Em Orlando Ao ouvir as palavras do pai, Marcos sentiu o mundo girar ao seu redor. Seus olhos se arregalaram, e a respiração falhou por um momento. — Eu ouvi direito? Bia estava grávida e eu sou pai? Aqueles bebês são meus filhos?— Repetiu atropelando as palavras, incrédulo. Otto assentiu, com um sorriso nos lábios e lágrimas nos olhos. — Sim, filho. Você é pai. Só ficamos sabendo no aniversário da sua mãe. Mas com tudo que aconteceu com você, pedi para que esperassem as coisas melhorarem. Marcos cambaleou, sentando-se na cadeira mais próxima. Seu cérebro girava com perguntas, o coração parecia que ia explodir de tanta alegria. — Por que ela me escondeu isso?— perguntou, confuso. — Maicon explicou essa semana para sua mãe, ela estava com medo que você falasse que ela queria te dar um golpe e não acreditasse que você é realmente o pai. Beatriz só queria proteger os filhos. Marcos levantou ainda se sentindo tonto, ele estava com uma mistura de ansiedade e alegria. — Pai
Marcos aperta as mãos no volante com forma, seus dedos perdem a cor, seus olhos escurecem, sua respiração se torna pesada, como se outra pessoa tivesse possuído seu corpo. — Ele tocou nela?— perguntou de forma fria fazendo Nancy se arrepiar. — Infelizmente sim! — Quando isso aconteceu? E por que ninguém me falou nada? — Não sei te dizer! Única coisa que sei que foi no dia que ela ganhou os bebês. Eu estava chegando de viagem quando a vi chorando de joelhos abraçada em Letícia, aqui na frente do prédio. Sua cunhada Jessica estava com elas. Desde que seu irmão levou ela para a casa de Leah, converso com Letícia por telefone, que diz estarem seguras onde estão. — Maldito. Eu juro que vou matar esse desgraçado!— Marcos diz sem olhar para Nancy, ele estava sentindo que poderia explodir a qualquer momento. Respirando fundo tentando manter o controle, Marcos estreita os olhos e lembra que o irmão disse que precisava contar sobre o homem que sabotou a empresa, que ele tem incomodad
Beatriz olhava pelos vastos campos verdejantes da fazenda de Leah, sentindo uma paz que não experimentava há meses. Elisa e Oliver, dormiam em seus berços, rodeados pelo silêncio que ali se encontrava. Leah entrou na sala, trazendo uma xícara de chá quente. — Como você está, querida? Conseguiu dormir bem?— ela perguntou ao ver um leve vermelho em seu rosto. Beatriz sorriu fracamente espantando qualquer sentimentos de angústia. Ela estava com medo da última ameaça, pensar em alguém machucando os bebês tirava seu sono. — Sim, dormi como uma pedra— Ele mente.— Até que enfim essa mocinha deu uma trégua. Sabe, apesar do medo de Dimitri nos encontrar, sinto-me segurada aqui, longe da cidade. Até Letícia gostou da paz desse lugar.— ela disse vendo a amiga apreciando o jardim colorido, com flores de todas as espécies. — A decisão de Maicon de trazer vocês aqui foi a melhor. Dimitri e Leona não vão encontrá-los aqui. — Eu só me pergunto por quanto tempo podemos nos esconder?— per
Beatriz ficou todo o tempo admirando o cuidado que Marcos tinha com os bebês. Após uns minutos Oliver acordou, fazendo Marcos sentir seu coração transbordar de amor ouvindo seu choro baixinho. Diferente da Elisa que se da para ouvir de longe. Marcos não sabia o que fazer, ele nunca tinha segurado uma criança nos braços, principalmente tão pequenas. Beatriz sorriu vendo seu nervosismo, ela se aproximou, pegou Oliver em seus braços e encarou os olhos de Marcos. — Quer pegar ele no colo?— perguntou Beatriz, sorrindo. — Posso?— ele perguntou, Marcos engoliu em seco vendo ela se aproximar.— E se eu... machucar ele? — Eu sei que você não vai.— disse ela com ternura. Beatriz colocou Oliver em seus braços com cuidado. Marcos sentiu um arrepio ao sentir o peso do filho. — Ah... — sussurrou, olhando para o rosto de Oliver. — Ele é tão pequeno.— Com cuidado, Marcos envolveu os braços ao redor do bebê, sentindo uma onda de emoção.— Eu... eu não sabia que seria assim — disse, voz embargada.
Marcos chegou à fazenda para buscar Beatriz antes do sol nascer, ansioso para registrar os filhos. Ao sair do carro, vestido com um terno elegante, subiu a as escadas com o coração disparado. Ele não sabia como Beatriz iria recebe-lo depois de ontem. — Você está pronta? — perguntou, ao entrar na casa e encontrar os olhos de Beatriz, que brilhavam em contato com os dele. — Sim, estou! — respondeu ela, segurando os bebês. Marcos se aproximou e sorriu ao ver seus filhos cheirosos e bem vestidos. O suave perfume de Beatriz invadiu seu ser, ele a olhou profundamente, analisando o quanto ela estava linda, e sorriu. — Uau! Você está maravilhosa. — ele disse enquanto pegava Elisa dos seus braços. — Isso é obra da Letícia. Ela que me obrigou a usar essa roupa. — ela brincou para esconder seu nervosismo. — Deixa só quando o Maicon chegar para vocês saírem. — disse encarando os olhos da amiga, que sorria satisfeita. — Do jeito que ele é conhecido, não duvido nada ter um monte de papa
Beatriz assentiu, um nó se formando em sua garganta. Ela respirou fundo antes de falar sobre um dos momentos mais difíceis de sua vida. — Sim, foi há alguns anos. Eu era apenas uma criança na época. Minha mãe era a luz da minha vida, a pessoa que mais cuidava de mim. Ela foi brutalmente assassinada no dia do meu aniversário. Sabe o que mais me dói? É que tudo aconteceu na minha frente e eu não pude fazer nada. No mesmo dia em que perdi minha mãe, ganhei essa cicatriz. Desde então, eu não comemoro meu aniversário. Beatriz nunca comentou o que viveu naquele dia, nem mesmo Letícia sabia dos detalhes. As lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto, e Marcos a abraçou com força, oferecendo apoio e conforto. — Meu amor, eu sinto muito. Você era apenas uma criança, não tinha como ajudar. — Marcos disse, com o coração partido ao vê-la tão vulnerável. Enquanto acariciava seus cabelos, ele pensava em como o coração de Elisa foi parar no seu irmão. Ele a olhou, ponderando por um momento,
No momento em que Marcos revelou a Beatriz que o coração de sua mãe estava em Maicon, tudo ao seu redor pareceu desacelerar. Seu coração disparou e uma mistura de surpresa, incredulidade e um estranho calor tomou conta de seu peito. — Ele?— ela sussurrou. — Sim, amor. Eu queria te contar mas estava com receio de como ia reagir.— confessou Marcos sentindo o peso sair dos seus ombros. Ela olhou para Marcos, sem conseguir processar completamente a informação. O médico que se tornou seu amigo, com quem ela compartilhava risadas, agora tinha algo tão íntimo e pessoal de sua mãe. So aí que ela entendeu do por que surgiu aquela conexão inesperada com Maicon. — Você...— Ela sussurrou hesitante.— você me leva até ele? — Claro.— Marcos respondeu com o olhar preocupado, tentando decifrar exatamente o que ela estava sentindo. Clarie observava atentamente os dois do seu carro, o semblante assustado e ao mesmo tempo surpreso de Beatriz, fez com que ela se preocupasse. Clarie com ajuda de Fra
À medida que os dias passavam, a proximidade entre Marcos e Beatriz aumentava. Ele se tornou um apoio incondicional para Beatriz, cuidando dos bebês com carinho, dedicação e uma proteção sem igual, e por causa do cuidado de todos, a recuperação de Beatriz foi exelente. A foto de Beatriz com os gêmeos se espalhou feito fogo em gasolina, o que deixou Dimitri furioso. Já que quanto mais exposição, mais o rosto das crianças iriam ser conhecidos. Jonathan passou semanas tentando encontrar algo sobre Daniella, mas parecia que ela era intocada. Assim que terminou as ordens anteriores de Marcos, sentou-se à mesa, diante do computador, enviaram uma pista anônima deixando assim, Jonathan determinado a descobrir tudo sobre o passado de Daniella Escobar. Entre várias ligações, ele entrou em contato com um policial, onde enviou uma pasta sigilosa. Ao clicar no link, uma página apareceu na tela. Jonathan arregalou os olhos ao ler o título, revelando então que Elisa não era a primeira pessoa qu