A primeira a acordar foi Vanessa, seu corpo todo doía, ela estava tonta e trêmula. Notou que não estava no quarto de antes, o cômodo cheirava a mofo e parecia pequeno, não havia camas e o vaso sanitário era no canto esquerdo. Percebeu que estava nua.
Ela se levantou e olhou em volta, a procura das outras garotas, todas estavam nuas também. A iluminação era mínima e ela viu apenas silhuetas. Uma delas estava se debatendo..Se aproximou, era Noemi. Ela estava tendo...UM ATAQUE...
- Noemi!Noemi, acorda!
A garota não parava de se debater e babar.
Alexia acordou atordoada.
- O que...foi.?
-Ela tá...Noemi...
- Ai meu Deus! Alguém ajude!
Elas começaram a bater na porta. Mas ninguém veio. Noemi se contorcia no chão. Elas podiam ver a babá saindo pelo nariz. Então ela parou. Alexia tocou seu pescoço.
- Ele está morta. Com certeza drogaram ela de novo no caminho para cá.
Noemi morreu ali, muito provavelmente de overdose e as gar
Alexia entrou no quarto que escolheu para si, era um belo quarto. Havia uma cama King size, com lençóis vermelhos e travesseiros de pena de ganso. O luxo era evidente em cada detalhe. Mas esse glamour todo não era para ela. Ela sabia que não deveria se enganar com isso. O glamour era para os clientes. Ela tinha que atrai-los. Para isso tinha que brilhar, e o ambiente em que estivesse tinha que colaborar para tal. Ela estava prestes a deixar de vez de ser a criança que vivia na Penha com a mãe. Agora ela tinha que se tornar adulta, da forma mais difícil de todas. Ela teria sua inocência roubada.Não que ela fosse tão inocente assim. Ela sabia exatamente o que a esperava. Sua mãe nunca escondeu nada dela, mas ela ainda queria brincar de bonecas. Isso não era mais possível.Ela olhou mais uma vez ao redor. Ao lado da cama, havia um criado mudo com um abajur. Logo a frente, ao lado da janela, com uma bela cortina de renda cor de rosa, havia uma penteadeira, sobre
AlexiaA porta do quarto se abre e o casal adentra o recinto. Alexia não sabia o que fazer, parecia que suas mãos sobravam e não tinha onde colocá-las. Eles não era um casal comum que entra em um quarto para fazer amor. Ali era sexo, apenas isso, cru e visceral. Ela tinha que satisfazê-lo e só. Nada do que havia ouvido a vida toda podia tê-la preparado para aquele momento.- Relaxa menina.- Eu...- Deixa que eu te ensino. Tire a roupa.Alexia obedeceu, deslizou o casaco de peles pelos ombros e foi desfazendo o zíper de seu vestido. Quando ficou apenas de espartilho já ia começar a tirar. O homem tinha outros planos.- Pare.Alexia parou e fitou o homem, ele não era tão mal, tinha um belo rosto, abdômen definido e barba por fazer. Tinha idade para ser o seu pai. Ou seu
Amanda foi a primeira a chegar no salão. Alexia chegou logo depois, acompanhada de Vanessa. Todas tinham os olhos marejados, sabiam que o que mais temiam agora era fato, seus sonhos haviam sido arrancados de maneira radical. Agora eram prostitutas. Elas não falaram sobre suas experiências, queriam esquecê-las. Mas não seria tão simples.Já havia se passado um mês desde que Alexia havia sido levada, Carlos retornou a ligação para o orelhão de onde Alexia ligou e descobriu que era em uma determinada rua de Curitiba. Com a ajuda de Vagner, um antigo companheiro de classe na faculdade, que se desviou para o caminho errado, Carlos havia se afastado, mas por sua filha voltou a procurá-lo, ele no começo não quis saber muito, mas depois que Carlos contou do que se tratava ele conseguiu armas e alguns homens para ele, claro em toca de uma boa quantia em dinheiro. Carlos f
O clima era tão pesado no dormitório de Amanda que chegava a ser palpável, estavam os três se olhando sem saber o que fazer quando de um salto Adriana levantou-se.-Vamos acabar logo com isso, essa agonia está me matando.Raul se aproximou e beijou sua testa.- Sabe exatamente o que vai acontecer entre mim e você?- Moro num bordel, claro que sei. Esqueceu que há um ano sou treinada para isso? Só...estou com um pouco de medo.Amanda olhava com os olhos marejados.Adriana foi até a gaveta do criado mudo. Pegou algo e entregou a Raul.- O que é isso?- Uma venda, não quero te ver nu.Raul não pode deixar de rir.- Não tem graça.-Se você quer assim...Raul virou- a e amarrou a venda nos seus olhos.Amanda somente observava. Raul acariciou os cabelos de Adriana, ele estava tenso
Liz não dormia há dias, esse ano foi o mais difícil de toda a sua vida, nem quando teve que abrir mão de Carlos sofreu tanto. Eles precisavam voltar ao Brasil, não havia pistas de Alexia na Inglaterra e não sabiam se ela ainda estava lá, procurariam por Tailla, ela teria que dizer. Nem que tivesse que matá-la.O vôo estava marcado para dali a três horas. Carlos também precisava ir a empresa, havia um ano que resolvia tudo via Internet, correio e telefone, Luiz estava administrando tudo muito bem, mas ele disse a Carlos que precisava dele lá, nem que fossem alguns dias . Assim como não tinham pistas de Alexia, decidiram que voltariam ao Brasil para encontrar alguma.Enquanto isso, um prédio de luxo, na cidade de São Paulo, Tailla não estava em sua melhor forma.- Como ela está? - Nada bem senhor.- Cure-
Parecia que o calendário não marcava o tempo corretamente, três anos e meio haviam se passado e pareciam trinta anos.Alexia e as outras não haviam desistido de sair dali, Vanessa tivera sorte, há um ano um magnata havia se engraçado por ela e a comprou de madame Sofia. Os boatos eram de que ele pagou um milhão por ela, não se sabia se era verdade.Ela se casou com ele e estava esperando um bebê, elas sempre se viam na cidade mas, por motivos óbvios seu marido não permitia que viesse a casa de Sofia, não se opunha a amizade, mas, achava melhor que ela não fosse ao bordel onde trabalhava antes.Era verão e Alexia usava um belo vestido com estampas florais e alças ombro a ombro. Estava sentada admirando o jardim que já conhecia muito bem .Era seu refúgio naquele inferno. Olhava a fonte que por muit
Não sabiam mais o que fazer, os anos não tiveram piedade. Mais três anos haviam se passado sem que soubessem notícias de Alexia, já começavam a desconfiar que ela podia estar morta, quando tiveram uma surpresa nada agradável.Interrompemos essa programação para transmitir o apelo desesperado de um pai...Senhor...- Eu sou Arthur Vidal, estou aqui para implorar que minha filha Liz apareça, sinto muita falta dela, e sua irmã precisa demais de sua presença...é tudo...o...brigado...com licença.Esse foi o apelo de um pai, Liz se estiver assistindo, venha até nos, ligue no telefone que está no vídeo, e se alguém souber do paradeiro dessa moça...coloquem a foto dela no ar...se alguém souber do paradeiro dela, entre em contato conosco. Liz começou a arregalar os olhos e a gritar por Carlos assim que a reportagem começou. -CARLOS VEM AQUI VER ISSO.- O que foi que vo...
Raul achava que ela parecia triste, mas como era linda, é apenas uma criança, quantos anos será que tem? Eu tenho 22, não pedi para vir aqui, meus amigos me encheram tanto que acabei por aceitar, mas quando a Sofia me disse que a minha garota seria ela, eu esqueci completamente que repudiava aquele lugar, eles colocam crianças para fazer sexo com homens adultos. Sofia me disse que ela era virgem, o que me deixou ainda mais encantado, sua beleza era difícil de definir com palavras, na verdade acho que era impossível. Quando entramos no quarto, senti que ela estava tensa.- O que...o senhor...- Raul, chame-me apenas de Raul. - O que quer eu faça Raul?- Vamos fazer assim? Como sei que você é inexperiente eu vou ser muito agradável, serei como um namorado, o que está facil. Você é linda.Ela pareceu calma, e eu pude fazer amor com ela, sua pureza me pe