— O que está fazendo? — Mandisa está furiosa — Como ousa falar dessa forma com uma pessoa?— Ora, ora se não é a grande rainha samaritana! — Debochou — Eu falo como eu quiser, eu sou Nala Jakunde..Mandisa interrompeu a mulher sem um pingo de paciência.— Você pode ser a porra que for, mas se falar com os funcionários dessa forma vai se arrepender. — Se aproximou perigosa fazendo com que a bela negra se afastasse.— Não fale assim comigo, eu não admito.— Você não tem que admitir nada sua vadia, eu sou a sua rainha, então me respeite como tal — A ruiva não estava para brincadeiras — O que faz aqui Nala?Rosnou de frente para a jovem mulher. Jakunde empinou o nariz antes de falar.— Vim falar com você! — Passou na frente de Mandi com pressa — Me acompanhe, é algo sério. Tentou entrar no consultório, mas Zolla não permitiu.— Pode deixar, meu amigo, me espere daqui a pouco saímos — Pediu com um meio sorriso para tranquilizar o rapaz — Pronto, agora fale de uma vez, preciso ir para casa.
— Há três dias que ela não me dirigi a palavra, eu não aguento mais cara! — Simba declarou no telefone ao seu amigo Zayn.— De quem é a culpa? — Nasir não escondeu o divertimento.— Eu te liguei para pedir um conselho, não para tripudiar em cima de mim, seu idiota.— Me perdoe, você está certo. — Pigarreou para esconder seu divertimento — Você precisa arranjar um jeito para que ela não tenha escolha, a não ser falar com você. Agora eu preciso ir, minha mulher está me chamando. Boa sorte meu amigo.Zayn desligou sem dar chances de Simba responder.— É um imbecil mesmo! — Declarou batendo o telefone no gancho.Mas, pelo menos me deu uma ideia! Pensou, logo em seguida chamou seu assistente.— Precisa de ajuda senhor?— Sim, Daren. Preciso que avise à sua senhora que hoje será a aula que ela me prometeu de Aikido. — Entendendo a estratégia do seu rei, Daren fez o que ele lhe pediu.— Tudo feito senhor!— Ela aceitou? — Não escondeu sua expectativa.— Sim, marcou para às três da tarde. — I
— Vamos, Mandisa ou nos atrasaremos! — Simba Gritou do outro lado da porta. Hoje, eles saberão o sexo dos bebês, por isso Mandi está de frente ao espelho com o coração nas mãos. Nesses meses que se passaram Simba realmente mudou. Está mais carinhoso e sempre diz que a ama. O problema é que ela não sabe como ele vai agir ao descobrir o sexo das crianças se não for o que espera. Ela estava esperando o pior, mas ansiava pelo melhor.Decidida a esperar para sentir o que fosse, quando acontecesse, ela colocou um belo sorriso nos lábios. Aquele sorriso que não significa que sua vida é perfeita, mas que significa que ela é grata pelo o que tem. Abriu a porta e encontrou um Azikiwe emburrado com os braços cruzados.— Aleluia! — Levantou suas mãos aos céus em uma encenação dramática.— Calma meu marido, ainda falta meia hora. — Foi até ele e o abraçou, em seguida beijou sua face docemente.— Desculpa, eu estou muito ansioso. — beijou o topo da cabeça dela — Eles nos pregaram uma bela de uma
— Então, Azikiwe? Fale! — Mandisa pediu com os olhos cheios de lágrimas.— Falar o quê? Eu que quero é que me explique, porque está desta forma? — Bufou contrariado — Zaire, encoste esse carro e deixe-nos a sós por favor.Awolowo fez o que o seu rei pediu, depois saiu do carro para dar privacidade ao casal.— Agora vai me dizer porque está com medo? — A olhou nos olhos esperando a resposta.— De você rejeitá-las... São duas meninas, Simba... Diz-me, estás decepcionado? — Depois que ela falou essas coisas foi que lhe caiu a ficha.É a minha culpa. Pensou puxando sua Leoa para seu colo com carinho.— Eu te amo, Mandisa. Você é o ar que respiro... Ouça que vou lhe dizer. — Colocou suas mãos na protuberância — Eu amo as minhas filhas e jamais as rejeitaria.— Está falando sério?— Sim, jamais brincaria com esse assunto. Sei que lhe dei motivos para pensar dessa forma, mas te garanto que nunca o faria.— Mas e a sucessão? — Ela questionou mais calma.— Teremos outros filhos... — Ele parou
— Está calmo? — Mandisa perguntou a Simba antes de entrar na sala cirúrgica.— Eu sempre estou calmo.. — Ele parou de falar ao ver o sorriso nos lábios de sua esposa.Como eu a amo! Foi o seu pensamento antes de puxá-la para seus braços.— Acho que você me conhece, mais do que eu gostaria. — Revelou inseguro.— Por que acha isso, meu marido? — Ela realmente quer entender.— Eu sempre fui uma máscara de frieza, ninguém além da minha mãe me via como eu sou. No entanto, você me entende até mais que ela. — Deu de ombros nervoso — Eu só não sei se isso é bom para mim, entende? Não quero ser um fraco a seus olhos. Desabafou com sinceridade, de alguma forma, deseja que saiba como ele se sente.— Eu jamais o veria como um fraco. Você é um homem incrível. Ter receios, medo, não te faz um fraco e sim humano. — Beijou a face dele — Se você pudesse ver como eu o vejo, nunca falaria isso.— Eu... — Tentou falar mais a emoção não deixou.— Não se preocupe, meu amado. Pode chorar. — Se aconchegou em
— Ela está bem? Por que ainda não acordou? — Simba questionou quando viu sua esposa entrando no quarto de sua mãe.— O corpo da senhora Kali sofreu muito, agora ele precisa se recuperar. — se aproximou do leito para auscultar o coração de sua paciente — Ela vai acorda no seu tempo.— Quanto tempo de recuperação?— Se ela cumprir tudo direitinho, uns sessenta dias. — Mandisa sentou na poltrona encarando seu esposo. Ela está feliz, mesmo não demonstrando.— E você, minha ruiva? Acho que deveria ir para casa descansar. — Ele sugeriu se abaixando e ficando da altura dela.— Você está certo. Pode ficar sossegado e voltar a hora que quiser. Eu te amo.— Eu nunca cansarei de agradecer o que fez por mim. Eu só sei que isso me fez te amar ainda mais, beijou os lábios dela e a escoltou até o carro. Mandi saiu transbordando alegria, falou com suas amigas contando que sua sogra está fora de perigo. Claro que houve uma pequena discussão por ela ter se arriscado ao fazer a cirurgia, poré
— Malkia wangu, como as princesas estão? — Nassor Bello, o representante da tribo do sul, perguntou com um sorriso de orelha a orelha se referindo a ela como minha rainha no idioma Suaíli.— Estão bem, senhor Bello — Mandi riu — Só estão um pouco agitadas. Quase todos riram, menos o tio de Simba Jalil Yard' Árdua Azikiwe. Ele está com dificuldades para esconder sua cara de poucos amigos.— Eu sei que é tudo tão lindo, mfalme wangu. — chamou o seu sobrinho de meu rei tentando amenizar o que falaria em seguida — Mas, eu preciso saber porque nos chamaram a essa hora da noite? Havia reprovação na voz do representante da tribo do oeste.— Meu tio, acho que esqueceu onde é o seu lugar.— Simba declarou sério — Agora sente-se, e espere sua rainha falar. Todos os pares de olhos encararam Jalil, esperando ele obedecer. Estão presentes nessa reunião Jahi Neogwer, o chefe de segurança do rei Azikiwe, Kumi Balewa representante da tribo do norte. Nassor Bello da tribo do sul, Umi Babangida da tribo
— Você ouviu, Zaire? Percebeu a frieza nas palavras dela? — Simba ainda se sentia em choque. Desde o dia que foi traído pela sua noiva e seu melhor amigo, nunca mais se sentira impotente, pelo menos até nesse exato momento.— Eu entendo, Meu senhor. Ela está com medo! — Awolowo rebateu sincero.— Não me parecia medo. — Rebateu as palavras do chefe de segurança ainda incrédulo.— Mas é ,Alteza. Eu já vi muitas coisas, convivi com muitas pessoas antes de trabalhar para o senhor. A rainha Mandi está com medo, entretanto sei que ela seria capaz de fazer o que disse. — Nyeusi olhou para Zaire aflito.— Eu não quero que ela faça nada que possa se arrepender.— Ela vai fazer o necessário, Alteza. — respirou fundo antes de concluir — Pessoas como a rainha Mandi são imprevisíveis, você só sabe o que ela pretende fazer na hora que vai fazer. O rei Azikiwe agradeceu os conselhos do seu amigo e disse que iria ver os amores de sua vida. Quando adentrou o quarto viu sua esposa de costas em direção