Cap: 137Ela sorriu desconcertada, levantando-se e caminhando até o lado dele. Sentou-se ao seu lado, em frente ao computador, enquanto Zen mostrava o e-mail que havia sido enviado pelo endereço usualmente usado por Zara.— Ela deve ter se enganado. Afinal, está passando por um período difícil.— Você acha? — Ele perguntou com um tom de ironia.— Claro!— Quem é que cuida da sua agenda? — Ele indagou, com algo se acendendo em seus olhos.— Ela. Todos os eventos são avisados por ela.— Ah... Então você sabe que tem um caso no tribunal ainda hoje à tarde, não sabe? — Ele perguntou, e Lavínia o encarou, sem reação.— Mas eu não estudei nenhum caso agora! Eu não confirmei nada. — Ela disse, olhando para sua agenda.— Ela tem feito você perder casos simplesmente por não comparecer. O que acha disso? Você nem mesmo tem se encontrado com os clientes e, agora, tem que ir a um em que ela coletou as informações e não repassou para você.— Como ela teve tempo de fazer isso?— Não sei. — Ele murm
Cap: 138— Lavínia... querida Bayer, você não queria me conhecer? — Ele perguntou, aproximando a voz de maneira ameaçadora quando ela entrou no banheiro, fechando a porta rapidamente e se encolhendo sobre o vaso.— Por favor... vá embora!— Olha... por que você continua tentando? Você não se encaixa nisso. Logo vai estar como a sua mãe... e vai acabar morrendo ainda mais rápido do que ela, se não se render antes.— Do que está falando? — Lavínia perguntou, limpando as lágrimas, mas não obteve resposta. Em vez disso, ouviu um estrondo forte na porta, como se alguém tentasse arrombá-la. Ela soltou um grito agudo, ao mesmo tempo em que apertava com força o pingente na pulseira.Os golpes cessaram abruptamente, mas, de repente, ela ouviu batidas na porta novamente.— Por favor, pare! — ela chorou, desesperada.— Lavínia! Abre a porta! — Zen gritou, esbaforido.Sem hesitar, ela abriu a porta, caindo para fora do banheiro direto nos braços dele, que a apertou com força.— O que aconteceu? —
Cap: 139Lavínia ficou sem reação diante da agressividade de Zen. Zara sorriu desconcertada, lançando um olhar para Lavínia, como se implorasse por alguma intervenção, mas ela permaneceu em silêncio por alguns segundos.— O que está fazendo? — Lavínia perguntou finalmente, encarando Zen.— Quero que ela libere a cadeira. Eu sou seu assistente, temos que viajar juntos.— Eu não preciso de você agora.— Imagina que isso seja verdade? Ainda assim, quem cometeu os erros que cometeu não deveria estar sentado ao seu lado. Você não precisa disso! — ele afirmou em tom baixo, mas firme, fazendo Zara engolir em seco.Lavínia cerrou os punhos, claramente irritada.— Tudo bem! — Zara suspirou, percebendo a tensão crescer. Quando Lavínia fez menção de se levantar, Zara ergueu a mão. — Eu vou procurar outra cadeira.— Você não tem que ir por causa dele. — Lavínia a alertou.— Está tudo bem. Zara vai estar comigo. — Samuel interveio, aproximando-se da situação. Zara apenas acenou com a cabeça, alivi
Cap:140Após guardar as malas e trocar de roupa por algo mais adequado ao local, Lavínia saiu do quarto. Sentiu-se animada ao encontrar o corredor vazio e decidiu cortar caminho para tentar achar outra saída dali.— Não é possível que eu não consiga encontrar um caminho onde eles não estejam — murmurou para si mesma, suspirando ao vê-los sentados no sofá do saguão. Recuou discretamente, evitando ser notada, e se afastou.— Eles estão te esperando. O que você está fazendo? — perguntou Samuel, quase em um sussurro, quando ela esbarrou nele ao virar um corredor.— Silêncio... — ela sussurrou de volta, cobrindo a boca dele com a mão.— Ah... já está pronta? — a voz de Adrian veio logo atrás, enquanto os dois homens se aproximavam.— Eu não vou a lugar nenhum com vocês dois. Além disso, eu só quero relaxar. Onde está Zara? — retrucou, ignorando completamente a presença deles.— Está derretendo como todo mundo. Só você parece estar animada o suficiente para explorar essa ilha deserta — resp
Cap: 141— Lavínia pegou a garrafa da mão de Zara com um gesto de gratidão, abriu-a e bebeu um gole enquanto a encarava.— Boa sorte. É uma pena que o Samuel esteja liderando e não vá participar do jogo, mas se você ganhar, não esqueça de convidá-lo para comemorar — brincou Lavínia.— Reúnam-se! — ordenou Samuel, e todos se juntaram aos seus respectivos grupos.Lavínia posicionou-se ao lado de Zen e Adrian, e as equipes começaram a se dispersar por caminhos diferentes.— Pode ser que esteja em um lugar óbvio — comentou Adrian, enquanto Zen mantinha sua atenção fixa no mapa.— O sol ainda está bem quente, então é importante que nos hidratemos — alertou Zen, ajustando a mochila nas costas. Ele pegou duas garrafas de água, entregando uma para Adrian e estendendo outra para Lavínia, que mostrou a garrafa já em sua mão.— O que é isso? — perguntou ele, franzindo o cenho, enquanto tomava a garrafa das mãos dela.— É só água. Zara me deu... — começou Lavínia, mas antes que terminasse, Zen jo
Cap:142— Os dois ficaram alarmados. Zen a carregou em seus braços ao perceber que ela não dava sinais de consciência, mas parecia mais complicado do que imaginavam.— O que vamos fazer? — Adrian perguntou, encarando Zen em pânico.— Não sei. Devíamos ter voltado. Agora estamos quase na metade da ilha, perto do limite do mapa. Como vamos chegar a tempo de ela ser socorrida? — ele lamentou, mantendo o olhar fixo nela.— Venham comigo, tem uma pousada aqui perto. — Um rapaz surgiu de repente, trazendo consigo um monte de galhos amarrados.— Quem é você? — Zen perguntou, desconfiado.— Olha... acredito que não seja hora para essa pergunta. Coloque sua amiga nas costas e me siga. Aqui tem um curandeiro que pode ajudar. Pelo menos é mais perto do que a pousada perto da praia. E, para corrigir, vocês ainda não estão nem perto da metade da ilha. Vamos caminhar! — ele chamou às pressas.Adrian ajudou Zen a ajeitar Lavínia em suas costas, e os dois seguiram o homem misterioso. O caminho que el
Cap: 143Zen seguiu em direção a Lavínia, que estava parada no centro do lado, observando a grande cachoeira.— O que? — ela suspirou baixinho, sentindo os braços de Cedrick contornarem sua cintura, abraçando-a por trás. Os lábios dele beijaram seu ombro, e ele descansou a cabeça ali. Ela apenas repousou seus braços sobre os dele e inclinou a cabeça, apreciando seu abraço.— Confie em mim... — ele sussurrou, mas ela conseguiu ouvir, apesar do som das águas da cachoeira e dos passarinhos cantando ao fundo.— Eu vou confiar. — ela murmurou, sentindo-o apertá-la ainda mais em seus braços. — Nesse momento, você é a única pessoa em quem consigo olhar e confiar cegamente.— Eu prometo que não vou te decepcionar. — ele disse, sua voz contrastando com a calma do local.— Como vamos fazer para voltar? Eu nem sei como chegamos aqui.— Surpresa! — brincou ele, virando-a para si. — O que achou do lugar onde nos encontramos?— Encontrou vocês?— Sim, foi o que nos salvou quando você desmaiou. Um r
Cap: 144Eles sabiam que ela estava chorando por causa de Zara, mas ninguém sabia o que dizer. O silêncio se estendeu, e eles continuaram bebendo juntos, sem conseguir afastar a tensão no ar. A noite parecia infinita, e quem estava mais empolgado para beber era, na verdade, o que ainda estava mais sóbrio, tentando manter o controle da situação.— Você vai se casar comigo, certo? — Zen perguntou a Lavínia, a voz embargada pelos soluços da embriaguez. — Olha! Eu prometo que vou te comprar flores todos os dias, eu juro! Eu compro flores e faço seu café da manhã. Você é a primeira e única mulher que eu posso amar. Não me importo com o que possam dizer, desde que você esteja comigo. Eu vou fazer Bowen pagar por cada dia da vida dele, ninguém toca na minha mulher e sai ileso.— Sério? — Lavínia perguntou, também embriagada, com o rosto ainda inchado de choro. — Eu gostei tanto de ver ele de joelhos implorando pela vida! E eu sei que você pode fazer isso! Eu sei que pode cuidar de mim, porqu