Cap:147— Olha... você tem um pensamento rápido, e é disso que eu gosto em você, mas você está errado! Você é meu sangue tanto quanto o sangue que corre em minhas veias, mas você não sabe de nada sobre o passado.— Você... por que eu tenho que ficar no escuro?— Você não precisava saber disso, porque só tinha que fazer o que eu estava te mandando fazer. Afinal... você é meu sucessor. O que aconteceu com a família de sua mãe não lhe diz mais respeito.— Por favor... o que está realmente acontecendo? Você fez a irmã dela se matar? Por favor... — Zen implorou, sentindo como se a cabeça fosse explodir.— Eu conheci Mery de um jeito diferente, e, se quer saber, agora que ele está com ela, nem você e nem eu teremos mais chances de encontrá-la.— Por que você tem tanta certeza de que não vamos encontrá-la?— Porque a forma como encontrei Mery foi inusitada e triste. Foi por isso que comprei ela. — ele contou com um sorriso sombrio.— Como a encontrou?— Mery é uma mulher saudável, mas ela es
Cap:148Após alguns minutos, Lavínia subiu para o andar de cima e entrou no quarto dele. Encontrou Zen sentado no chão, encostado na cama, com o olhar perdido. Sem dizer nada, ela se sentou ao seu lado. Os dois permaneceram em silêncio, um ao lado do outro.— Você sabe como vai enfrentar o mundo lá fora depois de saber a verdade? — ele perguntou, ainda preso em seus pensamentos.— Está falando sobre como enfrentar quem está tentando me matar? — ela retrucou com um sorriso amargo. — Estou magoada, quebrada, decepcionada... São tantas coisas.— Você caiu de pára-quedas em tudo isso... Deveria sair enquanto é tempo. — Ele a aconselhou, a voz baixa.— Por que está dizendo isso?— Porque eu não sou bom, ela não é boa, e as pessoas ao seu redor não são dignas da sua confiança.— Mas eu quero confiar em você.— Eu lembro da nossa conversa... Abri a boca e falei demais...— Você matou pessoas mesmo?— É isso que eu sou. Eu sei que te trato bem, finjo ser um bom rapaz, e sou assim apenas para
Cap: 149No bilhete, Cedrick e Lavínia descobriram que, um dia depois do atentado, um médico foi subornado para que pudesse ocorrer o procedimento. Naquele mesmo período, Zara recebeu a doação de medula óssea.— Zara estava internada naquele mesmo período esperando um doador. Por quê isso? — Lavínia murmurou, sentindo-se enjoada.— Então... era só um jogo. Eu preciso perguntar a Valmont, ele ainda não sabe que Mery foi levada... — comentou Cedrick, pegando o celular./ Onde você está? — Valmont perguntou ao atender./ Estou em casa. E você?/ Acabei de chegar. E Mery, conseguiu? — Valmont perguntou, mas Cedrick encerrou a ligação. Ele saiu do quarto e seguiu até o andar de baixo, onde encontrou Valmont. Ambos se entreolharam, demonstrando tensão.— Precisamos conversar agora! — Cedrick avisou, puxando Valmont em direção à cozinha.— O que está acontecendo?— Mery foi levada. Dessa vez, ela foi levada por ele. E sabe o que Romanov disse? Que não podia fazer mais nada. O que isso quer d
Cap:150Samuel se sentou ao lado de Lavínia, demonstrando animação ao encará-la, analisando sua reação.— Ela disse que recebeu uma doação de emergência e que vai ficar bem por um tempo — anunciou, apertando confortavelmente a mão dela e compartilhando sua animação.Lavínia forçou um sorriso, sentindo a cabeça turva. Logo em seguida, os olhos de Samuel encontraram os de Zen, que por um breve momento pareciam marejados.Ela nunca o tinha visto com aquele olhar. Sabia o que aquilo significava e o quanto ele estava com medo agora. Sem dizer nada, Zen desviou o olhar e saiu da sala, batendo a porta.— O que há de errado com ele? — Samuel perguntou, curioso.— Nada. Eu tinha pedido um documento urgente e, por um momento, pareceu que ele se esqueceu — respondeu, sorrindo fraco.De repente, suas mãos começaram a tremer. Lavínia soltou a mão de Samuel e apertou os dedos contra o peito, tentando controlar suas emoções.— O que está acontecendo? Esse comportamento... — murmurou Samuel, perceben
Cap:151Em seguida, ele encarou Lavínia, ao mesmo tempo em que ela apertava Zara em seus braços, mas não em sinal de afeto. Cedrick percebeu sua raiva, enquanto ela não conseguiu conter as lágrimas.— Que bom... — sua voz soou chorosa. Zara a encarou com ternura ao se afastar do abraço para olhá-la nos olhos.— Eu sei... você se esforçou muito também. Obrigada. Graças a você, eu consegui encontrar um doador. Se eu tivesse dito antes, não teria sofrido tanto tempo, não é?Lavínia abaixou a cabeça, confirmando, sem conseguir lhe dizer uma palavra. Em seguida, sentou-se na cadeira.— Você se alimentou bem hoje? Está mesmo bem? Está tão pálida... — Zara falava de forma carinhosa, enquanto Lavínia a encarava cética com a naturalidade de suas ações.— Estou bem. Você já viu Samuel? — perguntou Lavínia, forçando um sorriso. — Ele estava te procurando.— Ah... sim. Eu avisei a ele que estava vindo. Vou vê-lo. Sinto como se tivesse passado uma eternidade longe. — Zara se levantou. — Mais tarde
Cap: 152— Ah... vocês dois... — murmurou Zara, seus olhos brilhando de felicidade enquanto encarava Lavínia e Zen. — Vocês voltaram novamente? — Ela se aproximou de Lavínia, que precisou conter o impulso de se afastar quando Zara tocou delicadamente sua mão, segurando-a com uma ternura que só aumentava o desconforto de Lavínia.— Eu... nada! — respondeu Lavínia, forçando um sorriso que mal disfarçava sua inquietação.— Você está tão estranha, o que foi? — indagou Zara, a desconfiança evidente em sua expressão enquanto inclinava a cabeça para estudá-la melhor.— Que pergunta... Você sabe! — Lavínia respondeu com firmeza, afastando a mão de Zara em um gesto sutil, mas carregado de tensão. Seu olhar se tornou um misto de acusação e dor antes de ela se recompor. — Você sabe que... eu estou doente. E que agora é só questão de tempo até eu ter que abrir mão da minha carreira. Não vou conseguir advogar mais...— Ah... — suspirou Zara, o sorriso suave e cheio de carinho surgindo em seus lábio
Cap: 153— O que vocês estavam conversando? — ela perguntou enquanto ele abria a porta do carro para ela.— Nada, eu só avisei para ela ficar longe por um momento porque quero estar com minha esposa. — Ele comentou, em seguida, lhe dando uma piscadela.— Vocês, desde o início, nunca se deram bem, não é?— De fato, eu nunca levei na brincadeira a forma como ela te tratava enquanto estavam brincando de chefe e estagiário.— Ah, isso... — ela murmurou, abaixando a cabeça. — Pensei apenas que ela estava fazendo graça para que eu parasse de fingir. Estou tão confusa... Ela sabe fingir tão bem; os olhos dela parecem transmitir sinceridade.— Bom... Ela está acostumada a fazer você acreditar. — Ele comentou, ligando o carro e seguindo viagem.Lavínia ficou em silêncio por um momento, observando a paisagem pela janela. Depois, respirou fundo antes de falar novamente:— Eu não vou entrar naquela mansão. Vou ficar em sua casa. — Ela avisou com firmeza.Assim que chegaram e os portões se abriram
Cap.: 154:— Se levante de uma vez! — Romanov asseverou.— O que você fez comigo? — ele perguntou com a voz filha.— Apenas bati em sua cabeça. — ele disse sentindo satisfação. — então quero que me responda algumas perguntas quero refrescar sua memória.— Você lembra da última missão que eu te dei?— Claro que lembro!— Qual foi a sua missão?— Por que esta me perguntando isso?— Se você não responder, nunca mais você vera aqueles pais adotivos de novo.— Você já sabe! Minha missão era matar a senhora Bayer! — Ele gritou ao se levantar, a dor latejando na cabeça como se tivesse um tijolo esmagando seu crânio. — E então você me deixaria em paz!— Exatamente. — Romanov respondeu com frieza, inclinando-se levemente para frente. — Mas você ainda não fez isso. Lembra que eu disse que, se eu a pegasse, você terminaria o trabalho?— Eu disse, mas já não foi suficiente todas as pessoas que matei para você? Sabe quantas mortes carrego nas costas por sua causa? Eu nunca quis isso!Romanov apert