Dionísio— Como assim ela fugiu? — pergunto irritado, já conseguimos provas o suficiente capaz para colocar aquela mulher atrás das grades para o resto de sua vida.Mas agora me dizem que ela simplesmente desapareceu, sumiu do mapa como se nunca tivesse existido. Como se já não bastasse ela ter ido atrás da minha esposa no mês passado agora eu nem faço a mínima ideia de onde ela esteja.— Ela não está em sua casa e em nenhum lugar de Florença todas as equipas e toda polícia de Itália está avisada. — Arya a delegada diz, mas isso não me deixa nem um pouco feliz. Katia não passa de uma psicopata e eu sei muito bem do que ela é capaz de fazer, aquela mulher é culpada por dois homicídios, não quero nem imaginar o que ela faria se pegasse Selene. — Agora que ela está por aí a solta, com Germano livre e as ameaças, acho que o melhor será contar pra Selene toda a história, para própria segurança dela! — David alega.Em nenhuma hipótese contar a verdade sobre a mãe dela seria uma boa ideia
DionísioMerda cada vez que acho que as coisas vão melhorar elas só pioram, nenhuma pista de onde Kátia possa estar,e Germano desapareceu, como se nunca tivesse existido, essa calmaria toda estava me deixando paranóico, e de duas coisas eu tinha certeza, Kátia e Germano estão trabalhando juntos, e há um espião entre nós, ja tenho uma pista de quem seja, somente falta confirmar.Meus pais haviam se mudado para minha casa faz aproximadamente 1 mês para me ajudar a cuidar de Selene. Depois que ela descobriu o quão podre a mulher que ela sempre idolatrou pode ser, Selene quase entrou em depressão e o diagnóstico dela não ajudou em muita coisa, era tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que eu dava minha vida para que esse tormento acabasse e ela voltasse a ser feliz, eu dava o mundo para que ela voltasse a sorrir genuinamente.— Vai sair? — David pergunta assim que eu me levanto.— Volto em 1 hora. — Falo deixando a cede que ele e Ayla criaram, para que assim eu pudesse acompanhar o caso
Selene Meses, meses se passaram mas a dor não, ela não passa só fica escondida, Kátia tirou a última coisa que me fazia gostar dela, minha realidade foi distorcida, infância destruída, inha mãe era uma assassina, mas essa história agora não importava para o bem da minha saúde.Deixo Isabel e Victor brigando sobre quem será o vovô proferido, deixando a biblioteca indo pro banheiro. Após fazer minhas necessidades, meu estômago ronca e sinto desejo de comer algum doce, vou até á cozinha e pego o prato de pudim na geladeira, me assusto vendo briana entrar rapidamente.— Briana... — Meu tom é de surpresa, ela me olha sem esboçar nada e sinto chutes seguidos, Damiano chuta tanto me obrigando a deixar o prato de pudim sobre a bancada e acariciar minha barriga. — Me desculpa. — Ela diz, sua expressão morta me deixando confusa.— Desculpa? Porquê está pedindo desculpas? — Tento no máximo decifrar o que está acontecendo com ela, e o porquê de ela está aqui em horário de trabalho.— Por mim. —
Selene Dois dias, dois dias nesse maldito inferno cor de rosa, vivendo a maldita batalha que Kátia criou. Tenho me mantendo quieta e calada, aceitando seus cuidados, mesmo que me assustem. Ela sempre aparece quatro vezes ao dia, deixa minha alimentação, e sempre me ajuda com o banho no mesmo horário. Seu olhar deixa muito claro que ela odeia meu bebê, uma criança que ainda nem nasceu, mas ja tem todo o desprezo da avó somente por ser filha do homem que ela não escolheu para ser meu marido.Eu mal consigo dormir, minha mente fica sempre em estado de vigília, constantemente em alerta, com medo do que essas pessoas podem fazer, principalmente daquele homem, agradeço mentalmente cada segundo que passa e não o vejo, ele causa em mim uma sensação de terror, o jeito que ele me olha causa arrepios, quando ele toca em mim sinto nojo, raiva e repulsa.O quarto se encontra completamente escuro, a única coisa que mantém a claridade é a luz fraca da lua minguante. Estou sentada na cama, as cos
Selene Raiva, nojo, repulsa, é tudo o que eu sinto por mim, quero morrer, de tanto chorar nós últimos dias minhas lágrimas não caem mais. Pego no frasco de shampoo e lanço contra o espelho fazendo ele se rachar e minha imagem ficar dividida, isso é o que eu sou agora, igual ao meu reflexo, completamente quebrada.Me sento no chão encostando minhas costas na parede e abraço minha barriga, se não fosse pelo meu bebê eu não suportaria tudo isso, eu não aguentaria ter que olha para cara daquela mulher todos os dias e agir como se nada tivesse acontecido, me odeio por não ter feito nada, e odeio todos eles ainda mais por deixarem que isso acontecesse comigo, sinto leves chutes e acaricio minha barriga.— Me perdoa querido, mamãe não pode se proteger, mas eu lutei, nos protegi, me perdoa.— As lágrimas queimam meu rosto e não consigo controlar os soluços.Sinto uma dor lombar leve seguida de colicas, respiro fundo não tentando pensar no pior. Faltam 4 semanas, para completar 9 meses, deve
DionísioEu não consigo mais ficar quieto, sabendo que ela pode estar em qualquer lugar agora, uma semana já passou e se ela já ter dado a luz, ela está sozinha e nem sei se ela esta bem. Eu simplesmente não consigo mais me concentrar em algo que não seja ela. Eu somente havia visitado meu pai uma vez, mas o bom era que ele estava fora de perigo, então por enquanto minha única preocupação é encontrar minha mulher. Eu prometi proteger ela, prometi que ninguém á machucaria e que ninguém ia tirar ela de mim, Mas eu falhei miseravelmente nisso, sem ela por perto, cada segundo parece um ano. Eu preciso de Selene mais do que ela precisa de mim, é como se meu corpo estivesse em estado de abstinência, clamando pela minha droga, minha perdição vitalícia.— Dionísio não pode ver isso! — Travo a mão a centímetros da maçaneta ouvindo David falar.— Temos que mostrar para ele. — Ayla contradiz.— O que eu não posso ver? — pergunto fazendo todas cabeças se voltando para mim. David engole seco des
Selene As madrugadas nunca foram tão longas, um minutos pareciam horas, e tudo doía, a dor veio se agravando, cheguei até a morder meu próprio braço contendo os gemidos de dor. Nunca senti tanto medo em toda minha vida quanto hoje. Exatamente hoje que meu filho decidiu nascer. Eu tenho que fazer algo, sair daqui, procurar ajuda, só não posso ter essa criança aqui. Apóio minhas mãos na cabeceira da cama tentando lembrar de qualquer coisa que Dionísio explicava sobre o parto, mas nada vinha a minha cabeça.A porta é aberta lentamente, como se alguém estivesse tentando se esgueirar. Bria passa por ela e coloca um dedo em sua boca " Shhh " um sussurro quase inaudível escapa.— Venha. — Ela gesticula espreitando pela fresta. — Eu preciso que você confie em mim Selene!— Porquê eu cometeria o mesmo erro duas vezes? — Somente um tolo insiste em uma tecla partida, e eu não seria a tola dessa vez. — Pelo bem do seu filho você precisa vir comigo Selene... não temos muito tempo, precisamos s
DionísioO tempo parecia estar correndo mais que o normal, já passavam do meio dia, Briana conseguiu um celular para que pudéssemos localizar, a última mensagem dela foi que selene havia entrado em trabalho de parto e meu medo só ficava cada vez maior, espero encontrar elas a tempo.— Dionísio por favor se encontrarmos eles deixe que nós façamos nosso trabalho não faça justiça pelas próprias mãos.— Ayla repete. o que já está se tornando um hino cansativo.— Se preocupe em fazer o seu trabalho que eu faço o meu. — Olho para baixo vendo um monte de árvores.— Estamos sobrevoando a propriedade. — O piloto diz, e o outro homem nos entrega uma cordas. Prendo o gancho em meu cinto e me jogo do helicóptero sendo seguida por amara.Assim que tocamos no chão o chefe da força de intervenção avança com sua equipe, vejo David vindo em minha direção, segurando uma peça que reconheci como o vestido que ela estava usando no dia em que foi sequestrada.— Eles saíram às pressas. Não devem estar muito