SteffanoQuando Cecília me chamou eu fiquei preocupado, mas só depois de a ouvir me contando o que tinha acontecido, que entendi. Os idiotas dos meus subordinados tinham deixado tudo claro e, se não fosse pela quantidade de bebida que o pai da Cecília tomou, antes de começar a jogar, ele provavelmente se lembraria do que ocorreu. Por sorte, eu menti descaradamente e, com a ajuda de Thomas — com quem tive que falar em alemão ao celular, para que ela não desconfiasse de nada — eu me certifiquei de criar uma boa história para que ela me visse como um benfeitor. Claro. Eu tive que arrumar uma desculpa para elas não irem até ele, mas quando enfim tudo parecia certo, eu os levei para o apartamento que antes era de Thomas. Ele ficava exatamente no mesmo andar que o meu e, como eu não pretendia mais fazer uso daquele lugar — e duvidava que Donna fosse lá tão cedo — achei uma boa ideia deixar Cecília e sua mãe nele. Thomas obviamente concordou e, como fiquei devendo uma a ele, parecia um b
Steffano— Querido, você precisa acordar. — Minha mãe me balançou por um dos ombros para me despertar. — Sei que está cansado, mas assim que chegar ao seu quarto poderá dormir de novo — ela me falou a mesma coisa que sempre me dizia quando eu era criança, e assim como antes, eu sabia que esse, com toda a certeza, não seria o caso.Levantei-me do meu assento resmungando, com os meus olhos ainda pesando e ardendo pelas poucas horas dormidas, porém, eu sabia que aquilo era o melhor que eu iria conseguir naquele momento. — Você parece pior do que antes — Donna comentou, mas eu apenas a ignorei, porque eu sabia que até me desculpar de forma descente com ela, aquele demônio não ia me deixar em paz. Então o meu corpo apenas reagiu, indo até o de Cecília, praticamente no automático. — Steffano, conseguiu dormir bem? — Cecília parecia preocupada ao perguntar, uma de suas mãos acariciando o meu ombro. — Um pouco — sorri ao dizer, por algum motivo, me sentindo mais leve. — Diria que feito um
CecíliaEu estava dentro de um quarto de casal, junto com Steffano. Eu teria que dormir com Steffano, na mesma cama, por três dias. Deus, você estava me testando? Eu não tinha ideia alguma de como iria sobreviver a isso, porque apenas o pensamento de me deitar no mesmo lugar que ele já fazia o meu rosto inteiro queimar. E os meus batimentos cardíacos? Se aceleraram de tal forma, que eu me questionei se o meu coração não iria explodir. “Cecília, você precisa se acalmar… isso é algo natural…” — falei para mim mesma, tentando respirar fundo naquele momento — “para todos, vocês são um casal, então… apenas supere isso, e não aja de modo estranho! Vocês logo se casarão! Não espera dormir em quartos separados, espera?”.Tentei colocar aquilo na minha cabeça, mas quem disse que eu consegui? Assim que Steffano se sentou na cama, com aquele ar cheio de seriedade olhando pro horizonte, a minha cabeça pareceu queimar de vez, com direito à fumaça e som de chaminé. — Tem certeza de que está
SteffanoAdmito. Eu a provoquei de propósito, mas a forma como seu rosto se tornou cada vez mais vermelho à medida que eu falava, foi impagável. Cecília estava obviamente perdida e quando a provoquei, descobri um novo sentimento. Uma enorme vontade de atormentá-la. De ver cada uma de suas reações quando eu estivesse junto a ela. Eu sabia que isso era maldade, mas… era inevitável. Confesso, eu comecei a ser cínico e a procurar qualquer motivo que fosse para me aproximar e tocá-la. Afinal, Cecília era minha noiva e era divertido ver como suas reações aos poucos se tornavam mais intensas. Quando terminei o meu banho, dei a ela um pouco de privacidade, saindo pela outra porta que dava direto no closet; eu me vesti e deixei sobre a mesinha de cabeceira um recado a avisando que estaria esperando por ela lá embaixo. Para o meu completo azar, Thomas estava me aguardando no fim da escada. — Cunhadinho… você parece feliz, o que aconteceu? Será que no lugar de dormir, andou se divertind
SteffanoEu não tinha problemas com as provocações da Donna. Primeiro, porque eu não dava a mínima, e segundo, porque ela nunca tinha me afetado em nenhuma de suas tentativas, mas vê-la atormentando Cecília daquele jeito me deixou um pouco incomodado. Claro, eu me aproveitei da situação, mas isso não vinha ao caso. — Vamos, não briguem… — nossa mãe apareceu dizendo, antes que eu pudesse mandar Donna pastar, e puxando todos nós para a sala, continuou a falar: — Henry e eu combinamos com o Thomas um passeio de barco. Achamos que seria perfeito para a estação e, claro, para aproveitarmos melhor esse fim de semana. Ela parecia empolgada e Bella adorou a ideia. — Deus! Beni e Belle vão amar! — ela disse encarando Thomas com surpresa. — Por que não me contou? Ele sorriu. — Porque eu queria te fazer uma surpresa. Revirei meus olhos, ainda com Cecília ao meu lado, enquanto via aqueles dois se abraçando, com aquele olhar meloso em seus rostos. — O que acha, Steffano? — Donna perguntou,
CecíliaSteffano era o herdeiro dos McNight e uma parte minha parecia não querer entender que agora estava nesse mundo, mas esse não era um mundo ao qual eu pertencesse desde o início. — Cecília? Você está bem? — ouvi Steffano me chamar quando nós dois éramos os últimos restantes naquela gigantesca sala. O lugar era todo decorado com móveis clássicos e através das janelas eu podia ver o jardim, que estava cheio de luzes, exaltando a decoração ainda que durante a noite. Deus. Aquilo era quase como um conto de fadas. — Desculpe, eu estava distraída — murmurei. — Não precisa se desculpar — ele repetiu, estendendo a mão para mim. — Vamos? Pigarreei. — Certo… melhor dormimos cedo — falei, tentando parecer natural, mas não era. Eu ainda não tinha me recuperado totalmente daquele “cochilo” que Steffano teve comigo em seus braços, então que dirá agora, com aqueles olhos profundamente fixos em mim. Eu caminhei ao lado dele até o quarto, mas enquanto Steffano se trocava no closet
SteffanoPUTA MERDA! Eu estava pagando por todos os meus pecados! Essa devia ser a única explicação, porque assim que meus olhos se fecharam e minha respiração se tornou mais pesada, senti Cecília se mover em meus braços. Jurei que ela estava tentado se soltar, mas esse não era o caso. Não. Eu abri meus olhos devagar e aquela imagem me deixou completamente louco. Ela mordia a camisola enquanto seus dedos desciam para sua buceta. Eu a ouvi grunhir e se segurar para não gemer enquanto seu rosto se contorcia de prazer, ao mesmo tempo ela fazia um gigantesco esforço para não se revirar em meus braços. Eu senti meu pau latejar dentro da calça e a vontade de me mover, de segurar em seu rosto e beijá-la enquanto Cecília gemia… porra. Mas eu não o fiz. Eu queria Cecília, e agora era óbvio que eu a queria bem mais do que tinha imaginado, mas quando me aproximava dela, ela parecia prestes a fugir e eu queria que ela se entregasse para mim. Queria que seus olhos estivessem fixos nos meus
CecíliaAssim que senti o corpo de Steffano abraçar o meu por trás, senti o meu rosto ficar em chamas, enquanto o meu coração ficava mais disparado do que o ritmo de uma música eletrônica. Uma parte minha queria muito se afastar dele naquele momento, mas a outra? A outra queria ficar ali em seus braços, sentir o seu perfume me intoxicar, enquanto tinha a sua respiração suave, em meu pescoço — por ele ter colocado o seu rosto em meu ombro. — Aproveitando a vista, amore mio? — ele perguntou baixinho, próximo ao meu ouvido, e aquilo apenas me lembrou ainda mais do que eu havia feito naquela noite, e céus… ele estando tão próximo a mim não me ajudava nem um pouco, porque todas as fantasias que eu havia usado ontem à noite, agora voltavam como um soco em minha cara.Conseguia ver nitidamente a imagem de Steffano em cima de mim, dele entrando em minha buceta enquanto beijava o meu pescoço, da sua respiração ficando ainda mais pesada. Aqueles pensamentos já estavam fazendo a minha me