Eltery queimou a mão no trabalho e eu tenho que o ajudar, enquanto corro pela casa tentando me arrumar para a escola.
— Eu juro que não o vi entregar à panela, ela parecia fria, então peguei com a mão — enfio a mão dele na água acomulada na pia do banheiro.
— Bem… agora você ficará com a mão cheia de bolinhas — tiro coisas de cima de um banco próximo ao box e o puxo para perto da pia. Eltery se senta e continua com a mão embaixo da água ao tempo que eu arrumo o cabelo acima dele.
— Não vou para escola hoje, está doendo muito — Eltery se ajeita no banco e mexe os lábios em sinal de dor.
— Tudo bem, tenta passar em um médico depois.
— Ele provavelmente só vai me receitar gelo e analgésicos, e provavelmente ficarei horas esperando ser atendido por não ser algo grave.
— Ah… pelo amor Eltery, você não perdeu a mão. Vá ao médico, é de graça! — espirro perfume no pescoço, algumas gotas caem no rosto dele e o faz esfregar o nariz e piscar os olhos.
— Ela o matou… — digo desesperado.— Quem? — Kira pergunta.— Alice, Alice matou o sr. Weskar.Kira faz uma careta confusa e balança a cabeça tentando acreditar no que digo.Ainda está de noite e já faz mais de uma hora que contei para o monitor e ele foi verificar junto com outros monitores, mas ainda ninguém informou ao internato o que tinha acontecido.— Jack, para de inventar história. Acha mesmo se isso tivesse acontecido não teríamos sido todos informados e não apenas você? — Kira segura a porta de seu dormitório parecendo tentada a batê-la na minha cara.— Mas eu vi! Eu juro que vi Alice em cima dele. Tinha uma tesoura na barriga dele e muito sangue. Muito sangue! Estava no chão e nos pés dela e…— Kira! Fecha essa porta! — Amy grita de dentro do quarto.— Tá bom, Jack, amanhã você conta outra história. Agora vá dormir — Kira revira os olhos e começa a fechar a porta. Tento dizer mais alguma coisa, mas a porta bate.
O céu está cinza, na rua só se ouve o som de um pássaro que cisca de uma árvore para outra como se estivesse brincando.Suspiro, aperto o corrimão da varanda e tento ver melhor a entrada da casa de Daivi e Nether. Está tudo calado, mais calado que a rua, que pelo menos tem um pássaro animado.“Ele tocou em mim, foi bizarro, Eltery! Parecia que ele queria me estuprar,” Angus contou ao chegar em casa com a mão sangrando e a camiseta suja. Sua testa estava suando e os lábios estavam tremendo. Tive que me segurar para não ir a casa deles no meio da madrugada, pegar Nether e o estraçalhar.O passarinho para de ciscar de uma árvore a outra e se lança até o portão da casa de Daivi e Nether. Em menos de alguns segundos, o portão abre e Daivi sai vestido com uma jaqueta de couro escuro, óculos de lente preta e luvas sem cobertura nos dedos.Levo-me para a sala, pego as chaves e rodeio todo o cômodo até chegar às escadas para a saída de casa.Ao sair, Daivi me vê
A água está quente, o chão e as paredes estão gelados e, o ar, está sufocante pelo vapor. Observo nauseado gotas escorrerem do meu cabelo e caírem direito nos buraquinhos do ralo.“Você tem transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, Jack. Talvez possamos resolver isso com algum tratamento, tudo bem?” A psicóloga balançou a cabeça como se auto concordasse com o que dizia.Passou-se sexta, sábado e domingo, e fiquei o tempo todo no dormitório dormindo e acordando. Pensei sobre Alice ter matado Weskar e todo mundo ter ignorado isso, pensei sobre onde Kira podia estar e pensei sobre o que diabos Eliott estava pensando enquanto chupava os paus dos monitores. Eu pensei sobre um monte de coisas, até sobre meu pai e suas milhares de namoradas. Mas no fim de tudo, concordei que o importante é que eu realmente tentei contar sobre o assassinato de Weskar. Eu escrevi tudo o que sabia e tudo o que sabia foi rasgado e jogado no lixo.Se tivesse ficado com a boca fechada,
— Você comprou uma arma? — olho indignado.— Eu não comprei, eu ganhei de Dayna.— Ganhou? — sento-me no sofá com uma das sobrancelhas levantada tentando compreender o que ele estava pensando quando conseguiu uma arma.— É, eu fiz turno extra nesses dias para conseguir a arma. Dayna queria ir para um show e eu queria segurança, então entramos em um acordo — ele move a arma para o lado contrário com intuito de mostrá-la melhor.— Para de brincar com isso, podemos levar um tiro.— Está travada. Nada de tiro — Eltery coloc
12 mil CAD$ em notas e moedas, tem também pulseiras, colares e um cartão do banco em nome da Kira.— Kira Tanner — viro o cartão de um lado para o outro observando o sol refletir nele. Como Kira tinha conseguido tudo isso? Eu sei exatamente como, mas não suporto a verdade. Provavelmente, se eu tivesse a oportunidade estaria fazendo o mesmo no lugar dela e jamais teria deixado ela sequer pensar em ir por este caminho.Não é o melhor meio, não é certo, é difícil. Eu realmente devia estar no lugar dela, este dinheiro devia ser meu e eu quem devia estar saindo toda à noite para fazer sexo com desconhecidos.Por que eu não desconfiei antes? Eu não a visitava durante as noites, só durante as manhãs. Também não daria, porque Amy dorme cedo. Enfim, eu devia saber, eu realmente devia saber. Era minha obrigação.Kira surge na entrada da quadra com os cabelos sendo erguidos brutalmente pelo vento. É meio-dia, e está extremamente frio e claro. A quadra está infestada de
Angus se levanta com sêmen escorrendo pela virilha, sua bunda está vermelhinha pelos meus tapas e o cabelo está molhado pelo suor. Depois de duas gozadas, meu pau está latejando intensamente e minha bunda está dolorida. Angus demorou mais tempo para gozar dentro de mim do que eu demorei dentro dele e, ainda, gozou duas vezes dentro de mim só de uma vez.“Estou duro demais ainda, vou ter que gozar de novo,” após algum tempo ele esguichou dentro de mim e trocamos de posição para eu começar a fodê-lo.São 4 AM e ainda está completamente escuro com neve escorrendo pela nossa janela. Felizmente o nosso aquecedor está funcionando tão incorretamente que dentro de casa parece estar verão e estamos dormindo apenas com um lençol ou, de quando em quando, nem isso.O celular de Angus vibra de cima da cômoda, a luz verde de notificaç&a
Minha cabeça dói, meus olhos marejam de sono e meu pau se encontra dolorido dentro das calças — implorando por uma punheta. Ainda estou terminando de corrigir algumas provas da semana passada. No relógio alerta ser 9 da noite, provavelmente o internato se encontra vazio por conta do feriado de Halloween. E, os poucos alunos que restam, com certeza estão dormindo. Ergo os olhos, após terminar de corrigir a última prova. A sala está em um silêncio delicioso, talvez poderia bater uma punheta bem rápido. No entanto, acabo desistindo do pensamento com a possibilidade de alguém passar pela porta. Levanto da cadeira enquanto ajeito os papéis e os coloco dentro da maleta. Com dois tinidos, a travo e a guardo debaixo da mesa. Sem qualquer vergonha, aproveito para arrumar meu pau nas calças até ele ficar flácido e parar de marcar. Passo a observar o corredor sombrio com um pouco de receio em não ter saído com Dona, a secretária, quando ela me ofereceu carona e um jantar no centro da cidade.
Odeio o garoto da aula de artes. Na verdade, eu odeio tudo o que envolve artes. Desde a professora baixinha de vestido florido até os desenhos de árvores para o Dia da Árvore. Faço desenhos péssimos e tenho total consciência sobre isso. Só em uma aula eu consigo gastar uma quantidade absurda de papel e, a cada traço que erro, rasgo a folha e a amasso. Acumulando tudo em cima da mesa. “Angus, não é amassando papel que fará um bom desenho,” dizia a professora com a mão no meu ombro junto a uma voz limpa e suave como de toda professora de artes.Também odeio pintar. Nossa... casam terrivelmente a mão. Casam mais que bater uma punheta — e olha que geralmente uso as duas. Mas bem, nada na aula de artes consegue ser pior que Jack. Nada. Fico muito feliz de ser a única aula que temos juntos. No entanto, é a pior aula de todo o dia.Jack senta atrás de mim, ele é o favorito dos professores, ou de uma boa parte ou só de um. Não tenho certeza, mas é principalmente o favorito da baixinha que se