Respirei fundo ainda tentando conter as lagrimas, pelo menos até chegar no carro. Desci as escadas com tanta pressa que o porteiro quase mal teve tempo de abrir o portão. Entrei no carro dando graças a Deus pela capota está levantada e já passar das 3 horas da manhã. Recostei a cabeça no volante e deixei meu corpo liberar toda a dor que eu estava sufocando a minutos atrás. Pela primeira vez em anos me deixei sentir tudo, meus soluços escapavam a medida que meu corpo tremia, fazendo tudo doer, estava difícil até para respirar. A cada soluço que escapava de meus lábios eram como um grito de dor e angustia. Soquei o volante com força, me amaldiçoando por me deixar sentir tudo isso. — Mas que porra! — Meus ardiam devido ao choro e minha garganta doía. Mas nada disso superava a dor que eu sentia em meu peito. Mais uma vez meu coração foi despedaçado, mutilado em mil pedaços. E mais uma vez eu teria que recolher os pedaços e subir novamente a armadura que me mantinha são. O vibrar
O arrependimento veio junto com o barulho da porta batendo. O silêncio do apartamento era tanto que chegava a ensurdecer.As lagrimas escorreram sem eu notar e meu peito doía que era difícil respirar. Vê-lo saindo por aquela porta, daquela maneira e sabendo que tinha tudo se acabado, me matou por dentro. — Ethan?! — O grito saiu sufocado da garganta e quando dei por mim já estava na porta gritando seu nome, fazendo ecoar pelo corredor vazio. Não mais vazio do que estava meu coração. Fechei a porta atrás de mim e me escorei nela, igual nessas cenas de drama em que a mocinha sofre no pé da porta. Meu choro ecoava por todo o apartamento, se alguém passasse pelo corredor e ouvisse poderia ter plena certeza de que era um choro de luto. E era mesmo... Havia acabado de perder o amor da minha vida, fui burra o suficiente para notar isso quando já era tarde. — Merda! — Esbravejei entre um soluço e outro, enquanto me amaldiçoava por tê-lo feito passar por isso. Não fui justa com ele, nã
Um barulho alto e agudo me fez cair no chão, me forçando a abrir os olhos, sonolenta tentei entender o que estava acontecendo, o barulho permanecia, só então consegui associar que era meu despertador. Contra a minha vontade desliguei e me levantei, minha cabeça latejava de dor e meus olhos ardiam de tanto chorar na noite passada. Recostei o corpo no sofá e peguei o aparelho em mãos, implorando aos céus para ter alguma noticia dele, quase caindo novamente no choro ao notar a negativa disso. Merda!A vontade de levantar e seguir com a vida estava abaixo de 0, meu corpo pesava devido à ausência de descanso e meu coração estava despedaçado em tantos pedaços que era quase impossível de juntar os cacos e recolocar no lugar. Nunca pensei que sentiria um vazio tão grande dentro de mim pela ausência dele. Me arrastei até o banheiro, arrancando as roupas do corpo e entrando de cabeça debaixo da água morna, me ajoelhei no chão, abraçando as pernas com as mãos e deixando as lagrimas se mistura
Lá no fundo escutei alguém chamar pelo meu nome, estava tão distante a voz que parecia um sonho. Senti uma dor aguda atrás da cabeça, como se eu tivesse a batido em algo, lentamente abri os olhos e choraminguei de reprovação pela claridade que machucava minhas irises. — Heather? — Uma voz masculina chamou pelo meu nome, mas eu estava desorientada demais para associar a quem ela pertencia. — Graças a Deus! — O homem se abaixou e me abraçou, pressionando meu rosto contra o tecido de algo que parecia uma camisa. O cheiro levemente amadeirado e refrescante, misturado com tabaco entrou pelas minhas narinas, me fazendo recobrar a consciência e associar a voz a pessoa dona daquele perfume que eu conhecia tão bem. Ethan! Pressionei mais forte minha cabeça contra seu peito, implorando aos céus para nunca mais sair dali e pedindo para que tudo que me angustiava não tivesse passado de um sonho. Um grande nó se formou em minha garganta, queimando toda minha pele por dentro, meu peito voltou
Ele se afastou, indo em direção ao carro e entrando nele sem ao menos olhar para mim. Fiz o mesmo, batendo a porta com mais força do que o necessário, olhei de canto e o vi apertando o volante. Se tinha algo que o Ethan tinha ciúmes, era esse carro. Ótimo! Ethan deu ré no carro em direção a avenida atrás de nós e cantando pneus ele acelerou, pegando a avenida que dava acesso para a minha casa. O caminho todo foi em silêncio, enquanto eu olhava pela janela, ele acendia outro cigarro, tragando-o e deixando o vento frio da noite lhe bagunçar os cabelos. Tentava não fantasiar minhas mãos por entre seus fios, me fazendo lembrar do nosso final de semana e de toda a euforia que eu senti ao finalmente, ceder aos seus encantos. O bolo voltou a se formar na garganta me fazendo engolir em seco, forçando-o de volta ao seu lugar. Perdida em meus pensamentos, mal notei quando ele estacionou na frente do meu apartamento. — Quer subir? — Perguntei enquanto mexia na barra da jaqueta, parecendo
Bati a porta do escritório com força atrás de mim, socando a madeira em seguida numa falha tentativa de deixar a raiva esvair pelos meus dedos. Mas foi em vão. Meu coração batia de forma descontrolada, fazendo meu corpo inteiro se tremer devido a sensação negativa que percorria pela minha corrente sanguínea. Me punia e me culpava com todas as forças por está fazendo ela sofrer daquela maneira. O olhar tristonho em suas feições suaves, as olheiras embaixo do oceano que era a cor de seus olhos, tudo aquilo fez meu coração despedaçar. Pela milionésima vez no dia. Me sentia a pior pessoa da face da terra. A culpa fazia meus ombros tensionar, pendendo para baixo ao ponto de o peso esmagar meu peito, me faltando o ar. Me joguei na cadeira, apoiando os pés na mesa e recostando a cabeça no encosto de couro da cadeira, cruzeis os braços e fechei os olhos. Me esforcei para arrancar todos aqueles pensamentos que me sugava a alma de dentro de mim. Sem perceber acabei adormecendo. Acordei
Senti ela pressionando seu rosto com mais força contra meu peito e tive que me esforçar muito para não abaixar e beija-la naquele momento. Meu coração disparou, acelerando com mais rapidez do que o normal, a ponto de me ensurdecer e me deixar zonzo. A chamei pelo nome, mesmo querendo pronunciar seu apelido. Minha voz permanecia tremula devido a preocupação que ainda percorria por dentro de mim. —...Olha pra mim? — Supliquei a ela, que apenas negou com a cabeça. — Por favor? — As palavras saíram tão baixas que poderia jurar que pedi somente em pensamento. Conseguia sentir o tremor passando pelo seu corpo e deixando um arrepio em sua pele.Ela estava se segurando para não chorar e confesso que estava fazendo o mesmo. Ambos estávamos sofrendo...Assim que nossos olhos se encontraram as pequenas lagrimas escorreram pelo seu rosto pálido, terminando de me quebrar por dentro.Nada me faria superar aquela mulher. Estávamos ambos numa discussão um tanto irritante. Heather teimava em me co
Antes que eu pudesse pensar com clareza, minhas mãos já estavam em sua cintura e meus lábios nos dela. Soltei um gemido longo ao sentir o sabor doce de sua boca, diminuindo a ausência que senti o dia todo por está longe dela. Minhas mãos percorriam pelo seu corpo, apertando cada centímetro dela enquanto nosso beijo ficava mais intenso. Tive que controlar a vontade de arrancar suas bocas e transar com ela ali mesmo. Minha respiração estava acelerada demais, ao ponto de quase me sufocar, mas não queria solta-la, pois sabia que se isso acontecesse a realidade cruel nos consumiria novamente. Desci as mãos até suas coxas e cravei minhas unhas nela, sentindo o calor que sua pele exalava mesmo com o tecido da calça me atrapalhando. A ereção entre minhas pernas latejava, me causando uma dor aguda, puxei ela para o meu colo para sentir o que sua ausência me causou o dia todo. Fiz questão de pressionar sua bunda contra o volume, a fazendo gemer entre meus lábios, me causando um suspiro alto de