BENNY ABRIU A PORTA e deu de cara com Kerlley que imediatamente o abraçou aliviada.
— Obrigada... não sei o que seria de mim se não fosse por sua ajuda.
— Fica tranquila, nós temos um princípio irrevogável nas famílias irlandesas...
Sempre cuidamos da família...
— Mas eu não sou da família...
Benny segurou a mão dela de forma carinhosa e lhe demonstrou a mesma afetuosidade de seu primeiro encontro, o homem que a tinha conquistado para sempre.
— Agora é... – Disse ele com firmeza – quero dizer, vocês são...
GEORGE ESTAVA FUMANDO seu cachimbo quando Benny sentou-se ao seu lado e passou seu braço sobre seus ombros e o trouxe para perto dele.
— Alguma coisa ainda o preocupa, filho?
— Tudo o que você me disse, tem como provar
LAÍS ESTAVA CAMINHANDO pela avenida ainda aturdida quando um rapaz passou por ela e tentou puxar a sua bolsa que por sorte se enroscou no poste de suporte da lona de uma loja de abajures dando-lhe um tranco para trás o desiquilibrando.O meliante ia pegar a sua faca que estava em sua cintura e ao ver o objeto perigosamente reluzir contra ela, instintivamente pegou um abajur de ferro antigo no mostruário externo e golpeou o rapaz com todas as forças que tinha somadas ao momento de raiva absoluta que estava vivendo com o marido e ele imediatamente caiu inconsciente, quando ela caiu em si, começou um filete de sangue sair da cabeça dele.— A senhora está bem? – Perguntou o atendente da loja que saiu imediatamente em seu auxílio.Ela respirou fundo, ajeitou a roupa e disse:— Estou me sentindo melhor depois de ter batido nele.O homem sorriu e disse:— Depois de uma
GEORGE ACORDOU SUANDO frio, era sempre o mesmo e desgraçado pesadelo, ele via sua esposa morta e seu filho baleado, fugiam e acabaram na América, onde nada podiam fazer pela revolução...Revolução...Era e sempre foi uma grandiosa besteira de sua mente iludida...George era um sonhador, sempre foi um apaixonado pelo seu povo, era um católico fervoroso, assim como 98% dos irlandeses, mas o seu passado jamais poderia ser deixado para trás, os ingleses tinham que pagar por tudo o que fizeram com ele e sua família, aquilo jamais poderia ser esquecido...GEORGE NASCEU em Coolock, perto de Dublin e sua família pobre, assim como a esmagadoramente maioria das famílias irlandesas, sempre iam à igreja aos domingos como se aquele fato fosse a coisa mais importante que poderiam fazer por suas vidas. Sua mãe, uma beata fervorosa, enquanto seu
— QUE BOM VÊ-LA bem, querida – disse a mãe após beijá-la.— Sabe que estaria bem.A mãe sorriu.— Nós mulheres fazemos qualquer coisa para manter as nossas conquistas, querida, qualquer coisa.Laís assentiu.— E qual será o próximo passo, mãe?— Levantar o seu marido.— Levantá-lo? Como assim?— Ele não disse que tinha um plano para vencer esse maldito julgamento? Então... vamos fazê-lo vencer.— Mas isso não vai dar mais força para ele?— Sabe qual o segredo do concreto, filha? Se ele for forte demais, racha...— Ainda não sei onde quer chegar, mãe...— Dê poder a ele ao ponto dele achar que tem realmente o poder que acha que tem e no momento certo ele simplesmente quebrará... mas, que
ANTES DE ENTRAR NA SALA de audiência, Benny pegou seu telefone e ligou para Stuart, só ele poderia salvá-lo naquele momento.Seja o que Deus quiser...Eles se falaram por um momento e fez Benny respirar aliviadamente com a forma com que foi recebido.— Obrigado, Stuart, nem sei como te agradecer, realmente estaremos salvando duas vidas.— Vai ser legal ver o general Galloway numa saia justa.BENNY ESTAVA EM FRENTE ao juiz.— Senhor Benjamim, se a sua cliente não aparecer imediatamente serei obrigado a prendê-lo, não faremos um julgamento à revelia, estou sendo bem claro?De repente, seu telefone toca.— Benny... – diz a voz em desespero de Kerlley em total desespero – es...tão... to...dos... mor...tos...— Kerlley... pelo amor de Deus, onde você está?O telefone de repen
— ESTÁ PRONTA, Princesa?Kerlley sentia uma força sobrenatural na forma como George falava com ela, era a pessoa mais altruísta e verdadeira que já tinha conhecido na vida.— Acho que sim...Ele ficou frente-a-frente com ela, segurou carinhosamente as suas mãos e disse de forma firme e segura.— Para nós irlandeses não há meio-termo, querida, não somos meio-bons, meio maus ou qualquer coisa que o valha, ou somos ou não somos, e você carrega meu sangue em seu ventre.Ela sorriu meio sem jeito.— Ao seu lado sempre estarei pronta.— É assim que se fala...GEORGE E SEUS HOMENS estavam escoltando Kerlley a pedido de Benny até o tribunal em um carro totalmente discreto, aquele seria um dia de glória para todos, a defesa que Benny tinha montado era consistente e dependendo dos argu
CHARLES ERA SOBRINHO-NETO do rei da Inglaterra Jorge VI, o que o tornava parente da atual rainha, Elisabeth II, mas isso não tornava a sua vida nem um pouco mais tranquila, pois ao entrar na Real Academia Militar de Sandhurst, a mais conceituada escola de cadetes da Inglaterra, onde nomes de expressão como Winston Churchill e diversos membros da realeza britânica e de diversos países.Mas ainda existia uma pedra no sapato dele desde que era um mero cadete e foi designado a trabalhar no SIS.O IRA.OSECRET INTELLIGENCE SERVICE(SIS), comumente conhecido comoMI6(Military Intelligence, Section 6) é a agência britânica deinteligência(ou de informações) que abastece ogoverno britânicocom informações estrangeiras. A chefia do SIS é da responsabilidade daSecretary of State for Foreign and Com
BENNY ESTAVA ANDANDO de um lado para o outro preocupado com a segurança de Kerlley, ele esmurrou a parede completamente impaciente.Não é possível, Deus, que não há um único desgraçado que saiba alguma coisa dela...— Parece que o doutorzinho aí está bem impaciente.— Vocês precisam ajudar a minha cliente... ela está grávida e corre risco de vida... será que vocês não entendem?— Pelo jeito ainda não entendeu a sua situação, não é mesmo? Afinal, para fugir de uma penitenciária ela estava muito bem obrigado e agora que sai das asas da justiça não sabe se cuidar?— Quem não está entendendo são vocês... são duas vidas americanas que estão em perigo.— A única coisa que estou entendendo é q
— MAS QUE MERDA você fez agora, Benny?— Eu fiz? Porque você acha que toda a culpa do mundo é minha?— Porque se você tem poder de fazer algo e não o faz, como se chama isso mesmo?— Vai à merda, Laís, se veio aqui para encher o meu saco, peço gentilmente que saia, já tenho problemas demais para administrar mais um, ou seja lá quantos problemas tenha trazido consigo, pode ter certeza absoluta que não estará me ajudando e muito menos se ajudando.— Não vim aqui para isso... vim dizer que te apoio no processo, isso é, se ainda existir um processo.— Acho que agora é tarde demais, não acha?— Nunca é tarde.De repente, Kerlley entra na sala e sorri para Berry.Meu Deus... o plano de contingência deu certo...— Não sei que mág