Parte 4...
— Qualquer coisa eu te ligo e você pode fazer o mesmo. A qualquer hora.
— Farei sim, pode deixar.
Ele desligou e falou sobre o que Marco havia dito. Pediu que todos tivessem mais cuidado, em especial Ane.
— Verdade, não sabemos o nível de loucura desse homem - Jonas comentou — É melhor que se mude para cá, não é mesmo, pai?
— Jonas - ela bateu nele — Não pressione seu pai.
— Na verdade a ideia é boa. Não gosto de pensar que está sozinha naquela casa com esse covarde à solta.
— Mas eu preciso voltar, tenho meu trabalho.
— E não pode tirar férias?
— Não. Já tirei férias antes lembra?
Ane colocou a mão sobre a dele em conforto. Luthor estava preocupado, podia perceber, mas ainda era cedo par
Parte 5...Logo estaria tão velho que não poderia realizar nenhuma de suas vontades e desejos.Queria uma mulher para tudo.Queria amor, sexo, boa conversa, passeios, viagens e até para os dias ruins quando um precisasse do outro. E Ane lhe parecia ser assim.Começou a reparar em seu jeito e foi notando coisas que antes não percebera. E era uma excelente amiga para os filhos, além de ser responsável. Por que não tentar?Só ficou travado com relação à idade, mas já que ela até gostava disso, aproveitaria essa chance.Ane ficou surpresa e feliz com o tratamento que Luthor estava lhe dando. Quase se sentia uma princesa de tanta atenção. Era algo que ela não estava acostumada a ter.Ele mesmo arrumou a cesta do piquenique e carregou tudo para o carro. Quando chegaram ao local ele só a deixou participa
Parte 6...Ele a abraçou apertado curioso dessa revelação.— A gente estava conversando sobre o que ele havia feito - suspirou relembrando — Eu disse à Layla que não queria mais voltar para casa por causa dele e também porque minha mãe tinha mania de trocar de namorado o tempo todo e nunca se acertar com um - torceu a boca — Ela sempre teve essa coisa de não conseguir ficar sozinha. Marise entrou e começou a falar com a gente para ter cuidado quando começássemos a namorar. Disse que a maioria dos homens só querem se aproveitar das garotas e que você era um homem diferente - correu o dedo por seu queixo — Ela nos disse que você sempre foi correto com ela e cuidou bem dela e de tudo sobre a família.Luthor não sabia que a mulher falava sobre ele com outras pessoas.—Ela elogiou muito você, seu
Parte 7...Já estava mais tarde do que o horário normal que ela estava acostumada a sair do escritório, mas teve tanto trabalho pra fazer que nem reparou nas horas passando.Queria chegar logo em casa para ligar o notebook e falar com Luthor. Estavam acertando a vinda dele na noite seguinte para ficar com ela em sua casa. Já tinha feito compras e até o vinho que ele gostava já estava á espera.Ficaria três dias em sua casa e depois ela iria para a dele de novo.Quase não tinha carros no estacionamento. Ela andou até seu carro procurando a chave na bolsa. Parou e estava quase abrindo a porta quando sentiu um puxão em seu cabelo que a fez inclinar a cabeça para trás.Se virou e deu de cara com a última pessoa que queria ver naquela noite. Era Antônio. Ela segurou a respiração e começou a ficar nervosa.Ele parecia calmo, ao menos não estava de cara feia como normalmente acontecia. Talvez só quisesse conversar com ela.Deu um passo para o lado e segurou na porta do carro abrindo devagar.
Parte 8... Luthor dirigiu rápido, mas evitou ultrapassar o limite de velocidade para não ser parado por nenhum policial e se atrasar. Queria chegar logo até a casa de Ane. Seu coração estava apertado de apreensão. A casa dela era perto do trabalho dela e assim que parou o carro em frente ele a viu chegando. Marco a trazia em seu carro. Ane desceu do carro ajudada por Marco. Sentiu uma raiva imensa de vê-la andando um pouco curvada para a frente, com certeza pelos chutes que o vagabundo lhe dera.Marco o olhou de modo sério e fez um sinal para que não comentasse nada de imediato. Claro, o mais importante era cuidar dela, falariam mais depois. Ela levantou o rosto e o viu e Luthor ficou sentido por ver que seus olhos estavam tristes e também pelo corte em seu rosto que tinha uma marca escura perto da boca. Aquilo ficaria roxo com certeza. Ela o abraçou e deitou a cabeça em seu ombro. Tinha que ser forte para sua mulher, ela e
Parte 9...— Ane - ele tocou seu rosto de leve e ficou deslizando o indicador seguindo seu contorno — Quero que fique aqui comigo.—Mas eu vou ficar.— Você não me entendeu... Eu quero que fique... Pra sempre... Percebe o que digo? - ele sentiu o coração disparar.Ela se ajeitou e o encarou.— Como assim, Luthor?—Quero que se case comigo e viva aqui... Pra sempre. É isso. É o que mais quero.Ele prendeu a respiração um pouco. Ficou com medo que ela achasse que era cedo demais e que dissesse não.— Luthor... Está certo disso mesmo? - ela franziu o olhar — Não é só porque aconteceu esse ataque?— Não! - respondeu seguro.— Não tem certeza, está apenas forçando porque quer me proteger?— Não foi
Parte 1..."Basta um desejo / Basta um beijo / Sem nenhum motivo / É só acreditar no amor, pra sempre, que o céu saberá te ouvir”Luthor se sentia muito bem naquela manhã.Saber que a vida estava se encaminhando da forma certa e como ele queria, mesmo sem esperar, era ótimo. Lhe dava mais ânimo para trabalhar em seu consultório de casa mesmo. E não queria deixar Ane sozinha logo de manhã após o ocorrido, tinha que cuidar dela.Foi atrás de sua mulher.— Pois é... Então é assim que vou trabalhar de agora em diante - ela se virou e viu Luthor parado ao seu lado — Sim... Foi muito ruim mesmo - ela falava com o chefe — Pra mim será ótimo. Agradeço a compreensão... Claro, pode deixar que eu vou organizar tudo.Ane se despediu e desligou o telefone.Estava acertando tudo para mudar seu local de trabalho da sede para um canto na casa de Luthor até o escritório ficar pronto. Ele gostou de saber.— Tudo certo mesmo? - a abraçou.— Sim, meu chefe foi muito compreensivo e já sabia o que havia ac
Parte 2...— Vamos aproveitar que estamos aqui no centro e vamos dar uma olhadinha em coisas de bebê? - Layla disse a ela.— Pode ser. Só que eu tenho que ir lá em casa pegar mais algumas coisas pra levar. Seu pai só fez uma mala com roupas e tem muita coisa que preciso. Nem minha escova de dentes ele trouxe, pode?— Ah, homens são assim.— Eu não - Jonas fingiu estar ofendido — Sou organizado. Sempre fui.— Oh... E como é - Layla piscou o olho — Eu vou com você e a gente pega o que quiser, depois damos uma voltinha rápida. Tá bem?— Por mim tudo bem. Aproveito e passo lá no escritório para falar com meu chefe. Vou trabalhar em casa agora.— Pronto, vai ficar grudada com o velho - Jonas disse rindo e mexendo com ela.— Para de falar isso - Layla bateu nele.— E agora Ane? Vai se casar e já vai ser vovó - Jonas riu — Muita coisa de uma vez.— Eu? Vovó? - ela balançou a cabeça rindo — Nem vem com isso, no máximo vou ser a tia Ane.— Ahhh, não quer ser a velhinha né? - ele a beliscou.—
Parte 3...Quando Luthor soube do que havia acontecido correu para o hospital. Ficou furioso por mais um ataque. Ane precisaria ficar livre desse louco, não poderiam viver com medo de novas agressões.Ligou para Marco e fez uma reclamação sobre isso. Como ele poderia ter invadido a casa dela de novo? Não tinha homens atrás do meliante?Marco garantiu que já sabiam onde estava se escondendo e que era questão de tempo para ser preso. Pediu calma a ele. O que era bem difícil.Antônio estava se escondendo em locais que pertenciam aos amigos, mas dois deles o denunciaram porque não queriam envolvimento nem problemas com a polícia. Já sabiam onde ele tinha ido agora e estavam atrás dele.No hospital ele falou com o médico que atendera Ane e conseguiu sua liberação. Agora o melhor era levá-la logo para um ambiente mais tranquilo.Já era demais ter que dar de cara com Antônio na casa. A próxima coisa que ele fizesse poderia ser mais grave.Ane não gostou no início de saber que Luthor iria sus