Os passos de Marcos se tornavam cada vez mais pesados e próximos, seus olhos se encontram com os de Beatriz e por um momento sentiu um aperto no peito, tentando controlar a preocupação, Marcos se aproximou de Esther, seu olhar inigmático a perfurou, como se estivesse vendo além da máscara de vulnerabilidade que ela havia criado. — Esther! Que surpresa ver que realmente veio aqui.— disse ele, com uma voz sarcástica. Esther se fazendo de inocente, colocou o cabelo lentamente atrás da orelha e começou a falar com uma voz trêmula. — Marcos, eu... eu estou com tanto medo. Alguém está me ameaçando, dizendo que vai me machucar se eu não fizer o que eles querem. Eu já não aguento mais isso... Por causa deles eu tive que te deixar, agora estão me precisando. Marcos levantou uma sobrancelha, cético, ele trocou olhares com Beatriz, como se estivessem conversando.— Se acalme, vamos para o meu escritório, teremos mais privacidade.— falou mostrando o caminho para Esther. Marcos segurou a
O grande dia finalmente chegou. Beatriz e Marcos estavam prestes a se casar no belo jardim na mansão dos Collens. O sol começou a se pôr, lançando um brilho dourado sobre o jardim enfeitado. O ar estava repleto do perfume de rosas e jasmim, e o som de música suave e elegante enchia o ambiente. Beatriz estava radiante em seu vestido branco, segurava o braço de seu avô, que sorria orgulhoso ao seu lado. Seus olhares se encontraram e um sorriso terno se formou nos lábios dos dois, em um momento de puro amor e cumplicidade. — Você é a noiva mais linda que já vi. Tirando a sua avó, que é o amor da minha vida.— Falou Aurélio com os olhos brilhando de emoção, e com um pequeno sorriso nos lábios. — Obrigada, avô. O senhor está muito elegante nesse terno. — Eu sei...— disse com um sorriso convencido.— Pronta? Beatriz balançou a cabeça em concordância, suas mãos tremiam e sua respiração estava um pouco falha, ela estava sentindo uma mistura de sentimentos. A porta da mansão se abriu, Be
A festa do casamento estava em pleno andamento, com os convidados se divertindo ao som da música e do barulho das risadas. Beatriz, havia trocado o vestido de noiva por um modelo mais confortável e estava dançando com Marcos, seus passos lentos e harmoniosos. A música suave e romântica invadia o salão. Os dois se moviam como se estivessem em um mundo próprio. Marcos envolveu os braços em torno da cintura de Beatriz, e ela colocou as mãos sobre os ombros dele. Enquanto dançavam, Marcos olhou para Beatriz e sorriu. — Não me canso de te admirar, além de linda dança muito bem.— disse ele, sua voz baixa e suave. Beatriz sorriu de volta e olhou para os olhos dele. — Obrigada. Você também não é nada mal.— provocou. Marcos se aproximou mais de Beatriz e começou a sussurrar em seu ouvido. — Não tem ideia de como eu estou feliz por estar aqui com você, por saber que mesmo tendo sido tão inconsequente você me perdoou.— disse ele, apertando um pouco mais sua cintura e a trazendo par
Beatriz acordou antes do sol nascer, preparou um reforçado café, que encheu a casa com o aroma delicioso. Enquanto esperava o café ficar pronto, ela olhou pela janela e viu o céu começando a clarear, prometendo um novo dia cheio de possibilidades. Voltou para a sala e encontrou Marcos deitado num colchão no chão com os gêmeos pulando em cima dele, suas risadas e gritos de alegria enchendo o ar. Beatriz não pôde deixar de sorrir ao ver a cena, sentindo o coração cheio de amor e gratidão. — O café está pronto, venham!— Ela gritou fazendo Marcos levantar, ele pegou os filhos no colo e se aproximou rapidamente de Beatriz.— Bom dia seus bagunceiros — falou dando um beijo na bochecha dos gêmeos. Elisa esticou seu braços para Beatriz, ela sorriu e envolveu a filha num abraço.— Pensei que tinha me trocado pelo papai.— brincou com a voz divertida. Beatriz coloca Elisa na cadeira de alimentação e Marcos faz o mesmo com Oliver, em seguida eles se sentam para comer, enquanto aproveitam a refe
Com a saída de Lincoln Beatriz sentiu um calafrio ao lembrar a forma que ele olhou para ela e os gêmeos, por mais que ela tentasse espantar o aperto no peito, ela não conseguia esconder isso de Marcos. — Se pensar nisso mais um pouquinho vai sair fumaça da sua cabeça.— Brincou tentando descontrair a situação. — Não é estranho termos falado dele horas atrás e agora ele está aqui exatamente no mesmo lugar que nós? Começo a pensar, que o que estávamos com medo pode estar acontecendo. Marcos acariciou seu rosto com delicadeza, ele segurou seu queixo fazendo ela olhar em seus olhos. — Você confia em mim?— Perguntou com os olhos decididos e confiantes. Beatriz balançou a cabeça lentamente concordando.— Tenta aproveitar o dia, nada vai acontecer.— finalizou selando seus lábios com um beijo.— Hoje a noite vamos para uma boate se divertir um pouco. — Mas os nossos filhos, eu não vou deixá-los com uma estranha. — Eu sei. Eu jamais faria isso.— Respondeu sorrindo.— Sua sogra e sua av
A noite estava quente e estrelada, e a música da boate pulsava pelo ar como um ritmo selvagem, envolvendo tudo em sua energia contagiante. Beatriz e Marcos entraram no local, e as luzes coloridas que piscavam em sincronia com a música fizeram Beatriz se sentir como se tivesse entrado em um mundo diferente. A multidão de pessoas dançando, perdidas no ritmo, criava uma atmosfera eletrizante que era impossível ignorar. Beatriz, havia passado a maior parte de sua vida trabalhando e cuidando da casa, nunca havia tido a chance de se divertir ou sair se encontrar com pessoas da sua idade. As batidas eletrônicas da música eram contagiantes, e Beatriz não pôde deixar de se mover ao ritmo, seus pés começando a dançar timidamente como se tivessem vida própria. Ela se sentia viva, a música era o catalisador dessa sensação. — Hmm, parece que tem alguém que gosta de dançar — sussurrou Marcos no pé do ouvido de Beatriz, seu hálito quente fazendo-a estremecer. Ele segurou em sua mão e a puxou p
Na manhã seguinte, Marcos e Beatriz, acompanhados por Clarie e Helena, e os adoráveis gêmeos, partiram para São Martinho. O sol brilhava intensamente no céu azul, trazendo uma agradável sensação de calor e alegria. Depois de um almoço delicioso em um restaurante local, eles voltaram para o hotel, descansaram um pouco e decidiram visitar o Forte Louis, um forte histórico que oferecia vistas deslumbrantes da ilha. O sol estava começando a se pôr, e a luz dourada iluminava o forte, tornando-o ainda mais impressionante. — Caramba, este lugar é incrível! — exclamou Beatriz, enquanto caminhavam pelo forte. — Sim, nunca tinha vindo aqui antes— respondeu Marcos. — A vista é simplesmente deslumbrante. Eles passaram o resto da tarde explorando a ilha, visitando praias e lojas locais. À noite, eles jantaram em um restaurante de luxo, com vistas deslumbrantes do mar. — Esses foram os melhores dias da minha vida — disse Beatriz, enquanto terminavam o jantar. — Eu estou tão feliz por est
Todos na sala parecia ter silenciados, com apenas o som do relógio de parede quebrando o silêncio. Letícia olhou para Beatriz com o olhar triste, Marcos que observava a conversa de longe se aproxima, ele sabia que algo estava errado, Maicon vendo o irmão se aproximar fez o mesmo. O clima estava tenso, com Beatriz esperando que Letícia respondesse sua pergunta. Letícia respirou fundo antes de começar a falar. Seus olhos estavam fixos no chão, e sua voz tremia ligeiramente. — Eu não sei se você vai entender. Meu pai era apaixonado por sua mãe. Beatriz arregalou os olhos, surpresa. Marcos e Maicon trocaram olhares entendendo o que estava acontecendo. — O que aconteceu? Eles ficaram juntos? Por isso Morgana mandou matar minha mãe?— perguntou Beatriz, sua voz cheia de curiosidade. Letícia suspirou antes de continuar. — Não amiga. Eu sei por que meu pai me falava do amor que sentia pela tia Elisa. Ele se apaixonou por ela. Porém sua mãe mesmo admirando meu pai, só via ele como a