônus de abertura do livro 3JudithUm ano e meio depois…A vida gira igual um redemoinho no meio das águas agitadas e nós nunca sabemos aonde essas águas irá nos levar. Elas podem te levar para dentro de uma tormenta ou te largar em qualquer lugar do paraíso. E acredite, eu estive nesses dois lugares. Em um momento eu estava nos braços carinhosos dos meus pais e no… dentro de um orfanato com pessoas estranhas e sofridas, porém, cheias de esperanças de um futuro melhor. Então veio uma reviravolta inesperada. Algo que eu jamais poderia imaginar e o medo de perder tudo que a vidou me deu se tornou meu maior inimigo.— Lydia, venha ou vamos nos atrasar! — O grito de Josephine me faz olhar para o topo da escadaria. — Por que ela precisa demorar tanto assim?! — Ela grunhe, sentando-se no sofá e faz o pequeno Joseph quicar no processo.— Não entendo o porquê de tanta afobação. É só mais um dia de caça no castelo que antecede a coroação do rei. — Thomas resmunga, enquanto embala a nossa Mar
Bônus de abertura do livro 3— Está com saudades do papai, filho?— Papai. — Ele repete.— Eu também. Ele já deve estar voltando para casa, meu amor. — Volto a beijar a sua cabecinha. Contudo, olho para a janela do quarto infantil e percebo que a noite já caiu.— Au-au! — Mary diz me estendendo o seu cãozinho de borracha. Sorrio.— Vem cá, filha! — A chamo e ela me abre um lindo sorriso com poucos dentes, dando alguns passos na minha direção. — Que tal irmos para o quarto da mamãe esperar o papai voltar? — sugiro, mas recebo apenas sorrisos infantis.— Está na hora de pô-los na cama, sua graça. — Lisa avisa, se aproximando para pegar o Joseph dos meus braços.— Pode prepará-los para dormir e deixá-los no meu quarto?— Oh! Tem certeza, Sua Graça? — Janete interpele preocupada.— Eu tenho. Gostaria de esperar o Duque junto com eles.— É claro, Sua graça! — Lisa fala, se afastando e logo a Anne é tirada de mim.Dentro do meu quarto faço algumas ligações para o Thomas, mas todas as ligaçõ
JudithUm ano e meio depois… Eu sempre ouvi dizer que na vida a gente colhe o que planta, mas a verdade é que eu colhi frutos que jamais sonhei e que sequer planejei colher. A minha vida era solitária demais e os meus receios eram maiores do que os sonhos que cogitei sonha sonhar. No entanto, hoje eu tenho onze lindos e maravilhosos motivos para sorri e posso até dizer que tenho mais sonhos para sonhar. E a quem eu devo tudo isso?Essa resposta está escrita lá atrás, em uma tarde de chá, em um certo jardim, onde conheci o homem mais presunçoso do mundo. Thomas Eliott de Birmingham Terceiro invadiu a minha vida com a sua arrogância e olhar determinado, despertando em mim uma determinação que eu não conhecia. Contudo, me escondi dentro do meu casulo, de onde fui forçada a sair. E eu saí. Saí e conheci uma vida linda e diferente de tudo que havia planejado para mim.Os meus pensamentos são brutalmente interrompidos quando mais uma contração parece querer me partir ao meio e um grunhido
NÃO PERCAM O MEU NOVO LANÇAMENTO AQUI NA PLATAFORMA!************** MiaToda garota tem seu sonho de princesa, certo? Quem nunca sonhou em ser rica, ter muitas coisas lindas no seu quarto, ou até mesmo com um namorado que fosse um príncipe? Confesso que nunca tive tempo de sonhar de verdade, pois desde cedo tive que acompanhar a minha mãe ao seu trabalho na casa dos Belini. Como era muito pequena e não podia ajudá-la em nada, ficava escondida em um canto da cozinha brincando com os poucos brinquedos que tinha. Assim a senhora Belini não me via por ali e a minha mãe não corria o risco de ser demitida.Diana Diniz, a minha mãe é filha única e após a morte dos seus pais, quando ela tinha apenas quinze anos ficou sozinha nesse mundo de Deus. Foi aí que ela conheceu o meu pai, um idiota que a iludiu e a usou, e desde então somos apenas nós duas. O tempo passou e eu cresci. Seria o momento certo juntarmos forças e assim adquirirmos mais dinheiro para trazer um pouco de conforto para as nos
MiaEntrar na mansão Belini hoje não foi muito fácil. Tudo aqui parece estar em polvorosa. O entra e sai de carros, de caminhões e de empregados. A casa está cheia de amigos e de parentes que vieram passar a semana para os ensaios, e tudo isso porque ao que parece, o casamento acontecerá em duas semanas. Uma pressa que fez a pequena Florentina espalhar rumores pelos quatro cantos. O lado bom disso tudo é que não tenho encontrado a Senhorita Belini em lugar nenhum desse casarão e isso me dá algumas horas de sossego.— Ai, droga! — Ouço o resmungo de Donana, que me encara com aflição.— O que houve, Donana? — Ela olha desconfiada para trás, na direção da entrada da cozinha e depois, enfia uma mão no bolso largo do seu avental, e tira de dentro dele algumas notas de dinheiro.— Preciso que vá correndo ao mercado e que traga algumas coisas para mim, Mia. — Ela faz algumas anotações em um pedaço de papel. — Preciso seja rápida ou atrasaremos o almoço e isso não será bom para nenhuma de nós
Mia— Donana, tudo pronto para servir? — Ouço a voz da Senhora Belini e desperto dos meus devaneios, afastando-me imediatamente da janela. Contudo encontro o seu olhar repreensivo, que me faz prender a respiração.— Está tudo pronto, senhora Belini. — A cozinheira afirma. Entretanto, o olhar da patroa mantém-se fixo em mim.— Certo. Chame a Carlota para ajudá-la na hora de servir.— Mas, Senhora a Mia pode me ajudar… — Seus olhos fazem uma varredura em mim. me— Não ouse levar esse maltrapilho para o meio dos meus convidados! — Ela rosna e engulo em seco. — E nunca mais me conteste, Donana! — A cozinheira abaixa seus olhos e assente.— Sim, Senhora. Isso não voltará a se repetir. — A patroa nos dar as costas e sai da cozinha.Rolo os olhos e me deixo cair sentada no banco.— Eu sinto muito, querida! — Donana sussurra com pesar.— Está tudo bem, Donana! — Forço um sorriso para ela. — Depois dessa nem vou tentar falar em servir na recepção do casamento. — Suspiro. — Droga, esse extra m