CecíliaEu estava dentro de um quarto de casal, junto com Steffano. Eu teria que dormir com Steffano, na mesma cama, por três dias. Deus, você estava me testando? Eu não tinha ideia alguma de como iria sobreviver a isso, porque apenas o pensamento de me deitar no mesmo lugar que ele já fazia o meu rosto inteiro queimar. E os meus batimentos cardíacos? Se aceleraram de tal forma, que eu me questionei se o meu coração não iria explodir. “Cecília, você precisa se acalmar… isso é algo natural…” — falei para mim mesma, tentando respirar fundo naquele momento — “para todos, vocês são um casal, então… apenas supere isso, e não aja de modo estranho! Vocês logo se casarão! Não espera dormir em quartos separados, espera?”.Tentei colocar aquilo na minha cabeça, mas quem disse que eu consegui? Assim que Steffano se sentou na cama, com aquele ar cheio de seriedade olhando pro horizonte, a minha cabeça pareceu queimar de vez, com direito à fumaça e som de chaminé. — Tem certeza de que está
SteffanoAdmito. Eu a provoquei de propósito, mas a forma como seu rosto se tornou cada vez mais vermelho à medida que eu falava, foi impagável. Cecília estava obviamente perdida e quando a provoquei, descobri um novo sentimento. Uma enorme vontade de atormentá-la. De ver cada uma de suas reações quando eu estivesse junto a ela. Eu sabia que isso era maldade, mas… era inevitável. Confesso, eu comecei a ser cínico e a procurar qualquer motivo que fosse para me aproximar e tocá-la. Afinal, Cecília era minha noiva e era divertido ver como suas reações aos poucos se tornavam mais intensas. Quando terminei o meu banho, dei a ela um pouco de privacidade, saindo pela outra porta que dava direto no closet; eu me vesti e deixei sobre a mesinha de cabeceira um recado a avisando que estaria esperando por ela lá embaixo. Para o meu completo azar, Thomas estava me aguardando no fim da escada. — Cunhadinho… você parece feliz, o que aconteceu? Será que no lugar de dormir, andou se divertind
SteffanoEu não tinha problemas com as provocações da Donna. Primeiro, porque eu não dava a mínima, e segundo, porque ela nunca tinha me afetado em nenhuma de suas tentativas, mas vê-la atormentando Cecília daquele jeito me deixou um pouco incomodado. Claro, eu me aproveitei da situação, mas isso não vinha ao caso. — Vamos, não briguem… — nossa mãe apareceu dizendo, antes que eu pudesse mandar Donna pastar, e puxando todos nós para a sala, continuou a falar: — Henry e eu combinamos com o Thomas um passeio de barco. Achamos que seria perfeito para a estação e, claro, para aproveitarmos melhor esse fim de semana. Ela parecia empolgada e Bella adorou a ideia. — Deus! Beni e Belle vão amar! — ela disse encarando Thomas com surpresa. — Por que não me contou? Ele sorriu. — Porque eu queria te fazer uma surpresa. Revirei meus olhos, ainda com Cecília ao meu lado, enquanto via aqueles dois se abraçando, com aquele olhar meloso em seus rostos. — O que acha, Steffano? — Donna perguntou,
CecíliaSteffano era o herdeiro dos McNight e uma parte minha parecia não querer entender que agora estava nesse mundo, mas esse não era um mundo ao qual eu pertencesse desde o início. — Cecília? Você está bem? — ouvi Steffano me chamar quando nós dois éramos os últimos restantes naquela gigantesca sala. O lugar era todo decorado com móveis clássicos e através das janelas eu podia ver o jardim, que estava cheio de luzes, exaltando a decoração ainda que durante a noite. Deus. Aquilo era quase como um conto de fadas. — Desculpe, eu estava distraída — murmurei. — Não precisa se desculpar — ele repetiu, estendendo a mão para mim. — Vamos? Pigarreei. — Certo… melhor dormimos cedo — falei, tentando parecer natural, mas não era. Eu ainda não tinha me recuperado totalmente daquele “cochilo” que Steffano teve comigo em seus braços, então que dirá agora, com aqueles olhos profundamente fixos em mim. Eu caminhei ao lado dele até o quarto, mas enquanto Steffano se trocava no closet
SteffanoPUTA MERDA! Eu estava pagando por todos os meus pecados! Essa devia ser a única explicação, porque assim que meus olhos se fecharam e minha respiração se tornou mais pesada, senti Cecília se mover em meus braços. Jurei que ela estava tentado se soltar, mas esse não era o caso. Não. Eu abri meus olhos devagar e aquela imagem me deixou completamente louco. Ela mordia a camisola enquanto seus dedos desciam para sua buceta. Eu a ouvi grunhir e se segurar para não gemer enquanto seu rosto se contorcia de prazer, ao mesmo tempo ela fazia um gigantesco esforço para não se revirar em meus braços. Eu senti meu pau latejar dentro da calça e a vontade de me mover, de segurar em seu rosto e beijá-la enquanto Cecília gemia… porra. Mas eu não o fiz. Eu queria Cecília, e agora era óbvio que eu a queria bem mais do que tinha imaginado, mas quando me aproximava dela, ela parecia prestes a fugir e eu queria que ela se entregasse para mim. Queria que seus olhos estivessem fixos nos meus
CecíliaAssim que senti o corpo de Steffano abraçar o meu por trás, senti o meu rosto ficar em chamas, enquanto o meu coração ficava mais disparado do que o ritmo de uma música eletrônica. Uma parte minha queria muito se afastar dele naquele momento, mas a outra? A outra queria ficar ali em seus braços, sentir o seu perfume me intoxicar, enquanto tinha a sua respiração suave, em meu pescoço — por ele ter colocado o seu rosto em meu ombro. — Aproveitando a vista, amore mio? — ele perguntou baixinho, próximo ao meu ouvido, e aquilo apenas me lembrou ainda mais do que eu havia feito naquela noite, e céus… ele estando tão próximo a mim não me ajudava nem um pouco, porque todas as fantasias que eu havia usado ontem à noite, agora voltavam como um soco em minha cara.Conseguia ver nitidamente a imagem de Steffano em cima de mim, dele entrando em minha buceta enquanto beijava o meu pescoço, da sua respiração ficando ainda mais pesada. Aqueles pensamentos já estavam fazendo a minha me
SteffanoDepois do incidente da Cabine, nem Bella, nem Thomas nos deram tempo sozinhos, e eu já não sabia se era de propósito ou apenas parte da personalidade vibrante daquele casal. Comecei a pensar que era só mais uma forma de me punir, principalmente quando, no nosso último dia na Alemanha, eu tive que sair para comprar para Donna um presente que acalmasse o seu coração. Eu não tinha ideia do que andava acontecendo com a minha irmã, mas desde que ela acabou com seu último relacionamento, ela parecia instável e brava com a vida. Eu sabia que Donna não era do tipo que fazia isso por birra, então queria dizer que algo realmente a estava machucando. Graças aos meus esforços para nos entendermos, ela aceitou as joias e as flores que eu levei, mas, claro, regados a muito vinho — que tive que tirar da minha adega pessoal — e uma exorbitante quantia de dinheiro, porque nada era tão efetivo na minha irmãzinha quanto dinheiro sendo depositado na sua conta bancária. Eu estava tão focado e
CecíliaSteffano McNight ia me enlouquecer. Eu cheguei à essa conclusão quando ele me beijou na cabine. Deus… eu queria mais, muito mais, mas ao mesmo tempo, admito que senti medo de como tudo poderia evoluir. Eu não podia ter sentimentos por Steffano, e por mais que estivesse atraída por ele, queria que a minha primeira vez fosse algo além de um momento de tesão. Eu queria me lembrar daquele dia pelo resto da minha vida, sem arrependimentos. Então, admito que ignorei Steffano e o mantive longe para meu próprio bem, mas isso me rendeu certa ansiedade, e se não fosse por Liz e Bella, eu certamente não teria conseguido chegar até o final. Isso me fazia questionar como eu iria sobreviver ao futuro, onde eu estaria morando com Steffano todos os dias. No fim, quando voltamos da viagem, eu tinha mais coisas em mente, além dele. Tinha as minhas fotos que estavam por toda parte, me chamando de “jovem misteriosa” ou “novo interesse amoroso do cafajeste”, fora outros títulos nada amigáveis