Ângela viu sua amiga partir depois da janta, deixando-a com o marido e o irmão, já que Paloma tinha ido colocar as crianças na cama.
- Que ideia foi aquela? – Carlos realmente queria explicações.
- Pensei que Delfina gostava mesmo de Celestino. – Alfredo tomou mais um gole de seu uísque.
- E ela gosta, - Ângela se sentou melhor na cadeira ao lado do marido. – Delfina ficou muito mal quando Celestino foi embora naquela noite, - Carlos bufou com a lembrança. – Mas, diferente de Celestino, que sabe realmente que gosta dela, Delfina nunca admitiu isso para si mesma, então acho que um "casamento" de mentira fará os dois realmente ficarem juntos.
- E acha que dará certo isso? – Carlos não queria machucar ambos. Celestino realmente tem sentimentos pela moça da casa ao lado, em contrapartida, Delfina tinha poucas coisas em sua vida que davam um sentido ainda. – Eles vão se encontrar um no outro e vão se apaixonar perdidamente como nos contos de fadas?
- Eles já são estão apaixonados um pelo outro. – Ângela conhecia os sinais, sempre via desde pequena.
- Espero que isso dê certo. – Carlos parecia ainda um pouco contrariado a isso tudo.
- Vai dar certo, eu tenho fé. – Ângela sorriu para longe.
...
Celestino, realmente, quando desembarco, tudo que queria era uma cama e muita comida.
Mas, olhando para os grandes portos, sentiu algum orgulho de ver sua cidade natal tão bem de vida, evoluída ainda mais do que ele tinha deixado, o fazendo ficar orgulhoso sobre como o império estava forte e a todo vapor, mesmo contra as brigas que vinham de longe dos mares, como os outros grandes potenciais como o Reino Unido, conseguindo novamente os Estados Unidos como uma colônia. E claro, conforme caminhava para fora do caminho do porto, viu caixotes e mais caixotes com selos para Portugal.
Aquilo o fez pensar no clima tenso em que Portugal estava alguns anos atrás, ajeitando a cartola e seguindo em frente. O país rendeu-se ao Brasil para fugir da pressão inglesa que queria os tomar para si, como fizeram com os demais, e, como todos sabem, há séculos nunca se mexe com o Brasil.
- Celestino! – Uma voz ao longe o fez olhar para frente, dando de cara com Carlos e miúdos. A caminhada foi mais apressada e o aperto de mão com abraço foi forte. Agora ter pequenos em seus pés o fez sentir um gigante, mesmo aqueles pequenos nunca o vendo queriam seu colo. – Como anda a vida, meu querido irmão?
- O de sempre. – Irritantemente cinza. – Cheio de coisas a fazer do outro lado do mar. – Celestino ajeitou um dos miúdos em seus braços em quando Carlo pegou suas malas, ajudando o mordomo a carregar a carruagem. – E o que me conta de bom?
- Bom, faremos um baile e todos estão convidados, normas dos nobres, sabe como as coisas são? – Ambos confirmaram, chateados pela dona Ângela ditar as cores dos palitos que teriam que usar, as bengalas escuras e os sapatos pretos, os fazendo parecer pinguins. - E como anda a Europa?
- Portugal finalmente está colhendo os frutos de ser uma colônia brasileira. – Celestino sabia que tinha muita coisa debaixo dos panos que não conseguia ver ainda, mas poderia dizer que algo estava indo conforme o planejado. – Os ingleses finalmente estão deixando mais aparentes que querem lutar com as três coroas nórdicas. – Carlos ficou tenso enquanto Celestino aproveitou para brincar com os sobrinhos. – E aí, como vão todos?
- Bem, Paloma quer segurar mais filhos, mas realmente preciso de um tempo antes de ter outro bebê na casa. - Aquilo o fez rir. – Ângela está grávida de novo, então Alfredo está ganhando com um ponto à minha frente. - Carlos divagou sobre os afazeres domésticos de um marido. – E claro, tem a Delfina...
- Com filhos, acredito? – Ele sabia que Ângela e Paloma tinham um acordo entre as três sobre terem vários filhos.
- Não, - Carlos tentou realmente fazer uma cara de sério ao irmão que parecia perdido. – Como ela pode ter filhos se não está casada? – Carlos realmente viu aquele sorriso nos lábios do irmão ou seriam as paranoias de sua irmã?
- Pensei que estava casada. – Celestino tentou mascarar sua felicidade, mas o sorriso foi mais forte que o controle.
- Não, o noivo desistiu depois de um incidente, - Carlos ponderava se contava sobre como Daniel parou de ser noivo de Delfina, mas como as chances do mesmo encontrar com o homem, decidiu colocar fogo no parquinho. – O pai de Delfina, os deixou sozinhos e o homem tentou contra a mesma, - Celestino segurou o sobrinho um pouco mais forte em seu colo. – E bom, Delfina ama aquelas presilhas potentes no cabelo, então acabou pegando e acertando o homem no olho, agora Daniel é conhecido como caolho. – Carlos resmungo alheio ao olhar sobrinho que vinha de Celestino.
...
Celestino, quando entrou em casa, estava nervoso, fazia tempo que não via a casa, mas estava no mesmo lugar que tinha deixado. Grandes jardins o davam boa-vinda com árvores e o brasão da família pintado sobre as flores que foram moldadas para dar um ar de grandeza. As grandes janelas deixam a casa entrar luz nos dias quentes e nos dias frios.
Celestino caminhou devagar pelo caminho de pedra que levava à grande casa onde tinha a maçaneta dourada com a letra F dos ferratis, o fazendo sorrir para aquele momento. Abriu-se quando deu de cara com o chão de mármore branco e as pinturas de sua querida mãe, como se ela estivesse ali para o ver, para sorrir e para o abraçar.
Carlos ficou ao lado dele, como sempre acontecia. Celestino caminhou tranquilamente para dentro, vendo a grande escada lateral ali branca os levando para cima e os quartos que brincavam com o dourado e vermelho, mas claro, antes mesmo de colocar os pés no degrau, um som de caminhada o fez voltar pelos corredores que dividiam a casa aos outros cômodos.
- Que mal-educado, nem mesmo falou um oi para a gente? – Ângela chegou com sua imponência, mas o que roubou a atenção de Celestino na querida irmã foi Delfina, que caminho com os braços entrelaçados e com aquele sorriso confiante que o fez ficar imponente. – O que acha, querida amiga? – Ângela volto a Delfina, que acabou rindo, finalmente o encarando e aqueles olhos poderosos o fizeram descer e o colocar para o caminho da mesma.
- Acho que os anos longe o tiraram a educação da madame Salovar. – Delfna murmuro, causando risada em Ângela enquanto Celestino revira os olhos.
- Para saber, Salovar me amava. - Delfina concordo com deboche, o fazendo sorrir. – Acha que estou mentindo? – Ângela e os demais viram aquela conexão estranha acontecer bem ali na frente deles, os fazendo acreditar que o plano daria realmente certo.
- A lembrança da espada de São Jorge em seu traseiro me faz acreditar o contrário. – Desfazendo as amarras de sua amiga, o cumprimentando com uma reverência enquanto Celestino tudo que fez foi lhe dar a mão.
- Olha, que cruel, só lembro das coisas ruins? – Ah, como ele sentiu falta disso.
- Você não faz ideia. – Delfina ponderou com alegria, o deixando nas nuvens.
O grande baile foi realmente chamativo Ângela sabia fazer um bom baile, então Celestino realmente ficou animado para ver seus antigos amigos. Claro que depois de um tempo ele se cansou daquela bagunça e barulho, mas logo sua vontade voltou quando viu Delfina entrando com uma roupa que ele realmente achou horrorosa, parecia uma senhora se cobrindo de todos os jeitos possíveis, braços e até mesmo o pescoço.- Por que me olha assim? – Delfina murmuro quando cumprimentou, já o puxando para o salão.- Está se vestindo como uma senhora. – Resmungo disfarçando enquanto se posiciona para começar a dançar.- Bom, não é todo mundo que aceita as marcas. – Ela pa
EM 4900Em Paraty, passava por uma crise, uma doença que veio dos mares e estava levando metade da cidade, conhecida como doença da bexiga assassina, enquanto para os estudiosos chamavam de varíola, uma doença que já estava extinta há muito tempo, mas parece que tinha voltado com força, desde o século 25 que as vacinas não eram mais fabricadas.No meio de tanta comoção, pesquisadores e cientistas começaram a ver antigos papéis para que uma vacina fosse fabricada....Celestino tinha visto muitos irem por causa dessa doença.Ele nunca realmente pensou que ia acontec
O parlamento é grande e fedia a gente velha, talvez seja porque a maioria das pessoas que se sentavam sobre aquelas cadeiras eram senhores de 50 anos a 70, homens que governavam aquela parte com um ministro e um governante que passava os relatórios ao rei que aparecia de vez em quando, é o que Celestino tinha ouvido de seu pai.- Trouxe o próximo a usar essa cadeira? – Conhecia aquela voz por debaixo daquela roupa preta, sim, era o Sr. Jackson, mas conhecido por seu zé.- Ele está preocupado com nossos avanços. – Celestino olhou para um amigo distante, um mentor na escola de bons moços. – Além do mais, a menina dos olhos verdes acabou doente. – Celestino evitou os outro enquanto sentia sua cara ficar vermelha e a risada de mais velhos o dei
5 anos depois.Celestino tinha tudo e ao mesmo não tinha nada.Tinha construído um império sem o dinheiro do pai, o que foi surpreendente para um filho pródigo que chegou só com um cofrinho e um sonho de Portugal, mas o mais interessante foi que, durante esses cinco anos em sua vida, tentou fazer mesmo um reino que não sentisse falta daquele que deixou para trás, procurando uma esposa e uma mulher que pudessem preencher aquilo que ele havia deixado no Brasil.Mas, como sempre, nada pode ser substituído. Deu muito errado. A mulher tinha sido escolhida, mas sua falta de fertilidade fez a mulher ir embora. Sem contar, é claro, que no meio de tantas decepções veio também aquela maldita carta