Mesmo com a bomba da gravidez nos atingindo em cheio, pegando pela boca do estomago... Ele não hesitou uma única vez.— Mãe? — Paramos em frente a uma moça de cabelos escuros, compridos, sorriso doce e olhar calmo, que estava de lado mexendo em algo no fogão.Não sabia o que era, mas o cheiro estava incrível.— Sim, Adam? — Ela o chamava pelo nome do meio e achei fofo isso.Ela se virou para nós, limpando as mãos num pano de prato.— Quero te apresentar a Heather. — Ele apontou para mim. — Minha namorada.Tentei conter o nervosismo e estiquei a mão em sua direção. Ela se aproximou mais de mim, senti minhas palpitações aumentarem e a boca ficar seca. Jodie abriu os braços e me abraçou forte.— Até que enfim meu filho arranjou alguém. — Sua voz era animada. — Pensei que iria morrer solteiro.A abracei de volta, ainda sem graça pelo gesto repentino dela. Olhei para o Ethan que deu de ombros, sem entender tudo aquilo. Jodie me soltou, me observando, avaliando meu rosto e todo o resto. Fic
Nunca pensei que minha família agiria tão bem com a notícia da gravidez, na verdade, não imaginava toda essa alegria. Meu pai nunca falou sobre netos e minha mãe, bem, não somos a perfeita família de comercial de margarina. Mas sinto que aos poucos estamos começando a nos dar bem.A forma como ela reagiu quando conheceu a Heather me surpreendeu bastante. Se bem que até hoje só apresentei duas namoradas para ela e a primeira não deu muito certo.Jodie sempre amou a Brianna, desde o primeiro dia e sempre a tratou melhor do que os próprios filhos. Ela sabia como conquistar a todos, era boa quando queria, mas lá no fundo eu sempre soube que tinha algo de errado com ela, que não era esse anjo todo.Lúcifer também era anjo, antes de ser mandado para o inferno.Foi através dela que aprendi — da pior forma, — a nunca confiar 100% em qualquer um e para mim isso sempre deu certo, até ela aparecer na minha vida e mudar tudo de cabeça para baixo.Heather mudou minha forma de pensar, de agir e me
Eu e a Heather estávamos deitados de um lado do sofá, Dom e Alice do outro, minha mãe estava sentada na poltrona, bebendo vinho e meu pai deitado no colchão que ele havia pego do quarto de hóspede junto com a Candy. Abigail estava dormindo um pouco no meu quarto, diz ela que velha era igual criança, precisava de soneca a tarde.— Vão continuar no apartamento dos seus avós, Ethan? — Meu pai se virou para mim.— Acho que por enquanto sim. — Heather se aninho mais próximo de mim, pressionando sua bunda contra meu pau e provocando um engasgo repentino em mim.E a filha da puta ainda ria.— Mas... — Ela tossiu, tentando disfarçar a risada safada. — Estamos com planos de procurar uma casa daqui um tempo. Com mais espaço para as crianças e para nós.— Entendi. — Meu pai não disse mais nada, mas o conhecia bem para saber que Dane Carter estava aprontando alguma.— Nem começa pai! — Ele começou a rir. — Não sei o que é, mas pode desistir! — Comecei a rir também.Heather, Candy e Alice me olhar
— Benjamin, mas todos os chamavam de Ben e de...— Alemão... — Candy falou ao mesmo tempo que a Gail, deixando todos confusos. — Seu filho trabalhava na Marinha, Abigail?— Trabalhava... — Gail gaguejou um pouco para responder.Todos olhavam de uma para outra, tentando entender aquele dialogo todo.— Como você sabe? — A voz da Abigail quase não saiu. — Ele havia acabado de ser promovido a...— Sargento. — Novamente Candy terminou a frase da senhora que aquele ponto já estava quase infartando de emoção.Não estava entendendo porra nenhuma.Heather diferente de mim, estava tão emocionada quanto a mãe e Abigail.— Como você sabe de tudo isso? — Ela perguntou, tão confusa quanto nós.— Alguma vez ele te falou de alguém com apelido de sugar? — Candy perguntou, tentando transparecer uma calma que nitidamente ela não tinha naquele momento.Abigail levou as mãos na boca, surpresa e parecia que tudo havia se encaixado para elas.Já o restante de nós... No começo estava confuso e no final parec
— Já guardou os presentes no carro Ethan? — Gritei do quarto enquanto terminava de me arrumar.— Puta merda! — Ouvi ele xingando enquanto corria de um lado para o outro.Balancei a cabeça e comecei a rir.Estava para nascer homem mais atrapalhado do que ele.Subi a calça jeans pelas pernas e tive uma surpresa quando fui abotoa-las e não fecharam.— Não acredito! — Esbravejei, enquanto tentava forçar um pouco mais a lycra do jeans, mas sem sucesso.— O que aconteceu?! — Ethan apareceu assustado no quarto, olhando para todos os lados como se alguém tivesse entrado pela janela. — Você se machucou? — Ele se aproximou de mim, sua respiração estava pesada devido ao susto.Me sentei na beira da cama e coloquei as mãos no rosto, frustrada.— O que houve, pequena? — Ele se agachou na minha frente, puxando minhas mãos do rosto e tentando entender o que tinha acontecido.Senti meus ombros balançarem e só então notei que estava chorando.Malditos hormônios!— A calça... — Apontei para o jeans que
Já passava das 18:00 horas quando estacionamos o carro em frente a modéstia casa de dois andares do Dom. Diferente do meu sogro, o Dom morava mais isolado do centro, num residencial de casas mais afastado de Manhattan.— UAU! — Foi a única coisa que consegui falar ao olhar com mais clareza a parte frontal da casa dele, que estava totalmente decorada para o natal.Cheia de pisca-pisca por toda a casa, ao redor do grande pinheiro que tinha na parte da frente da casa.— Dom leva o lance do natal realmente a sério. — Ethan brincou, entrelaçando os dedos nos meus e seguindo para a porta. — Depois eles me ajudam a pegar. — Ele falou, vendo minha expressão confusa ao olhar para o carro abarrotado de coisas. — Eles chegaram! — Ouvi a Abby gritando.— Ela veio! — Falei eufórica, batendo palmas como uma criança ganhando um presente na noite de natal.Fiquei por meses tentando fazer ela vir comemorar o natal com a gente, mas a Abby nunca foi muito fã dessas datas comemorativas.— Sim. — Ethan s
O relógio batia 23:00 horas quando todos se sentaram ao redor da imensa mesa para jantar.A casa do Dom era linda, decoração alegre e aconchegante, os ambientes espaçosos, um amplo quintal na parte de trás, com área gourmet e uma piscina imensa.— Parabéns pela casa, Dom. — O parabenizei, me sentando entre o Ethan e minha avó. — Mas me perderia facilmente aqui dentro.— Com o tempo você se acostuma. — Ele riu, dando de ombros.A ceia de natal estava linda. Cada um preparou, ou levou algo. Minha avó fez o peru, minha mãe o pernil e o arroz branco. O John trouxe os famosos biscoitos de gengibre, com desenhos de natal e a Abby fez uma bebida típica para a época, que é a tão conhecida gemada, preparada com ovos, leite, açúcar e noz-moscada. Ethan trouxe os vinhos e boa parte dos presentes. Fora isso havia, torta de maçã e sorvete como sobremesa.Recostei no ombro do Ethan que ria de alguma piada de homens, enquanto bebia sua gemada, batizada com um pouco de rum para esquentar nessa época
Senti os braços de alguém entrelaçarem minha cintura e lábios quentes beijarem minha boca, me despertando do transe.Ethan me abraçava forte, tirando meus pés do chão enquanto beijava meus lábios com amor. Coloquei as mãos em seu rosto e senti as lagrimas dele escorrendo pela face.— Dois meninos, meu amor! — Ele falava eufórico e emocionado, tudo ao mesmo tempo.Todos pulavam de alegria.— Sabia que eram meninos! — Abby gritava, provocando os outros enquanto ria, cheia de emoção também.A única que permaneceu sentada foi minha avó, devido a idade ela comemorava no sofá mesmo. Balançando os braços e rindo, enquanto as lagrimas também escorriam pelo seu rosto.Estávamos todos emocionados e felizes, tão felizes que era impossível conter tudo isso.Alice me abraçou forte, me parabenizando pela descoberta e notei que seus olhos estavam marejados de emoção. Meu peito se apertou ao pensar que ela poderia nunca passar por isso.Como se tivesse lido meus pensamentos, ela balançou a cabeça, fi