Parte 3...— Ai, para de drama - abriu bem os olhos — Você entendeu o que eu disse - soltou o ar devagar.— Tudo bem - ergueu as mãos — Acho que estamos muito emotivos, agitados e isso impede a gente de pensar direito.— Vou pra casa Júlio - se virou.— Tudo bem, eu te levo.Eles não falaram muito durante o trajeto até a casa dela. Natália estava com um bolo na garganta, preocupada com o que diria à tia e mais ainda com a mudança em sua vida. Tudo bem que Júlio não estava mesmo fugindo da situação e isso era algo positivo, mas casar?— Olha só, se for tomar alguma atitude... Fala comigo antes tá? Eu prefiro saber do que descobrir depois e ficar perdido.Ela assentiu de cabeça baixa. Ainda não tinha certeza de nada.— E minha proposta ainda está de pé.— Vou pensar, prometo - soltou o ar devagar e olhou para cima — Acho que agora tenho que ir mesmo, a tia deve estar curiosa pra saber onde ando.— Já disse que eu falo com a Célia.— Antes deixa eu decidir, tá - apertou seu joelho.— Ok
Parte 1...Natália olhou com cara de cansaço para ele. Até entendia sua insistência, mas não era certo.— Não precisa se obrigar a fazer isso.— E quem foi que disse que sou obrigado? - franziu os olhos — Eu quero.— Quer nada Júlio - abanou a mão na cara dele e deu a volta na mesa — Você só quer ser responsável porque conhece minha família, é amigo de minha tia, que por sinal sempre paparicou você - fez careta.— Nada a ver - riu de leve — Eu quero mesmo.— Eu me viro - sentou — Não precisa se preocupar com seu nome. Minha tia vai entender quando eu explicar direitinho.— Deixa de ser maluca, Natália - reclamou e fechou a cara — Estamos nessa juntos.— Então, tá - cruzou os braços — Você me ama?— O que?Ele não entendeu e respondeu rápido.— Claro que eu não te amo...— Então não tem motivo pra se casar.— Meu Deus... - cobriu a boca com as mãos e a encarou de olhos bem abertos — Você é muito doida garota. Eu estou querendo ajudar.— Ajudar é varrer o chão, guardar a roupa, fazer o
Parte 2...— É sim! - a olhou séria — Não vai ser mãe solteira se pude ter marido.— Os tempos são outros sabia?— Mimimi... - fez careta a imitando — Os tempos são outros uma porcaria - levantou o dedo — Só se for na casa dos outros porque aqui não senhora - bateu o pé.— Tia, não é assim que as coisas acontecem.— Eu sei como acontecem - apontou o dedo — E você moça vai fazer o certo. Vai se casar com Júlio. Quero essa criança em uma família.— Não posso me...— Natália - respirou fundo — Qual sua objeção em casar com ele? Júlio é bonito, educado, tem uma boa situação financeira, não é moleque e...— Credo - fez uma cara engraçada — Está fazendo propaganda dele?— Só digo o que é verdade. E ele vem da família de uma boa amiga. Sabemos bem quem ele é.— Mas não existe amor entre nós, tia - abriu os braços gesticulando muito — Foi só sexo.— Para isso é necessário pelo menos atração e isso já deu pra notar que vocês dois têm. Deixe de ser cabeça dura e aceite.— Não! - cruzou os braço
Parte 3...— Se pensar bem, estar casada não vai ser ruim - mexeu o ombro — Podemos nos ajudar, criamos nosso filho dentro de uma família e au ainda posso te ajudar com seu negócio - deu um risinho — Posso ser seu advogado particular sem cobrar nada... Talvez uma ou duas noites na cama.— Engraçadinho - mostrou a ponta da língua — Eu não preciso de um advogado particular.— Pense bem - sorriu e se aproximou.Júlio começou a enumerar as vantagens de estarem casados, colocando não só o ponto de terem um filho, como a forte atração que os uniu. Ela estava ouvindo, mas não estava levando em consideração realmente. Sabia que ele falava levado mais pelo dever e obrigação do que por outra coisa.Júlio queria honrar o nome dele e por serem amigos de ambas as famílias ele não queria que isso viesse a estragar essa relação. Mas e o futuro?— Ok, esses são bons motivos, mas e o lado ruim do casamento? Você já foi casado e deu errado.— Não tem nada a ver...— Claro que tem. Como sabe que vai da
Parte 4...Ela entrou de braço dado com a tia. Célia era sua parente mais amada e graças a ela teve uma boa vida quando os pais morreram e também de certa forma, ela tinha culpa de estar se casando com Júlio porque foi ela quem a empurrou para o escritório dele.— Sua mão está gelada - Célia disse baixinho.— Eu sei - sorriu para os convidados — Quero fazer xixi._ Garota, se você me fizer vergonha aqui no meio dessa gente eu juro que te mato - apertou seu braço e continuaram andando.Júlio estava muito bonito. Ela engoliu em seco. Estava com um terno azul escuro com uma flor delicada no bolsinho e havia cortado o cabelo. Estava barbudo.— E essa barba? - sussurou ao ficar ao lado dele.— Pra ficar diferente pra você - a beijou no rosto — Assim quem sabe você me confundia com outro e não desistia de casar - sorriu.— Idiota - murmurou sorrindo e ele piscou.A cerimônia foi rápida, mas quando chegou na parte em que o padre perguntou:— Você aceita este homem como seu legítimo esposo pa
Parte 1...Natália olhou para o padre sem entender direito o que ele dizia. Sua tia falava toda animada sobre o casamento e o padre lhe desejava felicidades e tudo mais. Ela só assentia com um sorriso.— Com licença - Júlio a puxou — Posso carregar minha esposa comigo?— Claro meu filho - Célia disse — Agora ela é toda sua - o beijou — Sempre adorei você meu menino.Natália riu. Só a tia mesmo para chamar Júlio, agora barbudo, de menino. Um homem adulto. Se despediu deles e saiu de braço dado com o marido.— E agora onde vamos, menino? - riu.— Para um lugar só nosso - abriu a porta do carro para ela — E pare de me encher com isso. Faz uma semana que vem repetindo isso - deu a volta.— Culpa da Célia - riu mais — Agora ela acha que você é o salvador da sobrinha - gesticulou rodando os olhos.— Engraçada - ligou o carro — Agora, esposa - meneou a cabeça sorrindo — Vamos viajar.— Hum, até que enfim - balançou a cabeça — Sabe que fui trabalhar pra você porque minha viagem mixou? Se tiv
Parte 2...Ele abaixou o rosto e a beijou, imprensando seu corpo contra a proteção. O vento soprando seus cabelos, o barulho gostoso do mar, a água batendo na escadinha lateral e todo o tempo para eles.Eles entraram no quarto da cabana. No piso uma abertura protegida por vidro deixava que eles vissem o mar abaixo deles, com os corais e peixes que nadavam.— Isso é muito legal - ela olhou para baixo.— É sim, talvez até dê para ver um tubarão.— Que? - arregalou os olhos — Ah, não... Se eu vir um tubarão aqui vou dar um pulo que chego em casa rapidinho. Não, não... Não mesmo - gesticulou e ele caiu na gargalhada .— Não sabia que tinha medo de bichos.— Bichos não meu amor, só de tubarão... E cobras também... - fez uma careta rodando os lábios — E talvez de lagartixa... Acho que barata...— Não - a agarrou — Chega!Eles riram abraçados. Era muito bom poder ter a liberdade de ser quem você é realmente. Terem se conhecido antes de ficarem juntos ajudou ambos.— Gostaria de beber algo, m
Parte 1...Três meses depois Júlio andava pelo escritório pensando em Natália.Ele estava casado, tinha as fotos e filmagens do casamento para provar isso, mas de certa forma parecia que ela não se sentia casada.Eles tinham decidido mudar do apartamento que foi alugado e juntos compraram uma casa nova em um bairro novo perto da orla. Como ela amava o mar ele quis que ficasse perto e a casa ficava só a duas ruas da orla.Eles poderiam caminhar todos os dias pela orla no fim da tarde ou à noite quando voltassem para casa.Natália estava muito ocupada com a nova filial da confeitaria e estava treinando o pessoal novo. Passava horas de uma loja para outra e chegava em casa ás vezes mais tarde do que ele.Isso o preocupava um pouco. Tanto por ela estar se esforçando muito estando grávida e também porque ela parecia mais uma colega de quarto.Certo que era uma colega de quarto que fazia um sexo incrível. Mesmo agora que a barriga dela já despontava eles continuavam transando. Ele até compr