Luna KusterQuando aquela sem-sal me expulsou da casa do Thomas, eu voltei pro meu carro e saí de lá direto para o meu apartamento, — mas isso não melhorava a minha situação, — eu deixei minha bolsa na casa do Thomas e isso me incomodou. Tive que comprar outro celular e depois de recuperar o meu número, vi os dias se passarem lentamente. As minhas memórias com Thomas se enuviavam junto das coisas que sempre desejei viver ao seu lado e quando toquei em minha barriga em frente ao espelho, sorri, porque o bebê dentro dela, — podia mudar tudo. — Seu pai ainda vai escolher nós dois, — eu disse para ele, mesmo que uma voz em minha cabeça me falasse que ele nem mesmo existia. Foi ali que eu me lembrei. O exame havia dado negativo. Eu tinha… perdido o meu bebê. Sim. Eu o perdi. Eu o perdi no momento em que perdi Thomas. Eu o perdi naquela casa, quando aquela louca me mandou embora. Eu precisava de outra chance de fazer as coisas certo, e foi aí que ouvi que Francesca iria dar uma de suas
Luna KusterMe olho no espelho e estou radiante, até que a titia tem um bom gosto, mas eu optei por uma máscara na cor preta, básica e sem detalhes. Eu queria estar linda, mas não queria me destacar. Pego a minha bolsa de mão e coloco apenas o necessário, é claro que incluindo a pistola que meu pai havia me dado de presente no meu aniversário de 16 anos. Eu nunca a tinha usado, mas agora? Talvez estivesse na hora de usar. Eu já tinha perdido o meu filho para aquela vadia, e eu não ia deixá-la ficar com o meu Thomas. Não. Ele me amava, sempre amou e ela ia ter que aceitar isso. Quando eu parei na frente da casa do Charles, ele já estava me esperando, e me dei conta de que quando ele não se vestia como um mendigo, ele até que não era de todo mal. — Nossa Luna, você está muito bonita, — ele diz e eu acabo rindo. — O terno também te caiu bem, — sugiro e essa era a verdade. — Qual é o plano? — Ele pergunta e eu o encaro antes de começar a dirigir. — Você só precisa fazer com que o
Thomas Kuhn— O que demônios você está fazendo aqui? — Eu perguntei e ela sibilou. — Eu vim falar do nosso filho. Isso já tinha passado dos limites. — Filho? Que filho Luna, você por acaso enlouqueceu? — Eu rosnei, — se deixou levar pela sua própria loucura? — Tommy, como pode falar assim comigo? — Ela começou a chorar, — você deveria ser mais gentil! Eu… — começou a soluçar, — como pode? Eu perdi o nosso bebê e é assim que você me trata? Bufei. — Acha mesmo que eu vou cair nessa? Que eu vou acreditar nessa palhaçada? — Perguntei e ela se aproximou. O vestido que ela usava, era idêntico ao da Bella. — Essa é a verdade. Eu perdi o nosso filho naquele dia, no dia em que a sua esposa me expulsou da nossa futura casa, — ela falou e eu tive a certeza de que ela havia enlouquecido. — Luna, pare com esse teatro, eu sei que tudo isso é mentira, sei que nunca esteve grávida! — Falo irritado e Luna me encara como se não soubesse do que eu estava falando. O que diabos aconteceu com
Bella McNightTudo estava incrível, perfeito e então, ouço o disparo da arma. As lágrimas são as minhas únicas palavras. Estar aqui, sentada no chão com Thomas nos meus braços, é como se eu fosse “um castelo de cartas, a um golpe do desmoronar.” O meu vestido já está colado ao meu corpo, mas não por causa do suor devido a dança, mas devido ao sangue do Thomas. — Vá Bella… — ele diz e eu não consigo me mover por alguns segundos, até sentir meus olhos marejados e o meu corpo ser tomado pela raiva. — O que você fez, Charles? — A Luna grita tentando pegar a arma dele. — Seu doente! Você matou o pai do meu filho! — Rebate, e depois cai no chão. — Não! Eu não vou a lugar algum, — eu falo e olho para frente, para Charles e Luna, ambos segurando a arma que disparou em meu marido. Eu já não me importava com quem havia puxado o gatilho. Eu os queria mortos. Puxei a arma de Thomas de seu quadril e engatilhei sem pensar duas vezes. — Bella… você não quer fazer isso, — Charles falou enqu
Henry McNightQuando toda aquela confusão aconteceu, eu vi a minha filha colapsar e vi Thomas ser levado, — praticamente morto, — enquanto meus homens e os de Vicente, carregavam aquele traste que havia enganado a Bella. Porra. Como eu me arrependia de não ter trucidado aquele moleque antes. Eu queria ter destruído a vida dele, assim que descobri sobre o namoro. Sobre a aproximação dele e de Bella, — mas não, — eu queria que Bella fosse livre, que ela pudesse escolher quem amar. Besteira. — É isso que eu ganho por ser bondoso, — rosnei entre dentes e joguei meu paletó sobre a mesa, enquanto encarava o corpo desacordado do traste do Charles e da irmã, Jess. Depois de ver Liz indo ao hospital com Francesca e Bella, — eu resolvi que tinha coisas melhores a resolver, — e enquanto Vicente despachava o corpo da sobrinha morta e parecia transtornado com o furo em sua segurança, eu me certifiquei de que daria uma lição em Charles e Jess, antes dele colocar as mãos sobre eles. Aqueles do
Vicente KuhnEu encarei Isaque que estava amarrado a uma cadeira e sorri, mas não havia felicidade alguma em meu rosto. — Você achou mesmo que ninguém iria notar? — Rosnei, — achou que eu não saberia que você ajudou aquela filha da puta a entrar? O meu filho quase morreu nessa porcaria de armadilha! Ele cuspiu e seus olhos pareciam cheios de raiva. — E você queria que eu continuasse calado? Aceitando ordens daquele moleque? — Rosnou, — eu prefiro morrer. Bufei. — Ótimo, porque é exatamente isso que eu vou fazer com você. — Eu falei e desferi um chute em sua barriga que jogou ele ao chão, junto da cadeira onde estava sentado. Eu vi Isaque tossir sangue enquanto se contorcia amarrado, e peguei o meu soco inglês que havia sido deixado na mesinha ao lado. — Eu vou te matar, Isaque, mas eu vou fazer isso, devagar — murmurei, — porque eu quero apreciar os nossos momentos juntos. Eu falei e a porta se abriu de supetão. — Vicente, — a voz de Henry me fez virar o rosto de lado, para
Bella McNightQuando Thomas despertou, a felicidade tomou conta de mim, e assim que ele foi enviado para um quarto, eu implorei para que me permitissem ir até lá. Demoraria alguns dias até que ele obtivesse alta, mas como tínhamos como resolver isso, — Francesca organizou uma equipe médica particular, — e Thomas recebeu alta no dia seguinte. — Eu pensei que iria te perder… — eu falei enquanto estava sentada ao lado dele na cama que havia sido preparada para ele na mansão dos Kuhn, onde havíamos decidido ficar até que ele estivesse bem fisicamente. Mesmo sabendo que Luna não havia resistido e já havia chegado morta no hospital, não conseguíamos descansar ou sossegar, — porque Paul ainda não havia sido encontrado ou sequer se pronunciado, — e com Thomas frágil, pensamos que o melhor seria estar em um lugar seguro. — Eu jamais iria te deixar… — Thomas disse, segurando em minha mão, — me desculpe pelo susto que te dei. Sorri. — Não, querido, você não teve culpa de nada, — murmurei,
Bella McNight— Eu não sei. — Confessei, porque eu não tinha como adivinhar algo do gênero, por mais que eu quisesse. — Poderia ser um casal de gêmeos. — Acabei sugerindo, porque para mim, não parecia ser uma má ideia. Afinal, eram dois de uma única vez. — Assim como a minha e a sua mãe? — Ele acabou rindo, — essa família iria virar uma creche, ainda mais… porque a minha mãe vai ter trigêmeos. — Não, nada de trigêmeos, apenas gêmeos. — Acabei rindo com certo desespero. — Imagina como deve ser cuidar de três, sendo que de dois, não é nada fácil. — Eu senti cansaço, tanto que eu não sabia mais se ter gêmeos, seria uma boa ideia. — Podemos tentar mais um quando o nosso bebé nascer, o que você acha? — Thomas deu um sorriso de canto ao dizer, o seu olhar se fixando em mim enquanto o sinal estava fechado. — Quem sabe? — Não evitei de dizer, porque aquela não era uma ideia fora de cogitação, mas também, não era o meu plano inicial. Então, quando o carro estacionou, eu sorri, enquanto