Amélia olhava a decoração do hall de entrada encantada. Era todo de paredes brancas com móveis em tons de madeira. Uma escadaria central levava para os andares de cima e as janelas iam do chão ao teto, mostrando todo o Central Park. Amélia caminhava pelo local completamente maravilhada. Era a casa mais bonita que já tinha entrado na vida.— O que achou? — Alexander perguntava, notando os olhos brilhando da mulher.— É maravilhosa, Alex. — Ela respondeu, caminhando até ele.— Vem, quero te mostrar outro lugar. — Ele falou, guiando a cadeira de rodas pelo primeiro corredor e parando em frente a uma porta dupla de mogno. — Abre. — Ele pediu.Amélia o fitou sem entender, mas obedeceu.Ao abrir a porta, o queixo de Amélia caía ao ver a biblioteca da residência.Com estantes e mais estantes de livros que se perdiam, além de uma lareira e poltronas confortáveis com a vista do Central Park. Ela entrava maravilhada, como uma criança numa loja de brinquedos. — O que achou? — Ele perguntou, cr
Ethan buscou um champanhe na adega para que eles pudessem brindar, chamando o senhor e a senhora Smith para brindar com eles. O almoço foi pedido no restaurante do Plaza Hotel ali próximo e todos se reuniram na sala. A senhora Smith voltava da cozinha com as taças e as distribuía entre todos os presentes enquanto Ethan começava a servi-los. Quando chegou a vez de servir Amélia, ela nem teve tempo de responder quando Helena, Alexander e Benjamin falaram em uníssono um não, deixando não apenas Amélia sobressaltada como também o senhor Smith.— Eu não bebo, senhor Alderidge. — Ela respondeu completamente sem graça, sem entender o porquê Alexander havia falado não também.— Você é oficialmente minha cunhada, então me chame de Ethan. — Ele falou ao sorrir, voltando sua atenção para Helena. — Lena, você pode trazer um pouco de suco para Amélia brindar conosco?Helena sorriu, buscando a taça de Amélia e indo até a cozinha. A senhora Smith voltava alguns minutos depois com uma taça repleta
Assim que amanheceu, Amélia arrumou-se e desceu os andares até o térreo. Ela aproveitou a manhã fresca para ir ao Central Park. Era a primeira vez que ia ao parque desde que se mudou para Nova York e em seguida, para Hamptons. Após passar em uma cafeteria e comprar um Frappuccino de chocolate, ela seguiu para o gramado e sentou-se, aproveitando a manhã de sol.Amélia aproveitava para ler um pouco, mas logo se distraía quando sua atenção era roubada por uma mãe e o seu bebê. Um lindo garotinho de cabelos loiros e bochechas rosadas que corria desajeitado com suas pernas gorduchas pelo gramado. Ele ria ao correr na direção da mãe, sendo abraçado enquanto ela enchia suas bochechas de beijo.Sem perceber, Amélia repousava a mão na própria barriga ao alisá-la. Podia senti-la um pouco maior, imaginando se daqui a algum tempo seria ela ali, brincando com o seu bebê. Amélia se sentia cada vez mais certa sobre aquela gravidez. Mas não sabia se podia continuar mentindo para Alexander como esta
Sabine deixou Amélia no triplex, deixando o cartão de Alexander em cima de uma mesinha no hall de entrada. Ela logo se despediu e deixou o local. Amélia caminhava pelo apartamento, indo até o espelho próximo às escadas que levavam ao segundo andar. O vestido que estava usando era de um tom rosa bem claro, todo em seda com um corpete estruturado e um decote sutil em V, que dava volume aos seus seios pequenos. Ele seguia uma estrutura até a cintura e a saia era completamente solta, com uma fenda longa. Seus cabelos estavam mais curtos, um pouco acima dos ombros como ela sempre quis e Barth sempre lhe proibiu. A maquiagem destacava seus grandes olhos verdes e os lábios rosados assumiam um tom vermelho suave. Ela estava simplesmente deslumbrante, como jamais se viu em algum momento. Distraída, Amélia repousava a mão sob a barriga, acariciando-a suavemente. — Amélia? Meu Deus!! — A voz de Helena a tirava do breve transe quando ela entrava na sala. — Você está espetacular! Amélia sorr
Amélia ainda não conseguia acreditar que Alex estava realmente caminhando. Dentro do carro, ela se pegava olhando para ele algumas vezes. Ela arrastava os dedos pela própria coxa até alcançar a mão dele e segurá-la, entrelaçando os dedos nos dele carinhosamente.— Está tudo bem? — Alex perguntava, sentindo uma certa pressão no aperto dela em seus dedos.— Sim, eu só.. Não consigo acreditar que você está andando, Alex. — Ela respondeu, seus olhos verdes fixos aos azuis dele.Amélia levava a mão livre a face do homem, acariciando-a.— E também não acredito que me escondeu isso por tanto tempo. — Ela reclamava, olhando-o levemente magoada.— Todos temos segredos, não é? — Alex respondia, sentindo Amélia afrouxar o aperto em seus dedos e soltar sua mão em seguida.— É, temos. — Ela respondeu, voltando sua atenção para a janela do carro, observando as luzes da cidade.Quando o carro estacionou em frente ao Plaza, onde seria realizado o baile, Amélia sentiu-se particularmente insegura ao ve
Eles atravessaram o grande salão do Plaza enquanto todos os presentes lhes olhavam. Amélia sentiu a face ruborizar de imediato, segurando o braço de Alexander com certa força. — Amélia, você está enfiando as unhas.. — Ele resmungou em tom dolorido.Ela afrouxou o aperto, voltando seus olhos para Alex.— Desculpe. Estão todos olhando. — Comentou, sentindo a mão dele repousar em suas costas, pouco acima do quadril.— Está tudo bem. Fique tranquila. — Ele respondeu, beijando os cabelos dela.— Desculpe. Era pra eu estar lhe acalmando, não o contrário. — Ela proferiu, encontrando o olhar de Alex compadencente em seguida.— Não se preocupe. — Ele sussurrou ao pé do ouvido dela. — Estão olhando porque eu estou caminhando ao lado da mulher mais bonita desse salão.Amélia sorriu, balançando a cabeça negativamente.Ela caminhava ao seu lado, terrivelmente incomodada com as pessoas olhando para eles. Queria poder mandá-las olhar para outro lugar.Ao longe, Ethan e Benjamin caminhavam na direçã
Henry olhava para Alex, ainda segurando Amélia pela cintura. Ela se soltava dele finalmente, caminhando até Alexander que a apoiou quando a mesma achou que fosse desmaiar.— Amy, você está bem? — Alex perguntou, preocupado com ela.Ela assentiu com a cabeça.— Você vai matá-la também, Alderidge? Como fez com a Megan? — Henry perguntou, a face ainda ardendo pelo tapa.Alex aproximou-se de Henry, segurando-o pela gravata.— Não ouse falar o nome da Megan. — Ele vociferou furioso.— Ele já lhe contou o que aconteceu? — Henry perguntava ao direcionar seu olhar para Amélia.Ela se aproximou, repousando a mão em cima da de Alex.— Ele não vale nem o esforço. — Ela falou para Alex.Alexander o soltou, algumas pessoas ao redor já estavam olhando a cena.Ele fez menção de se afastar, Amélia ficando ao seu lado.— Podemos dividir a Amélia também, Alex. — Henry falou, zombando. — Quem sabe ao mesmo tempo dessa vez.O soco que Alexander deu em Henry foi imediato. O homem caiu no chão estático co
Alexander a fitou, sentindo o corpo de Amélia parar completamente tensa.Ele sorriu para ela, beijando sua testa.— Eu sei. — Respondeu. — Eu já sei há algum tempo. — Ele dizia, notando Amélia entrar em choque.— Como? — Ela questionava, parando de dançar com ele.— Amy, está tudo bem. — Ele tentou tranquilizá-la, voltando a dançar com ela quando as pessoas ao redor começaram a olhar.— Helena me contou já há alguns dias. — Ele respondeu, puxando-a ainda mais para si. — Ela me contou tudo.Amélia exitou, sua respiração se tornando pesada enquanto ela começava a hiperventilar. Alexander por sua vez, tentava ampará-la, principalmente quando escutou o primeiro soluço de choro saindo da garganta dela.— Amy, não chora. Por favor. — Ele pediu.— Me desculpa, eu não queria te magoar ainda mais. — Ela falou em meio ao choro contido. — Eu não queria que você se sentisse traído de novo, não depois de tudo o que passou.Alex envolveu o rosto de Amélia com as mãos, secando suas lágrimas.— Você