Andrea estava com sono, sono e frio, e só sabia que ainda era noite pelo pedacinho de céu negro que via através de sua janela. Mas mal apareceu a primeira luz quando a porta de sua cela se abriu.—Vamos para fora. Hora de ir —disse a guarda e Andrea esfregou os olhos sem entender. Zack tinha lhe dito que ela ficaria uma semana para sua proteção. Por que queriam tirá-la agora?—. Vamos! O que você está esperando!? —rosnou a mulher da porta e apesar de seu medo Andrea não fez com que repetisse porque não queria que a golpeassem de novo.Aos tropeços a empurraram para um quarto e lhe entregaram a roupa que ela usava no dia em que a haviam prendido.—Troque-se se quiser sair daqui. Você tem cinco minutos.Com o coração na garganta Andrea se trocou imediatamente e pouco depois a mesma guarda a empurrava pelos corredores cercados de tela eletrificada em direção à saída da prisão. Ela sentia que ia desmaiar quando aquela porta se abriu e do outro lado estava Zack, apoiado na caminhonete, moven
Andrea assentiu mas não perguntou mais porque realmente não queria saber, e ambos caíram em um silêncio carregado de alívio. Se abraçaram com mais força, sabendo que a única coisa que restava fazer era se afastar, e Zack tentou fazer com que Andrea dormisse um pouco no caminho.Faltavam ainda um par de horas para chegar a Zurique quando Zack abriu os olhos, acalorado, e colocou sua mão sobre a testa de Andrea.—O que foi? —perguntou Milo ao ver a expressão preocupada de seu irmão—. O que ela tem?—Febre. Ela está com febre —respondeu Zack alarmado—. Está muito quente e suando. Chame o pessoal de voo e traga-lhes um comprimido para a febre.Milo assentiu e foi ao fundo do avião onde estavam os tripulantes para pedir ajuda. Depois de alguns minutos voltou com um comprimido, Zack o deu a Andrea junto com um copo de água e ela tomou o medicamento sem dizer nada.Um minuto depois uma aeromoça lhes trouxe alguns panos úmidos e Zack tentou fazer com que ela descansasse o máximo possível para
Andrea e Zack subiram no avião com destino a Lucerna em silêncio no dia seguinte. Zack olhava pela janela, com cara de poucos amigos. Andrea sentou-se ao seu lado, observando seu perfil com confusão. Queria perguntar-lhe o que estava acontecendo, o que passava por sua cabeça, mas algo em sua expressão a detinha.—Você está bem? —perguntou Andrea mas não obteve uma resposta imediata.Zack apenas apertou sua mão e negou.—Não... na verdade não, mas estarei quando chegarmos em casa.A aeromoça interrompeu e lhe ofereceu uma bebida. Ela aceitou, precisava de algo para aliviar a tensão. Deu um gole na bebida, sentindo como o calor se espalhava pelo seu corpo.Zack se virou e a olhou diretamente nos olhos.—Não sei o que fazer, Andrea —disse com tristeza—. Sinto que neste momento todas as opções que tenho para escolher nos farão mal.—Por que você diz isso, Zack? —perguntou ela com preocupação, mas era evidente que Zack não estava em seu melhor momento para compartilhar.Finalmente, o avião
—Ei, nada disso foi culpa sua! —murmurou Andrea, tirando sua roupa devagar e percorrendo sua pele com o dorso dos dedos com suavidade—. Você nos salvou de um inferno, a nós duas. Você deveria se orgulhar disso. Mas como ele poderia se orgulhar se havia pagado com a morte de um homem? Zack fechou os olhos enquanto Andrea o puxava para dentro da banheira de hidromassagem, fazendo-o submergir na água quente. —Sinto muito... —murmurou ele, e Andrea pôde ver toda aquela tempestade de culpa em seus olhos—. Andrea, o que eu fiz... Mas ela não o deixou terminar. Encostou seu corpo no dele, e suas bocas se encontraram em um beijo impaciente e faminto. Zack não queria pensar e Andrea não queria que ele pensasse, então o melhor era sentir para esquecer de tudo. Se por alguns minutos pudessem deixar para trás toda a dor, isso seria o melhor para os dois. Andrea enlaçou as mãos ao redor de seu pescoço para atraí-lo, e Zack sentiu seu corpo pequeno e vibrante colando-se ao dele. —Eu te d
—Ainda quer mais? Era uma pergunta simples, mas a resposta, por outro lado, era muito complicada. Queria mais? Sim, queria tudo de Zack Keller, mas também sabia que havia muito nele que precisava ser libertado. Finalmente, ela assentiu em silêncio, incapaz de expressar o que sentia naquele momento. Zack se aconchegou atrás dela e passou os braços por cima de seus ombros, abraçando-a com força. —Então vamos fazer isso ao estilo anti-príncipe —disse roucamente em seu ouvido enquanto começava a lamber o pescoço de Andrea. Ela não pôde evitar soltar um gemido forte quando ele empurrou os quadris para a frente, penetrando-a novamente. Suas coxas apertadas só o faziam roçá-la mais, ela se sentia preenchida até o fundo, e a sensação era maravilhosa. Os movimentos de Zack eram precisos e ferozes, fazendo com que ela cobrisse a boca com as mãos para não gritar. —Mais? —ele perguntou com voz rouca, enquanto suas mãos deslizavam entre suas nádegas. —Sim —respondeu Andrea com a res
Zack se movia incansavelmente atrás dela, envolvendo-a em um abraço apaixonado, como se o tempo não existisse para os dois, e ela sentia o mundo pegar fogo só de vê-lo naquele espelho. Estavam completamente imersos um no outro, em cada movimento, em cada investida. Andrea sentia novas sensações que a faziam gritar e pedir por mais. Estava tão sobrecarregada pela paixão que Zack estava despertando dentro dela, que só conseguia manter os olhos fixos no espelho, perdida naquele mar de luxúria. —Por favor, por favor! —suplicou quando Zack começou a masturbá-la, e suas estocadas ficaram cada vez mais fortes, incontroláveis. A maneira como ele a preenchia até o fundo fazia com que ela se agarrasse a ele com ainda mais força. Andrea não soube quanto tempo se passou enquanto Zack continuava ali, destruindo suas barreiras, engolindo seus gritos com beijos, até que finalmente o prazer os atingiu a ambos, mergulhando-os em um clímax avassalador. Gritaram um contra o outro com toda a força e s
Durante um longo minuto, um minuto infinito e terrível, Andrea fechou os olhos e tentou aceitar aquilo. Ela tinha que fazê-lo, não havia outra opção. Zack estava na frente dela consumido pela culpa, ela estava certa de que isso jamais o abandonaria, porque ele era um bom homem, um homem com uma consciência boa, então esquecer que havia causado uma morte, mesmo indiretamente, não seria fácil para ele. Então a única coisa que ela podia fazer era tentar atenuar aquele sentimento.Ela se aninhou entre seus braços e se apertou contra seu peito.—Eu sei que você só queria nos proteger. Eu sei, Zack —disse com suavidade enquanto se agarrava a ele e acariciava suas costas—. Isso nunca nos deixará, mas você não pode se culpar, porque se eu estivesse no seu lugar... talvez tivesse feito o mesmo...—Ou talvez não —murmurou ele. As lágrimas saíram com força e ele se refugiou ainda mais entre seus braços.—Sabe o que acontece? Nós pais não temos escolha —disse Andrea brincando com seu cabelo—. Você
—Faça isso... não posso ficar com nenhuma dúvida, Gazca, com nenhuma —murmurou.Desligou a chamada e mexeu nos cabelos, sem saber que naquele mesmo momento Andrea o observava de um ângulo do corredor, preocupada porque sabia que aquele seria um dos obstáculos mais difíceis de atravessar para os dois.Se arrumaram em silêncio naquela manhã e foram levar Adriana para Nikola. O avô estava melhorando muito e talvez em algumas semanas já pudessem tê-lo em casa novamente. Enquanto Andrea conversava com ele e brincavam com o bebê, Zack fez um espaço com sua mãe para contar-lhe tudo o que havia acontecido.—De certa forma me sinto aliviada que suas irmãs tenham se humanizado —sentenciou Luana—. E com relação a todo o resto, só posso te dizer que estou orgulhosa de você, filho. Você fez o que tinha que fazer e por mais duro que seja, vai superar. Agora, por favor, me diga que vocês vão ficar aqui por um bom tempo.Zack levantou o olhar e ela se alegrou ao ver que seus olhos brilhavam com mais s