Acabou, Nick

Segurava o papel com tanta força que as beiradas amassaram enquanto o vermelho ficava mais intenso. Era como se cada gota daquele vermelho queimasse a sua alma, cada traço do desenho tivesse sido pintado com a angústia de Olivia.

— Não…

Ele entendeu que cada um daqueles desenhos foi desenhado com sangue, com o sangue que ele não estava lá para evitar que caísse, a imaginou sozinha, lutando para sobreviver em meio a doçura que só é possuía, que só alguém com a alma de Olívia seria capaz. Ninguém além dela transformaria a dor em arte, só a sua ratinha.

Foi arremessado para o passado, o dia em que ela foi levada por Vikran, as noites intermináveis sem respostas, os rostos que olhavam para ele com pena, como se soubessem algo que só ele não sabia. O som da risada de Olívia, os beijos, o jeito que ela parecia não conseguir controlar a respiração sempre que se beijavam e apesar da falta de ar ela o puxava de novo e de novo.

— Nick, filho! Escuta. Precisa ver isso.

Entregou o celular para o
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