Não pretendia, não sabia o que fazer, nem o que pensar, o estômago revirava e doía. Por mais que Nick apertasse o punho fechado na barriga a dor não cedia.Forçou um sorriso que não chegou aos olhos.— Estragar tudo?A piada surgiu na mente de Nick, debochada e sem piedade.Não tem mais o que estragar!Pensou, mas disse o oposto.— Estou feliz Lara, não era a melhor hora, mas a gente vai ter outro filho, isso é bom não é?As pessoas passavam por eles e cumprimentavam o rapaz com respeito, o retorno do filho do Fera. Todos, sem exceção deviam muito a Ivan e acompanharam a história de uma adolescente sem futuro que conquistou o coração do solteiro mais cobiçado da máfia.Para quem não pertencia ao comando, parecia uma história de amor que tinha acabado de ganhar o seu final feliz, para os outros, uma saga quase interminável de vingança, injustiça e maldade, mas para Nick, para aquele rapaz parado na porta larga de um centro médico, era só a sua vida em um turbilhão que parecia nunca ter
Abriu a porta daquela sala como quem rasga o próprio peito, mas a mulher que estava lá dentro não era uma menina qualquer, aquela garota que nem tinha completado dezoito anos ainda tinha o poder de mudar tudo de lugar.Olívia saltou descalça da maca como se fosse uma criança brincando na rua.— THOR!O abraçou o namorado, um abraço forte e pequeno que fez o mundo inteiro parar.— Hei, estava com saudade.— Eu pedi para a Lara me ajudar com uma coisa, mas... Esquece! Só vamos para casa.Nick perguntou de uma vez, meio confuso, mas precisava daquela resposta antes de tomar qualquer decisão.— Olíe, na casa da Júlia você me disse que precisava me falar uma coisa, que era importante, o que era? Preciso saber.Nick pensou que talvez Olívia já soubesse daquela gravidez que só não conseguisse falar e que por isso estava tão distante.A viu sorrir outra vez, linda como um anjo e tão pura que foi quase como se limpasse toda a dor que ele sentia.— Eu queria ter certeza de que a gente podia fic
Assim que a porta se fechou, Nick olhou para a namorada sentindo o peso da própria decisão, percebeu a respiração da menina mudar, os olhos brilhavam, sabia que ela diria sim, que se entregaria a ele. Olívia tinha ido até aquele centro médico por isso, queria ser dele e Nick a queria como nunca quis outra mulher, isso não tinha mudado, o corpo respondeu a ela desde a primeira vez que provou os lábios daquela menina, ainda assim, não queria que a primeira vez deles fosse por causa de uma mentira. Ficou olhando para ela tentando se convencer de que não estava errado, que era por ela, não podia deixar que ela carregasse um filho que não seria capaz de amar, não podia! As costas coladas na porta como se fosse ele quem quisesse fugir e jamais fugiria dela, ou do que sentia, a amava de um jeito que chegava a doer, só não sabia o que fazer. Ficou parado perdido entre o desejo que quase o enlouquecia e a consciência que o condenava, mas foi arrancado do turbilhão que o envolvia por uma atit
Daquela vez o sim com a cabeça veio desesperado, confuso, misturado aos toques desajeitados de uma menina que descobria o prazer mesmo já tendo conhecido centenas de outros homens.Ela puxou o namorado para ela e o enlaçou com as pernas quase como se implorasse para pertencer a ele.Nick desceu a mão, tirou o membro, esfregou sobre a calcinha, estava louco para conhecer o corpo de Olívia, tentou se controlar, assim que sentiu a umidade do desejo da garota foi como soltar algo preso dentro dele.A respiração ficou mais forte, incontrolava, segurou os cabelos da namorada entre os dedos, puxou fazendo a boca da menina se abrir e tomou os lábios pequenos com força.A pele vermelha, a boca inchada tudo parecia um convite deslizou a mão, puxou o sutiã e revelou o seio que ele precisava provar como se fosse parte da refeição mais esperada da vida dele.Lambeu, olhou, passou o rosto e a barba Olívia gemer e soltar os braços ao lado do corpo entregando cada parte do seu corpo a ele.Nick segur
Não é apenas a maldade que cobra o seu preço, o amor também e a cada dia Nick aprendia mais sobre isso. Entendia que o amor de conto de fadas é algo reservado aos livros infantis e apesar da angústia que sentia quis ficar com Olíe em seus braços, ficaram em silêncio.Ele pensando que não existe um limite pelo que alguém é capaz de fazer por amor e Olívia encantada com as reações do próprio corpo. O arrepio suave quando a mão de Nick a acariciava, a sensação de paz, o cheiro do que tinham vivido juntos, o quanto simplesmente não queria se mexer, como queria ficar ali, agarrada ao homem que amava e aproveitar cada uma daquelas sensações que nunca imaginou serem possíveis.Foi a primeira vez que Olívia adormeceu depois de fazer amor, qualquer outro homem lhe causava nojo, uma vontade quase desesperadora de se limpar, tomar banho, fugir.Não com ele, com Nick foi como se ela quisesse manter preso dentro dela cada gota do prazer que tinham vivido juntos.Dormiu sorrindo e olhar para aquele
Sombra tentou segurar o amigo, mas Ivan nem mesmo viu quem estava atingindo, quando sentiu a mão em seu ombro ele reagiu, o soco foi tão forte que Sombra pode ouvir o maxilar deslocar, quis chamar, mas a dor o consumiu.Elijah olhava para a cena sentindo um tipo de prazer que era incapaz de descrever.Ivan estava tão cego de ódio que nem percebeu que o amigo de tantos anos estava no chão, cada lágrima da esposa, o rosto perdido do filho, o sangue na cama em que Nick foi colocado e principalmente, foi obrigado mais uma vez a ser forte, a continuar, não pode nem sequer ficar ao lado do filho enquanto o rapaz lutava pela vida. Permitiu que a fera que habitava nele agisse como gostava, chutava se divertindo com o sangue que espirrava da boca de Paolo.— Ela é uma criança seu vermeIvan falou deixando a fúria o controlar de tal forma que a saliva saía de sua boca conforme vociferava.— Maledetto bastardoPaolo falou tentando limpar o sangue com o braço, mas outro chute o levantou do chão
E apesar da raiva, de tudo o que foi obrigado a sentir calado, do ódio que sentia por alguém ser capaz de usar uma criança como vingança.Ainda assim, Ivan parou. Não era um homem comum e todos ali sabiam disso. Era uma lenda.Fera! O empresário que enfrentou o Deus da morte por amor e venceu. Sua fama não era conhecida apenas no Brasil, onde travou suas batalhas, o primeiro capo da máfia a se aposentar vivo também tinha deixado a sua marca ali e talvez isso fosse o que mais o incomodava. Havia ajudado Paolo a organizar o seu clã, desenhou todo modelo de negócio, fez com que o líder da Camorra fosse um dos primeiros narcotraficantes a ser reconhecido como Empresário do crime. Paolo Di Lauro era só um iniciante no mundo do narcotráfico quando em uma reunião conheceu O Fera. Na época, Ivan liderava com mãos de ferro e tinha ao seu lado um subchefe respeitado ao ponto de abrir todas as portas que Ivan desejasse e as chaves do submundo, apesar de serem feitas de ouro, podem ser fatai
Endi dificilmente deixava pontas soltas, e com Paolo não foi diferente, mandou Ivan como um negociador e não como executor, apesar disso sabia que o pai acabaria seguindo o amigo.— Você vai buscar o menino, ele está num casebre em Delhi com uma senhora. Já falei com ela e não terá problemas. Meu padrinho vai para a Itália, ele e Paolo são aliados e talvez isso ajude a fazê-lo falar.Sombra não soube o que o filho queria até começar a investigar e quando encontrou a ligação, descobriu que Endi sabia de muito mais do que tinha falado para ele. Isso incluía testes de DNA, não apenas de Olívia, mas também dos quatro filhos que Paolo acreditava ter.Agora olhando para o líder do clã Di Lauro ele sentiu uma leve pontada de prazer.— Olívia não é sua filha, você não poderia ser pai da ratinha. Ela é uma boa menina, tão boa que mesmo a um passo de matar o homem que a fez mal, ela escolheu só ir embora assim que descobriu que o namorado estava vivo.Paolo deu risada, acreditava que nenhum hom