NA MINHA PRÓXIMA VIDA.Capítulo 48. Amanhã...A cabana estava em um silêncio suave e delicioso, quebrado apenas pelo crepitar do fogo ou pelos suspiros de Kim, enquanto Peter se virava para ela, apertando-a contra seu peito e acariciando seu rosto, sabendo que a tinha deixado cansada mas feliz.—Sabia que você fica extremamente linda quando goza? —perguntou com malícia e Kim abriu um olhinho atrevido para responder.—Sabia que você virou um especialista em me fazer ficar linda? —retrucou.—Obrigado, obrigado! —riu Peter aninhando-a ainda mais e a ouviu respirar pesadamente sobre seu peito.Kim tinha se recusado a levar qualquer ajuda adicional, embora naquele momento Peter teria dado qualquer coisa por um maldito tanque de oxigênio. No entanto, as poucas horas que restavam da noite passaram em uma estranha tranquilidade, e ao amanhecer ela foi a primeira a acordar.—Estou achando que o senhor ainda me deve uma foto importante, senhor Ferguson! —advertiu a moça com um dedinho acusador e
NA MINHA PRÓXIMA VIDA.Capítulo 49. Um bom meninoExistiam coisas que doíam no mundo e depois existia isso. Aquela sensação de que precisava enrolá-la contra seu corpo e protegê-la como se fosse um casulo porque não havia nada no mundo tão difícil quanto se despedir da mulher que amava. Não soube se chorou, se gritou, se aquilo que saía de seu peito eram soluços ou maldições ou...E também não soube quantas horas se passaram até que a porta da cabana se abriu com um som suave e Peter abriu os olhos para ver sua mãe agachada na frente dele, do outro lado da cama.—Você consegue levantar, querido? Consegue... me emprestar ela um pouquinho? —perguntou Noémi com tanta suavidade como se seu filho ainda tivesse seis anos.—Não quero —ouviu-o soluçar e ela assentiu.—Eu sei, mas prometo que ela vai ficar bem comigo, tá bom? —sussurrou sua mãe e Peter mal percebeu que um par de braços o tirava da cama, ajudando-o a se levantar e colocando uma manta grossa sobre seus ombros.O rosto de seu pai
NA MINHA PRÓXIMA VIDA.Capítulo 50. Nesta vida18 anos depois.A manhã estava tão suave em Lucerna que não parecia que o inverno estava prestes a começar. As crianças estavam empolgadas esperando a primeira neve, e embora o jardineiro do colégio estivesse resmungando porque supostamente já deveria ter recolhido todas as folhas do outono, Peter tentava acalmá-lo porque as crianças ainda queriam brincar nos montes empilhados no meio dos jardins.—Eu diria que você mima muito eles —suspirou Mauro caminhando junto dele enquanto as crianças iam e vinham, cumprimentando-o ou lançando alguma bola que Peter devolvia com um chute certeiro—. Mas a verdade é que não dá pra discutir que eles são felizes aqui.—Eu sei. São capazes de desesperar um santo, mas são boas crianças, e conseguimos que tenham uma boa vida neste lugar —respondeu Peter—. Por sinal, se você quer que a gente vá tomar esse café tem que ser agora, que depois a Dandara me assalta com tudo que tenho pendente e aí nem dá pra conver
SINOPSECameron Lake tem cara de demônio, tatuagens de demônio furioso e corpo de demônio no cio. Justamente por isso ninguém se atreve a chegar muito perto dele, porque não sabem que no fundo (embora bem no fundo) é um homem com os melhores sentimentos do mundo, que acabou no lugar e momento errado que destruíram sua vida.Depois de uma década na prisão e com um rancor nas costas que se esforça para controlar, sua única opção é voltar para o submundo para sobreviver... ou tentar ganhar a vida como um homem decente. O problema é: quem em sã consciência contrataria um homem como ele?As opções são poucas, até que alguém o coloca diante de um pai que está procurando um homem perigoso."Minha filha é um anjinho", garantiu Jhon Hopkins. "É uma princesa, mas fiz inimigos demais e todos conhecem a forma como me movimento, então preciso de um tipo de proteção... diferente para ela. Inesperada. Tá me entendendo?"E o problema real não é proteger a princesa com cara de anjinho, sorriso de anjin
PRINCESA... DE DIA.Capítulo 1. Uma dívida perigosaCameron olhou atentamente a bolsa que aquele cara colocava na sua frente, mas não cometeu o erro de tocá-la, porque a experiência já tinha lhe ensinado que quando se tratava de assuntos entre criminosos, era melhor ter suas mãozinhas bem guardadas nos bolsos do que sobre um tijolo de cocaína que podia valer mais de um quarto de milhão de francos.—Preciso que você entregue neste endereço —sentenciou o dono do clube onde trabalhava.—Não, obrigado —replicou Cameron se virando e se dirigindo até a porta até que um grito o deteve.—Ei! Pareceu que eu tô te perguntando?! —cuspiu Kolo, o dono, com a voz tão carregada de raiva que o terceiro homem na sala, outro segurança como Cameron, se apressou a se adiantar.No entanto antes que pudesse pegar o tijolo, uma mão enorme e firme se fechou sobre seu pulso, impedindo-o.—Somos a segurança deste clube, nos pagam pra tirar bêbados e cuidar das garotas, não somos mensageiros pra traficantes —sen
PRINCESA... DE DIA.Capítulo 2. Uma entrevista de empregoCameron parou em frente ao portão da mansão e apenas alguns segundos depois deu meia-volta; e definitivamente teria ido embora sem olhar para trás se Noel não o tivesse empurrado em direção ao portão.—Obviamente a Estrela se enganou —murmurou com um gesto frustrado.—Não, ela não se enganou. Este é o endereço —afirmou seu amigo.—Sim, ela se enganou porque um cara como eu não tem nada pra fazer perto de gente como essa, então não sei o que o dono da casa está procurando, mas aposto qualquer coisa que não é a mim —disparou Cameron, porém Noel o fez dar meia-volta e caminhar até a guarita.—Com licença, nos falaram sobre uma entrevista de emprego —adiantou-se porque era evidente que Cameron nem ia tentar—. Precisamos preencher algum formulário ou algo assim?—Com suas identidades já é suficiente, jovem —disse o guarda do portão com muita educação e Noel entregou a sua e a de Cameron antes de se virar para seu amigo para falar em
PRINCESA... DE DIA.Capítulo 3. Um anjinhoJohn Hopkins não estava muito certo do que exatamente via no rapaz, mas algo ele via. Era brutalmente sincero, mesmo quando não lhe convinha. Não acreditava em justificativas, isso era evidente. E preferia olhar para frente a se afogar naquele passado que definitivamente não devia ter sido nada bom.Fez um sinal para Billy e este sacou sua arma, aproximando-a enquanto Cameron a olhava com desconfiança.—Preciso ter certeza de que você sabe usá-la —declarou John e Cameron colocou as mãos nos bolsos tirando um par de luvas de couro que vestiu antes mesmo de tocar naquela pistola.—Sei atirar, se é isso que quer saber —replicou carregando e descarregando sem nenhuma maestria excepcional, mas pelo menos não lhe era estranho o manejo de uma arma—. Mas será inútil, não tenho licença pra portar, e com minha ficha nenhum funcionário em sã consciência me daria uma.—Não se preocupe com isso. Eu vou cuidar para que você obtenha todas as permissões neces
PRINCESA... DE DIA.Capítulo 4. Princesa de diaCameron teria querido olhá-la de cima a baixo, mas não podia porque a garota estava agachada como um pequeno predador encurralado. A única coisa perfeitamente visível era aquela correntinha com seu nome em delicadas letras de ouro rosé: Dandara.Então aquele era o anjinho, que pulava o muro de madrugada para que não a vissem chegar sabe Deus de onde!Mas no mesmo momento em que levantou os olhos percebeu que aquele demônio tinha comido a auréola angelical antes do café da manhã. E que não ia ser tarefa simples isso de cuidar dela.—Quem diabos é você? —a ouviu sibilar e até seus pensamentos se arrepiaram.Cameron engoliu em seco e respirou fundo enquanto se levantava sem que ela também tirasse os olhos dele.Dandara fez um esforço enorme para não morder o lábio inferior porque tinha aprendido a guardar o que pensava até inconscientemente, e era difícil negar que o homem à sua frente lhe parecia atraente. Era alto, usava uma jaqueta de cou