"Por Noah" Saio do quarto de Ava em silêncio, sentindo-me o pior dos homens por ser tão insensível. Ouvir o relato do seu sofrimento despertou um sentimento novo em mim, e tudo o que eu desejava enquanto ela chorava era abraçá-la e mostrar que ela não estava mais sozinha.Incapaz de fechar os olhos e dormir, decidi sair e ir para a casa de Taylor. Agora, a única coisa em minha mente é encontrar uma maneira de corrigir o erro que cometi.— Noah? — Taylor me olha surpreso ao me ver entrar em sua casa sem ser convidado. — O que você está fazendo aqui?— Preciso conversar. — Caminho até o pequeno bar, pego uma dose de uísque e me acomodo no sofá. — Não posso acreditar que vou dizer isso, mas preciso da sua ajuda!— Quer conversar… Precisa da minha ajuda... — Ele passa a mão pela testa por alguns segundos, soltando um suspiro com os olhos semicerrados. — Noah, não me diga que você matou a Ava?— O quê?! Não! — Respondo, e percebo seu olhar constante no topo da escada. — Estou atrapalhando
“Por Noah” Apesar de compreender que Ava tem todo o direito de estar chateada, a forma como ela me tratou antes de partir me deixou desconfortável. Isso me fez ponderar sobre as palavras de Taylor - talvez eu esteja realmente me apaixonando por ela. Após o café da manhã, decidi seguir o conselho de Mia e convidei Taylor para vir à minha casa e me dar uma mãozinha com isso. — Noah, meu amigo, — Taylor diz assim que me encontra na sala de estar —, você precisa urgentemente fazer sexo! Essa nova personalidade de homem casado está me deixando louco, nem me lembro da última vez que pude dormir em paz porque você estava de ressaca em casa. — Não se esqueça que eu te pago para fazer tudo isso. — E lá está, o mesmo Noah de sempre! — ele debocha e se senta ao meu lado no sofá. — Onde está aquele garoto melancólico que apareceu na minha casa durante a madrugada? — Vá se foder, Taylor! Aquilo foi efeito do álcool. — Eu acredito, senhor apaixonado. Me diga, em que posso te ajudar, chefe? —
Nos últimos dias, tenho notado uma mudança surpreendente em Noah. Embora isso me alivie um pouco, ainda prefiro manter minha distância o máximo possível. No entanto, apesar de seus esforços para demonstrar alguma transformação, Noah tem uma reunião de negócios em Nova York e, mesmo contra a minha vontade, não hesitou em me levar com ele, como se eu fosse um troféu para exibir. — Ava, vai continuar em silêncio? — Noah indaga quando entramos no quarto do hotel, depois de algumas horas de um silêncio ensurdecedor. — O que quer que eu diga? Não estamos em público, então não preciso fingir que estou feliz ao seu lado. — Pensei que estávamos nos dando bem. — Por que pensou isso? Por que está fingindo uma mudança? Noah, por favor, você age assim porque me vê como uma pobre coitada. Porque se não fosse por isso, continuaria me enxergando como uma oportunista! — Talvez se tivesse sido honesta e não tivesse pegado algo que não era seu, não teria tido essa impressão de você. — meu marido di
Ao despertar pela manhã, encontro Noah ainda adormecido ao meu lado, me abraçando. Com cuidado, retiro seu braço que envolve minha cintura e tento me levantar sem acordá-lo. No entanto, ao ficar de pé, encontro seu olhar indecifrável fixo em mim. — Não queria te acordar, desculpe! — Digo em voz baixa, e ele se senta na cama. — Tudo bem. Sei que não combinamos como iríamos dormir, mas não queria te deixar sozinha e.. — Isso não importa. — Interrompo suas palavras e me sento ao seu lado. — Agradeço por ter me defendido. Mas há algo que preciso perguntar. Como me encontrou? — Te rastreei, Ava. Não quero nem imaginar o que teria acontecido se esse idiota egocêntrico aqui, ou seja, eu mesmo, não tivesse estado lá. — Noah diz, com um olhar sombrio, e passa a mão pelo cabelo, exatamente como faz quando está nervoso. — Você deveria ter me avisado ao menos sobre seus planos de ir lá, ao invés de agir como uma menina mimada. — Eu sei, mas estava cansada e não queria interromper sua noite. —
"Por Ava" Após me vingar de Noah durante o café da manhã, dirijo-me ao salão de beleza onde serei preparada para a recepção. Uma equipe de profissionais me acolhe com sorrisos calorosos e uma atenção especial. Já estive nesse salão antes, acompanhando minha mãe em algumas ocasiões. É um dos estabelecimentos mais renomados e concorridos da cidade, onde é necessário agendar com semanas de antecedência. E o fato de ter o estabelecimento disponível exclusivamente me deixa admirada. Me sento em uma das cadeiras e logo sou mimada como se fosse uma princesa. Algumas horas mais tarde, encaro o espelho e fico absolutamente encantada com o resultado. Agradeço e, quando o motorista de Noah chega para me buscar, dirijo-me ao hotel. Na suíte do hotel, onde a recepção acontecerá, encontro minha mãe. Coloco o vestido escolhido, finalizando meu visual de noiva apaixonada. Sorrio, envolta na magia do momento, mas rapidamente me recordo que tudo não passa de uma encenação, e meu sorriso se desfaz
"Por Ava" Após esse terrível episódio, retornamos à mesa e jantamos como se nada tivesse acontecido. Após a refeição, os convidados nos parabenizaram novamente e começaram a se despedir aos poucos, até restarem apenas alguns parentes e amigos mais próximos ao nosso redor. Enquanto converso com minhas amigas, observo Amy se levantar e caminhar em direção à mesa onde minha mãe está sentada com a Srta. Jones. Sem me importar com quem está por perto, me levanto rapidamente e vou atrás dela, controlando minha raiva ao notar o tom sarcástico de Amy. — Tive que vir pessoalmente até aqui para ver como você está. — Amy diz, com um sorriso irônico no rosto. Ela percorre o olhar com desdém pelo corpo de minha mãe e debocha — Mesmo estando viva, parece um zumbi, Elizabeth. — Amy, por favor. — Minha mãe suplica com a voz baixa, sem olhá-la. Ela aperta as mãos no colo, como se quisesse se proteger. — Me deixe em paz! — Adam fez um ótimo negócio ao me escolher, sabia? Olhe para mim... — Amy se v
Noah sai resmungando do quarto e eu me viro para tentar voltar a dormir. Quase consigo pegar no sono novamente quando ouço um grito vindo do quarto ao lado. Rapidamente, pego o roupão e corro na direção de Noah, encontrando-o deitado no sofá, que está quebrado. — O que aconteceu aqui? — Pergunto ao me aproximar. — Um terremoto aconteceu nesse sofá? — Ava, me ajuda! — Ele exclama, estendendo a mão. — Acho que quebrei a perna, o braço, o pescoço e o nariz. Ai! — Como você conseguiu quebrar esse sofá, Noah? Você não é tão pesado para isso! — Fui testar se era confortável, mas ele não aguentou mais que três ou quatro pulos antes de desmoronar. — Ele responde ao se levantar, fazendo uma careta de dor. — Os sofás de hoje em dia não são mais como antigamente! — Você pulou no sofá? Você é realmente inacreditável! E agora? Não posso dormir na mesma cama que você, o Alfredinho está comigo! — Você estava se divertindo enquanto eu estava aqui, quase morto? — Noah pergunta indignado, gesticul
Apesar de ter consciência de que não é certo, envolvo-a em um abraço e acaricio seus cabelos até que ela se acalme. Opto por aproveitar esse instante, sentindo o calor de seu corpo e o aroma de sua pele. Mas não demora para que eu mergulhe em um sono profundo. — Noah! — Acordo com Ava gritando e me empurrando com força. — Pare de me segurar! — Pare de gritar! Você estava tendo um pesadelo! — Da próxima vez que eu acordar e você estiver me abraçando, juro que vou ligar para o Taylor e pedir o divórcio. Ou melhor, vou exigir o pagamento da multa e construir minha fortuna com isso! — Está com fome? — Provoco, e sorrio ao ver o fogo em seus olhos. — Todo esse ódio no coração só pode ser fome, meu amor. Vamos almoçar! — Vá almoçar com sua nova amiga e me deixe em paz. Ava solta outro grito e se dirige ao banheiro, confirmando minhas suspeitas de ciúmes. Não passa muito tempo até que ela saia do chuveiro. Como se estivesse determinada a me provocar ainda mais, Ava deixa cair a toalha,