Meu pai e a mãe dela estavam na cozinha, o cheiro delicioso invadia todo o primeiro andar da casa e aquele cheiro eu conhecia muito bem. — Lasanha! — Candy colocou o enorme refratário de vidro em cima da bancada, tirando em seguida o papel alumínio do recipiente. O molho ainda borbulhava devido a quentura que ainda estava, o cheiro era divino e provocava barulhos muito mais altos do que simples roncos em meu estomago. Só então percebi que estava o dia inteiro sem nada no estomago, além do café da manhã. — Meu Deus, que fome! — Dei a volta na bancada, ficando de frente para a lasanha e inalando fundo o cheiro magnifico dela. — Por mim eu comeria esse refratário inteiro e sozinho! — Todos rimos da brincadeira. — Está com fome porque quer! — Heather se apoiou na bancada, tamborilando os dedos em cima. — Te comprei almoço hoje e você nem sequer comeu. — Ela inclinou a cabeça de lado, me encarando com aqueles olhos azuis piscina. — Desculpa baby... — Soltei um suspiro longo e arrepen
Desnorteado.Era essa a palavra que descrevia a expressão do Ethan no momento em que falei sobre gravidez.Não que eu também queira ser mãe nesse momento.Porque definitivamente, eu não quero!Afinal, não tem nem um mês direito que estamos juntos e o Ethan não é o melhor exemplo de figura paterna no momento.E tenho certeza que pela expressão de terror que eu vi em seu rosto, uma gravidez estava muito fora de cogitação para ele no momento.Senti meu celular vibrando e me tirando de meus devaneios.Peguei o aparelho em minha bolsa e recostei na cabeceira da cama dele, desbloqueando o celular em seguida. Era uma mensagem da Abby, com a correria da semana mal consegui falar com ela. Prontamente abri o aplicativo de mensagens para responde-la.Abby: Está viva?Dramática como sempre.Disquei o número dela que atendeu logo no primeiro toque.— O que você deseja, rainha do drama? — Nem precisava está perto dela para imaginar o revirar de olhos que ela deu nesse momento. — Vou te chamar assim
Senti alguém fazendo carinho em minhas costas, abri meus olhos com calma, ainda meio desnorteada levantei a cabeça e dei de cara com o sorriso mais lindo.O dele.Ao despertar por completo fui inundada com as lembranças da nossa noite, me fazendo sorrir.— Bom dia minha pequena. — Seus lábios tocaram delicadamente minha testa enquanto seus dedos deslizavam com a mesma calmaria em minhas costas.— Bom dia meu grandão. — Seu riso saiu contido devido ao silêncio que ainda estava na casa. — Que horas são? — Perguntei enquanto me aconchegava em seu peito.— São pouco mais de 07 horas. — Meus lábios se entreabriram de surpresa ao olhar para ele. — Não consegui dormir e parece que meus dedos tem vontade própria em sua pele. — Ele riu novamente, me fazendo rir também.— Claramente tem... — Ele entendeu o dúbio em minhas palavras.— Isso é ruim? — Seus dedos desceram pela lateral nua do meu corpo, parando em minha coxa.Um longo gemido saiu de meus lábios, meu corpo inteiro se arrepiou pelo se
— Eu te amo! — Ouvir aquelas palavras fez meu coração parar de bater por alguns segundos e o ar faltar em meus pulmões.Era como se tudo tivesse sumido e fossemos somente nós dois, ele era o meu chão e o meu mundo naquele momento.E eu nunca fui tão feliz em toda a minha vida.— Eu também te amo Ethan! — Seus lábios subiram num enorme sorriso, se igualando ao meu.Ele tateou a mesa, procurando algo e levou até meus pulsos, abrindo a algema.— Eu quero sentir seu toque. — Ele beijou calmamente meus lábios. — Deixamos a selvageria para depois.Entrelacei meus dedos em seus cabelos e o beijei com vontade, enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo, arrepiando cada parte de mim e me fazendo delirar de prazer.Os tremores foram aumentando na mesma intensidade das estocadas, conseguia sentir meu orgasmo se aproximando.E como um belo filho da puta que o Ethan era, resolveu provocar mais um pouco.Ele diminuiu as estocadas e desceu os dedos até meu clitóris, pressionando contra ele e termin
Alice estava com um vestido amarelo claro com alguns girassóis na estampa e uma sandália preta com várias tiras no pé, cabelos soltos e ondulados.Já eu estava com uma saia leve na cor azul bebê, uma camiseta branca de alças finas e uma rasteirinha no pé, cabelos presos num rabo de cavalo alto.Os homens estavam ambos de bermuda, camisetas e tênis.— Quer uma cerveja, pequena? — A voz baixa dele fez meu corpo se arrepiar no mesmo instante. — Meu pai comprou cerveja artesanal.Ethan se sentou ao meu lado, puxando minha perna para cima da dele enquanto tomava um longo gole de sua bebida de mesma cor da minha mãe, que deduzi que seria a cerveja artesanal.Peguei o copo da mão dele e tomei um gole, o gosto de lúpulo era presente junto com um gosto adocicado parecido com mel. Até eu que não era muito fã da bebida acabei gostando.Tomei mais alguns goles e entreguei o copo para ele, que o encheu novamente, colocando sob a mesa.Dane e Dom conversavam próximo a churrasqueira, rindo enquanto
Tínhamos ido cedo na farmácia comprar o PlanB para mim, mas como eu imaginei que iria beber, resolvi tomar somente no fim da noite.— Ainda não, mas tomo assim que eu chegar em casa. — Ele apenas assentiu.— Quer saber... — Ele passou os dedos pela minha barriga e sorriu. — No fim, ter um filho com você não parece mais tão assustador. — Sua risada saiu baixa.— Quero ver você dizendo isso ao se deparar com um positivo de verdade... — Acabei rindo ao imaginar a cena de desespero dele. — Mas isso não vai acontecer. — Beijei delicadamente seus lábios.— As duas vão ficar de cochicho aí, ou vão assistir o filme? — Dane passou por nós, bagunçando o cabelo do Ethan antes de sair aos risos. Dom e Alice estavam mais aos beijos do que prestando atenção no filme. Ethan dormia serenamente, com o rosto enterrado em meus cabelos e os braços ao redor de mim. Senti-lo tão calmo ao meu lado era muito melhor do que qualquer filme.Estávamos deitados no colchão no tapete, enquanto Dom e Alice estavam
Estava tudo tão perfeito que não parecia real. Nosso dia foi simplesmente fantástico e pela primeira vez em muitos anos, eu estava feliz. Sem todo aquele peso nas costas. Minha armadura estava enfim, abaixada e tudo isso por ela. Ela conseguiu fazer o velho Ethan aparecer das cinzas, quase como uma fênix. O meu eu de antigamente, aquele eu romântico e que ainda acreditava no amor, — antes de ter seu coração quebrado em pedaços — esse Ethan, voltou... Por ela. Ela e mais ninguém. E nesse momento, nesse pequeno momento em que eu a tenho comigo, com a cabeça deitada em meu ombro enquanto o vento ameno de Nova York bate em seus cabelos, é nessa hora que eu tenho a plena certeza que ela é a mulher perfeita para mim. Sou capaz de mover o mundo por essa mulher e não nego em nenhum momento isso. Abro mão de tudo por ela, só para vê-la feliz do jeito que está agora. Desde o primeiro momento em que a vi eu sabia que ela seria minha perdição e minha salvação, na mesma intensidade. —
Cheguei no bar faltando 15 minutos para o horário marcado com o Oliver, as 20 horas. Assim que entrei pela porta o barman me cumprimentou com um aceno de cabeça, fui até o balcão e me sentei na banqueta, pedindo uma cerveja somente. Oliver se sentou ao meu lado no mesmo momento em que a caneca de vidro vazia bateu no balcão. — Ethan! — Ele me abraçou brevemente e apertou minha mão em seguida. — Faz tempo que não vejo o meu melhor cliente por aqui. Oliver acenou para o barman, pedindo mais duas cervejas. — Muito trabalho... — Ergui os ombros, tentando deixar a resposta a mais vaga possível e ele percebeu. — Ok. — Oliver tomou um grande gole de sua bebida, colocando a caneca quase na metade já de volta ao balcão e passando a mão na boca, parando em sua barba mediana, enquanto avaliava algo. Oliver era o dono do New York Pub a bastante tempo, era um senhor baixinho e gordinho, que beirava os 60 anos, cabelos brancos e compridos, preso num rabo de cavalo ralo, barba mediana que pega