Parte 3...— Se pensar bem, estar casada não vai ser ruim - mexeu o ombro — Podemos nos ajudar, criamos nosso filho dentro de uma família e au ainda posso te ajudar com seu negócio - deu um risinho — Posso ser seu advogado particular sem cobrar nada... Talvez uma ou duas noites na cama.— Engraçadinho - mostrou a ponta da língua — Eu não preciso de um advogado particular.— Pense bem - sorriu e se aproximou.Júlio começou a enumerar as vantagens de estarem casados, colocando não só o ponto de terem um filho, como a forte atração que os uniu. Ela estava ouvindo, mas não estava levando em consideração realmente. Sabia que ele falava levado mais pelo dever e obrigação do que por outra coisa.Júlio queria honrar o nome dele e por serem amigos de ambas as famílias ele não queria que isso viesse a estragar essa relação. Mas e o futuro?— Ok, esses são bons motivos, mas e o lado ruim do casamento? Você já foi casado e deu errado.— Não tem nada a ver...— Claro que tem. Como sabe que vai da
Parte 4...Ela entrou de braço dado com a tia. Célia era sua parente mais amada e graças a ela teve uma boa vida quando os pais morreram e também de certa forma, ela tinha culpa de estar se casando com Júlio porque foi ela quem a empurrou para o escritório dele.— Sua mão está gelada - Célia disse baixinho.— Eu sei - sorriu para os convidados — Quero fazer xixi._ Garota, se você me fizer vergonha aqui no meio dessa gente eu juro que te mato - apertou seu braço e continuaram andando.Júlio estava muito bonito. Ela engoliu em seco. Estava com um terno azul escuro com uma flor delicada no bolsinho e havia cortado o cabelo. Estava barbudo.— E essa barba? - sussurou ao ficar ao lado dele.— Pra ficar diferente pra você - a beijou no rosto — Assim quem sabe você me confundia com outro e não desistia de casar - sorriu.— Idiota - murmurou sorrindo e ele piscou.A cerimônia foi rápida, mas quando chegou na parte em que o padre perguntou:— Você aceita este homem como seu legítimo esposo pa
Parte 1...Natália olhou para o padre sem entender direito o que ele dizia. Sua tia falava toda animada sobre o casamento e o padre lhe desejava felicidades e tudo mais. Ela só assentia com um sorriso.— Com licença - Júlio a puxou — Posso carregar minha esposa comigo?— Claro meu filho - Célia disse — Agora ela é toda sua - o beijou — Sempre adorei você meu menino.Natália riu. Só a tia mesmo para chamar Júlio, agora barbudo, de menino. Um homem adulto. Se despediu deles e saiu de braço dado com o marido.— E agora onde vamos, menino? - riu.— Para um lugar só nosso - abriu a porta do carro para ela — E pare de me encher com isso. Faz uma semana que vem repetindo isso - deu a volta.— Culpa da Célia - riu mais — Agora ela acha que você é o salvador da sobrinha - gesticulou rodando os olhos.— Engraçada - ligou o carro — Agora, esposa - meneou a cabeça sorrindo — Vamos viajar.— Hum, até que enfim - balançou a cabeça — Sabe que fui trabalhar pra você porque minha viagem mixou? Se tiv
Parte 2...Ele abaixou o rosto e a beijou, imprensando seu corpo contra a proteção. O vento soprando seus cabelos, o barulho gostoso do mar, a água batendo na escadinha lateral e todo o tempo para eles.Eles entraram no quarto da cabana. No piso uma abertura protegida por vidro deixava que eles vissem o mar abaixo deles, com os corais e peixes que nadavam.— Isso é muito legal - ela olhou para baixo.— É sim, talvez até dê para ver um tubarão.— Que? - arregalou os olhos — Ah, não... Se eu vir um tubarão aqui vou dar um pulo que chego em casa rapidinho. Não, não... Não mesmo - gesticulou e ele caiu na gargalhada .— Não sabia que tinha medo de bichos.— Bichos não meu amor, só de tubarão... E cobras também... - fez uma careta rodando os lábios — E talvez de lagartixa... Acho que barata...— Não - a agarrou — Chega!Eles riram abraçados. Era muito bom poder ter a liberdade de ser quem você é realmente. Terem se conhecido antes de ficarem juntos ajudou ambos.— Gostaria de beber algo, m
Parte 1...Três meses depois Júlio andava pelo escritório pensando em Natália.Ele estava casado, tinha as fotos e filmagens do casamento para provar isso, mas de certa forma parecia que ela não se sentia casada.Eles tinham decidido mudar do apartamento que foi alugado e juntos compraram uma casa nova em um bairro novo perto da orla. Como ela amava o mar ele quis que ficasse perto e a casa ficava só a duas ruas da orla.Eles poderiam caminhar todos os dias pela orla no fim da tarde ou à noite quando voltassem para casa.Natália estava muito ocupada com a nova filial da confeitaria e estava treinando o pessoal novo. Passava horas de uma loja para outra e chegava em casa ás vezes mais tarde do que ele.Isso o preocupava um pouco. Tanto por ela estar se esforçando muito estando grávida e também porque ela parecia mais uma colega de quarto.Certo que era uma colega de quarto que fazia um sexo incrível. Mesmo agora que a barriga dela já despontava eles continuavam transando. Ele até compr
Parte 2...Ela se virou e saiu, mas ele foi atrás.— Natália... - ele segurou seu braço — Eu quero conversar com você.— Não... Você quer me acusar - puxou o braço.— Eu quero que nosso casamento dê certo - disse começando a ficar nervoso — Não quero fracassar de novo._ Ah... - se virou para ele — Então é isso? Na verdade é só para o grande advogado não perder um processo?— Não foi o que eu disse.— Júlio, nem eu e nem você queríamos nos comprometer... Você caiu em cima de mim e eu não resisti - abriu as mãos — Confesso minha culpa nisso, mas se não fosse a gravidez não estaríamos nessa... Você não me quer, só quer proteger sua reputação.— Pelo amor de Deus, você é doida demais - fez uma careta confusa — Não foi isso que eu disse, como pode distrocer as coisas assim?— Então tá... - cruzou os braços — Me convença de que estou errada.Ele parou e a encarou em silêncio.— Vai, esse é seu trabalho né?— Nat... Não é sobre o bebê - começou devagar e se aproximou — A gente tem uma conex
Parte 3...— Como é que é?Célia estava abismada. A sobrinha aparecera do nada, à noite, dizendo que iria dormir com ela.— É isso... Depois eu resolvo amanhã o que vou fazer - fez um bico.— Não... - balançou o dedo alto — Não, não... Você tem casa e tem marido. Vai pra sua casa!— Não posso ir, tia.— Como não pode? O que houve?— Nada.— Você é doida menina? Como nada e me aparece assim? O que foi? Júlio fez algo?Ela respirou fundo. Tinha saído tão rápido de casa que só pensou em voltar para o único lugar onde se sentia bem. Só esqueceu da tia.— Tia, eu explico melhor amanhã tá?Ela nem esperou a resposta e entrou no quarto que ainda estava do jeito que ela deixara. Talvez em breve fosse voltar para ali, de onde nem deveria ter saído.Se jogou na cama. Ficou olhando o teto branco, perdida em pensamentos. Por que diabos ele tinha estragado tudo?Estava indo tudo bem, a gravidez estava se desenvolvendo bem, tinha inaugurado uma nova loja de sua confeitaria e estava cheia de trabalh
Parte 4...“Natália, se você está lendo essa cartinha já sabe meu segredo guardado á sete chaves. Sim, eu sofri muito por amor e por isso me fechei para todos os outros homens que apareceram em minha vida.Agora vejo você andar pelo mesmo caminho que eu, mas com uma diferença. Júlio é um homem correto, mas acima disso ele também já sofreu, já foi enganado e sabe a diferença dos sentimentos. Talvez ele seja tão cabeça dura quanto você, mas acho que de longe você é a mais teimosa. Não perca a chance de ter um homem apaixonado ao seu lado. Se tiver a chance de criar seu filho em um casamento de amor e cumplicidade, não hesite e se jogue. Melhor pecar por excesso do que pela falta. Acredito que Júlio irá te surpreender.Seja feliz minha linda. Eu te amo. Célia”.** ** ** ** ** ** **Ela não sabia quanto tempo havia passado, mas sentiu a mão de Júlio em seu cabelo.— Ei, o que está fazendo aqui?Ela levantou o rosto e o encarou um instnte, depois se jogou em cima dele e o apertou, fazendo