Já passava das 18:00 horas quando estacionamos o carro em frente a modéstia casa de dois andares do Dom. Diferente do meu sogro, o Dom morava mais isolado do centro, num residencial de casas mais afastado de Manhattan.— UAU! — Foi a única coisa que consegui falar ao olhar com mais clareza a parte frontal da casa dele, que estava totalmente decorada para o natal.Cheia de pisca-pisca por toda a casa, ao redor do grande pinheiro que tinha na parte da frente da casa.— Dom leva o lance do natal realmente a sério. — Ethan brincou, entrelaçando os dedos nos meus e seguindo para a porta. — Depois eles me ajudam a pegar. — Ele falou, vendo minha expressão confusa ao olhar para o carro abarrotado de coisas. — Eles chegaram! — Ouvi a Abby gritando.— Ela veio! — Falei eufórica, batendo palmas como uma criança ganhando um presente na noite de natal.Fiquei por meses tentando fazer ela vir comemorar o natal com a gente, mas a Abby nunca foi muito fã dessas datas comemorativas.— Sim. — Ethan s
O relógio batia 23:00 horas quando todos se sentaram ao redor da imensa mesa para jantar.A casa do Dom era linda, decoração alegre e aconchegante, os ambientes espaçosos, um amplo quintal na parte de trás, com área gourmet e uma piscina imensa.— Parabéns pela casa, Dom. — O parabenizei, me sentando entre o Ethan e minha avó. — Mas me perderia facilmente aqui dentro.— Com o tempo você se acostuma. — Ele riu, dando de ombros.A ceia de natal estava linda. Cada um preparou, ou levou algo. Minha avó fez o peru, minha mãe o pernil e o arroz branco. O John trouxe os famosos biscoitos de gengibre, com desenhos de natal e a Abby fez uma bebida típica para a época, que é a tão conhecida gemada, preparada com ovos, leite, açúcar e noz-moscada. Ethan trouxe os vinhos e boa parte dos presentes. Fora isso havia, torta de maçã e sorvete como sobremesa.Recostei no ombro do Ethan que ria de alguma piada de homens, enquanto bebia sua gemada, batizada com um pouco de rum para esquentar nessa época
Senti os braços de alguém entrelaçarem minha cintura e lábios quentes beijarem minha boca, me despertando do transe.Ethan me abraçava forte, tirando meus pés do chão enquanto beijava meus lábios com amor. Coloquei as mãos em seu rosto e senti as lagrimas dele escorrendo pela face.— Dois meninos, meu amor! — Ele falava eufórico e emocionado, tudo ao mesmo tempo.Todos pulavam de alegria.— Sabia que eram meninos! — Abby gritava, provocando os outros enquanto ria, cheia de emoção também.A única que permaneceu sentada foi minha avó, devido a idade ela comemorava no sofá mesmo. Balançando os braços e rindo, enquanto as lagrimas também escorriam pelo seu rosto.Estávamos todos emocionados e felizes, tão felizes que era impossível conter tudo isso.Alice me abraçou forte, me parabenizando pela descoberta e notei que seus olhos estavam marejados de emoção. Meu peito se apertou ao pensar que ela poderia nunca passar por isso.Como se tivesse lido meus pensamentos, ela balançou a cabeça, fi
— Eles já estão vindo? — Perguntei, ansiosa andando de um lado para o outro pela sala.Iriamos para um restaurante, mas acordei passando mal então ele optou em fazer algo aqui. Dom iria trazer pizza e cerveja, enquanto Abby traria sorvete e torta de chocolate.Iria ter jogo hoje, então meu futuro marido amou a possibilidade de ficar em casa para assistir.— Eles já estão chegando. — Ethan riu, vendo minha ansiedade enquanto levava os presentes que havíamos ganho de natal, para o quarto vago no apartamento, que já estava amarrotado de coisas.Mais da metade dos presentes eram para os gêmeos, a outra parte era dividido entre coisas para nós — roupas, — e utensílios para a nova casa, que ficaria ponta dali uns 2 meses.Alguns minutos depois a campainha tocou e corri para atendê-los. Abby entrou carregando algumas sacolas nas mãos, enquanto John trazia as sobremesas logo atrás dela.— Já que você não pode beber, vou te empanturrar de doces. — Ela disse, rindo enquanto me abraçava.John en
A puxei pela mão, antes que entrasse no closet, recostei na parede e peguei seu rosto com as mãos.— Não me canso de dizer que sou o homem mais sortudo do mundo! — Ela entrelaçou os dedos em meus cabelos com um sorriso bobo nos lábios, que combinava perfeitamente com o meu. — Você é a gravida mais linda que eu já vi. — Deslizei uma das mãos pela barriga dela, fazendo carinho.— Eu te amo, não só por isso... — Ela acariciou a maçã do meu rosto, fazendo a pequena lagrima que escorria por ali, se dissipar com o seu toque. — Mas, por tudo!Deslizei minha mão pelo seu rosto, parando o toque em seu queixo e levantando-o, beijando seus lábios em seguida e tentando transmitir todo meu amor através daquele beijo.Menos de uma hora depois, a campainha tocou e antes mesmo de abrir a porta já dava para saber quem era.— Que furdunço vocês fazem! — Zombei, abrindo a porta e quase sendo derrubado pelo Dom, que por alguma idiotice havia se apoiado nela. — Você é meio tapado as vezes, né irmão? — Bri
Coloquei as bolsas no chão e subi a escada correndo, o mais rápido possível. Coloquei qualquer camiseta que vi e enfiei um tênis nos pés, pegando minha carteira e meu celular que estavam na mesa de cabeceira, enfiando-os no bolso.Desci e vi que ela já não estava no sofá, a porta estava aberta e as bolsas também tinham sumido, corri para fora e quase tive uma sincope ao ve-la colocando as duas bolsas — pesadas — no banco de trás.— Heather! — A repreendi, correndo até o carro e pegando as bolsas de suas mãos. — Porra! Até quase para ganhar neném você continua sendo teimosa. — Joguei a bolsa no banco de trás e a ajudei a se sentar no banco, quase pulando para o banco do motorista.Sorte que o hospital que escolhemos não era muito longe dali. Peguei meu celular no bolso e disquei rapidamente o telefone do nosso obstetra, o Dr. Michael, o avisando sobre o rompimento da bolsa e ele disse que em 20 minutos estaria no hospital.Fiz o mesmo com o Dom.— Espero que alguém esteja morrendo, par
Não conseguia parar de olhar para eles, ainda parecia um sonho tudo isso.— Como eles são lindos! — A voz do meu pai me pegou de surpresa.— Você conseguiu vir! — O abracei forte, deixando as lagrimas de felicidade escorrer pelo meu rosto.— Em hipótese alguma, perderia o nascimento dos meus netos. — A voz dele estava embargada, denunciando o choro contido. — Parabéns, filho! — Ele me abraçava forte. — Que você seja para eles um pai melhor, do que fui para vocês. Tenho muito orgulho do homem que você se transformou. — Como se não fosse possível, aquelas pequenas palavras dele me desmontou inteiro.Ficamos abraçados por mais algum tempo, antes de voltarmos a atenção aos dois menininhos que dormiam tranquilamente no berçário do hospital.Meu pai estava de terno, a gravata frouxa no pescoço e a fisionomia de cansado, devido ao fuso horário da viagem. Mas nem isso tirou o imenso sorriso que ele tinha nos lábios, enquanto olhava para os netos dormindo.O restante da família chegou logo dep
Nunca pensei que seria tão feliz ao lado de alguém que tem tantas diferenças, sendo quase o oposto de mim.Minha mente se perdeu com todas as lembranças do que aconteceu em um ano depois que os gêmeos nasceram.Depois do nascimento dos gêmeos o Ethan quase me obrigou a tirar habilitação, dizendo ser importante para que eu não dependesse sempre dele, ou de carros por aplicativo. Fui contra a minha vontade na época, mas hoje, me pergunto por que não fiz isso antes?Desde então sempre que posso, pego no volante para dirigir. Nosso porshe deu lugar a um utilitário hibrido de 6 lugares, por conta das crianças e do espaço. Mesmo mudando de carro, o Ethan se recusava a vender o antigo, dizendo que era por apreço emocional, porque foi presente do avô dele. Então o mantínhamos na garagem e Ethan o usava quando saia sem os gêmeos, que era toda sexta, para a noite dos meninos. Que nada mais era do que noite de futebol na casa do Dom, junto com o Blake, o John, o Dane e o Jonas algumas vezes. Aos