Eu estava deitada na enfermaria da mansão, Dra. Moon estava passando um gel gelado em minha barriga. Ela nunca falava comigo se não fosse para falar sobre o bebê. Eu acho que estava hipnotizada ou algo assim.
Ela começou a passar a maquininha em minha barriga.
— Quer saber o sexo, querida? — ela perguntou.
Eu apenas assenti e sorri.
— O beb&e
No dia seguinte, me levantei indisposta. Mas vesti um dos vestidos floridos que estava em meu guarda—roupa e desci para o café da manhã, Eu esperei Thomas por vinte minutos, mas ele não veio. Então ignorei a falta que eu senti dele e comi sozinha.Godoph estava na cozinha quando terminei, então eu fui pra lá.— Hey, God. Onde está Thomas? — perguntei tentando soar indiferente.— Ele saiu mais cedo, senhorita<
Na hora do jantar eu estava arrumada, com um vestido longo, vermelho, diferente dos que eu fui obrigada a vestir ultimamente. Ele tinha uma abertura de coração nas costas e deixava minha barriga bem redondinha. Eu estava sentada em frente a Thomas que estava comendo um pedaço do Peru. A mesa estava farta. Eu peguei primeiro um cacho de uvas. Jerry Vale tocava baixinho no fundo, tornando o ambiente tranquilo e perfeito.— Então… Vai me contar porque se importa tanto com o natal? — perguntei.— Não tenho muito
Algumas semanas se passaram, já estávamos no final de janeiro, não havia acontecido muita coisa durante esse tempo, as consultas com a Dra. Moon estavam ficando mais frequentes, talvez por estar se aproximando a data do parto. Thomas parecia um pouco mais distante ultimamente. Por mais que ele não admitisse eu sabia que alguma coisa estava acontecendo com ele. Mas não se sentia a vontade em me contar o que era. Eu estava com vinte e sete semanas. Os gêmeos ainda não tinham nome, eu precisava arrumar alguns o quanto antes.Misty havia voltado a fazer visitas frequentes a mansão, acho que ela deve ter ido resolver problemas de Thomas, ela dev
A porta se abriu, revelando Thomas com um olhar de desejo. Eu o vi pelo reflexo do espelho, pois estava virada de costas quando entrou. Caminhou em minha direção, e meu coração acelerou. Ainda sem me virar ele passou suas mãos pela lateral dos meus braços. E eu pude sentir a corrente, o choque. Ele tinha fogo e gelo dentro de si, e não tinha uma temperatura específica, ele só tinha energia, e sua pele vibrava como uma caixa de som no último volume.Eu estava ciente do que eu deveria fazer e estava me odiando a cada segundo por isso. Meu rosto congelou. Meu sangue parou de circular. E um vento frio passou por minha espinha me arrepiando. Eu engoli a bile que subia em minha garganta. Meu raptor estava apaixonado por mim. Mas eu não estava por ele. Eu amo Chuck. Por mais que ele tenha dito o que disse. Por mais que eu tenha o visto desistir de mim em minha visão. É ele quem eu amo.Não é?Tem que ser.Sem dizer mais nenhuma palavra, eu me afastei dele e corri para fora do quarto. Eu não podia responder, não podia dizer que sentia o mesmo, seria mentira. O que estava acontecendo com Thomas Bart? Apaixo21 - Eu me importo
Eu acordei na mesa de parto. Não reconheci ninguém ao meu lado, e não sentia nada da cintura para baixo. Havia cerca de dez pessoas dentro do quarto onde eu estava. Todos vestiam um tipo de uniforme azul, toucas e máscaras anti—germes. Em meu braço havia um tubo de soro que levava a um cabide ao lado da cama. Fui virando meu rosto que reconheci os olhos aflitos de Thomas. Ele estava ali, ao meu lado. E segurava minha mão, o que eu acabara de notar. Seus olhos sorriram para mim, mesmo com a máscara que ele usava, eu pude saber que estava sorrindo de orelha a orelha. Mas pelos seus olhos, estava também apreensivo.Eu sorri de volta, ainda preocupada. Não sabia o que estava acontecendo comigo naquel
— Qual nome vamos dar pra eles? — perguntei a Thomas uma noite na mesa de jantar.— Eu não sei. Você teve muito tempo pra pensar nisso, não acha? — perguntou dando uma garfada no bife. Parecia irritado.— Eu sei, mas quando eu ia pedir sua ajuda você foi embora. E não me deu notícias. Fiquei com tanta raiva que esqueci dos nomes que estava pensando.— Você lembra agora? — ele sorriu forçadamente.
UM ANO DEPOISDIÁRIO DE SAMANTHAQuerido diário, há alguns dias Mandy e Luke completaram um ano de vida. Eles estão cada dia mais lindos. Aprenderam falar: mamãe, papai e também um o nome do outro. Eu ainda tenho o costume de escrever aqui, mesmo tendo feito algumas amizades na cidade. Bom, na verdade no consultório de pediatria onde levo os meninos. Ainda estou aprendendo o idioma. Há dois meses comecei a trabalhar no necrotério da cidade. Enfim, minha vida está bem normal. Eu não era mais