— Pai? — não consegui evitar o susto e a surpresa no meu tom de voz. — Ethan? — a voz dela saiu mais grave, demonstrando a mesma surpresa que eu. Meu pai se apresentou para ela, que apenas apertou sua mão, ainda em estado catatônico. O silêncio pairou entre nós. — Pai... — chamei sua atenção, mas sem desviar os olhos dela que mordia o lábio, tentando esconder o turbilhão de emoções que pairava entre nós dois. — Por que a Heather está aqui? — ele se virou para mim e me esforcei para olha-lo. — Ela é filha da Candy, a mulher que eu estou saindo. — meu pai mantinha a postura e sua voz saia calma. Totalmente o contrário da minha.— Vai continuar parado ai como um dois de paus? — ele puxou a cadeira para mim, dando a volta na mesa e fazendo o mesmo com a cadeira dela. — Senhorita Watson? — ele apontou gentilmente para o assento. Heather se afastou, indo até seu lugar, mas sem tirar os olhos de mim. Sua saia dançava pelas suas pernas enquanto ela andava em cima do salto alto e aquilo
Ela mordia o lábio com força e escorregava o corpo para frente da cadeira, facilitando meus movimentos. Já conseguia sentir seu corpo inteiro tremendo e o esforço que ela fazia para não demonstrar aquilo. Isso fazia meu pau pressionar debaixo da calça, já estava no meu limite e não sei por quanto tempo mais eu iria aguentar. Heather fechou as pernas involuntariamente e ali eu soube que ela estava no ápice, seu corpo inteiro relaxou e os tremores foram diminuindo, ela tinha um sorriso travesso nos lábios, me dando vontade de toma-la em meus braços e beija-la. Seus lábios pressionaram rapidamente nos meus, me dando um beijo rápido e me fazendo sorrir em seguida. — Fecha a conta por favor? — a voz do meu pai me tirou de orbita, me fazendo levantar o olhar e notar que os dois já haviam terminado a sobremesa, meu pai estava levantando acompanhado da Candy. — Vamos? — ele dirigiu a pergunta a nós dois. Heather olhou para mim e vi em seus olhos a incerteza, aquilo fez o nó retornar ao m
Conversamos mais um pouco eu e meu pai sobre o assunto, mas logo mudamos o rumo da conversa enquanto arrumávamos os petiscos e as taças para o vinho. Sentamos todos nós na mesa da varanda, que tinha no primeiro andar. Haviam vários petiscos na mesa, azeitona, salame, queijo, alguns salgadinhos e amendoins, para acompanhar a garrafa de vinho. Já passava das 2:00 horas da manhã e estávamos na segunda garrafa de vinho. Heather estava recostada em meu peito, fazendo carinho em minha mão que estava em volta do seu pescoço. Candy estava na mesma posição com o meu pai, que contava alegre as minhas artimanhas da infância. — Esse rapaz fazia meu corrimão de escorregador. — ele ria enquanto contava a história. — Uma vez ele desceu pelo corrimão e escorregou, batendo o cotovelo com força na lateral da escada e fraturando o osso. Lhe rendeu um gesso, uma cicatriz e 30 dias de molho. — nós quatro riamos disso. — E você pensa que ele ficou com medo depois disso? — ele balançou o dedo, indicando
Ao abrir os olhos me deparei com um ambiente estranho e ao forçar na memória, relembrei da noite anterior e o motivo de ter um par de braços me abraçando.Ethan.Um sorriso cresceu em meus lábios ao me lembrar de tudo e de como ele cumpriu com a sua palavra.Foi realmente perfeita a nossa noite.Não mudaria absolutamente nada.Ele se remexeu na cama e me puxou para mais perto dele, me virei e deitei a cabeça em seu ombro, seus olhos se abriram com uma certa dificuldade e seus lábios esboçaram um sorriso ao me ver acordada.— Sem sono, pequena? — ele deu um beijo doce em minha testa enquanto sua mão fazia carinho em minha costa nua.— Um pouco... — fiz um gesto com os dedos respondendo sua pergunta. — ...mas acho que a fome me acordou também. — ele fechou os olhos e riu.— Calma aí que já resolvo isso. — ele beijou rapidamente meus lábios e se levantou.Passei a língua pelos lábios instintivamente ao me deparar com aquele corpo nu próximo a mim, mesmo com a pouca luz da lua entrando pe
— Você não existe Heather Watson! — sua voz saiu como um sussurro, arrepiando cada célula do meu corpo e acendendo uma enorme labareda dentro de mim. — Você é tão perfeita... — as palavras saiam com dificuldade de seus lábios, deixando transmitir todo o desejo que tinha por mim. — ...custo acreditar que está na minha frente... — seus dedos baixaram o lençol, me deixando completamente nua.E completamente pronta para ele.— E que tivemos uma noite tão perfeita como ontem. — ele me puxou para o seu colo, me encaixando nele e me fazendo sentir toda a excitação em que estava. — Eu te disse... — suas mãos desceram até a minha bunda e apertaram com força. — ...que te daria uma noite perfeita. — seus lábios deslizaram até meus seios, arqueei as costas e pressionei meu peito mais forte contra a sua boca, enquanto sua língua provocava o bico do meu seio, totalmente enrijecido. — E cada promessa que eu faço, especialmente para você...Mesmo na escuridão do quarto — sendo pouco iluminando pela l
Heather cantarolava baixinho, batia os dedos nas coxas no ritmo da música e o vento que batia em nossos rostos bagunçava seus cabelos, tão dourados quanto o iluminar do sol, que nos aquecia naquele dia ensolarado de outono. Ainda não conseguia acreditar que a noite anterior havia acontecido, que eu a tive em meus braços da maneira que sonhava todos os dias a 3 anos. E confesso que foi muito melhor do que em meus sonhos. Ainda conseguia sentir o cheiro de baunilha misturado com o adocicado do seu perfume, impregnado em minha pele como se fizesse parte de mim. Como eu amava esse cheiro.— Vamos passar no meu apartamento depois do expediente, não vamos? — Sua voz me despertou de meu devaneio e apenas confirmei com a cabeça. — Você está bem? — Seus dedos em minha nuca fizeram meu corpo inteiro se arrepiar. Céus... Nunca me acostumaria com o toque daquela mulher em minha pele. — Sim, estou bem. — Institivamente inclinei minha cabeça em direção ao seu toque, como um cachorro implorand
— É assim que você recebe uma velha amiga? — Ela não se dava nem ao trabalho de esconder a ironia em seu tom de voz. As lembranças de oito anos atrás inundaram minha mente, como numa avalanche, que chega sem o menor aviso. Tudo aquilo me acertou bem em cheio, na boca do estomago e me fazendo faltar o ar. — E eu moro aqui, docinho! — O sarcasmo em sua voz me dava ânsia, fazendo a bile prender na garganta e me forçando a engolir tudo aquilo novamente. — Você não tem o mínimo de vergonha na cara, não é Brianna? — Me afastei do balcão e cruzei os braços, mantendo uma distância considerável segura, daquela que tanto me fez sofrer. — Eu só vim comprar um café. — Ela tamborilou as unhas no balcão com um sorriso triunfante nos lábios. Filha da puta! Seus cabelos estavam cumpridos, quase na altura da cintura e negros como a noite, bem diferente do ruivo curto que usava a oito anos atrás. Olhar para seus olhos castanhos quase mel, os mesmos olhos que eu tanto amava e me remetiam a boas le
O dia na cafeteria passou voando, mas mesmo nessa correria o Ethan não perdia uma oportunidade sequer de demonstrar seu afeto por mim. Fosse no encostar das pontas dos dedos ao esbarrar em mim no balcão, no roçar dos braços ao passar os pedidos, ou somente no olhar que me dava a cada minuto que conseguia. E cada demonstração dele fazia meu peito se encher de esperança e meu coração bater desenfreado. Esse homem estava acabando com qualquer barreira que eu tinha em mim. E confesso que eu estava amando sentir as borboletas no estomago novamente. Me aproximei dele devagar, observando-o concentrado enquanto anotava os pedidos. Seus dedos tamborilavam no balcão, uma mania antiga dele quando estava ocupado com algo.— Vai precisar de mim por aqui? — Perguntei baixo, próximo ao seu ouvido. Senti sua respiração pesar e seu peito arfar, confesso que fiz de propósito só para provoca-lo. — O que eu preciso você não pode me dar... — Ele virou o rosto para mim, aquele meio sorriso travesso q