Martin Luther King, uma vez disse: "Eu decidi ficar com o amor. O ódio é um fardo muito grande para suportar."Mandi pensava no quanto o ser humano é cruel e mesquinho, falam que os animais são irracionais, mas na verdade, quem age dessa forma somos nós. Os animais matam por necessidade, por causa da comida, ou até mesmo por território. Mas o ser humano mata por esporte, porque gosta.Eles eram tão jovens, não mereciam isso! Ela pensava inconformada.Desde que ouviu dos lábios do chefe de segurança Zaire que dois dos meninos que ela salvou de fazer uma besteira foram assassinados e o terceiro está em coma. A jovem médica não parava de chorar. Após ouvir, virou as costas e foi para o lado de fora nos jardins tomar um ar.— Mandisa! — Ela se virou de encontro a voz do seu esposo. No fundo sentia que foi a sua culpa e acabou externando seu drama interno.— Foi a minha culpa, Simba. Mataram-os por minha causa.— Não, nunca mais repita isso — Segurou os dois lados da face dela — Você ten
— O que está fazendo? — Mandisa está furiosa — Como ousa falar dessa forma com uma pessoa?— Ora, ora se não é a grande rainha samaritana! — Debochou — Eu falo como eu quiser, eu sou Nala Jakunde..Mandisa interrompeu a mulher sem um pingo de paciência.— Você pode ser a porra que for, mas se falar com os funcionários dessa forma vai se arrepender. — Se aproximou perigosa fazendo com que a bela negra se afastasse.— Não fale assim comigo, eu não admito.— Você não tem que admitir nada sua vadia, eu sou a sua rainha, então me respeite como tal — A ruiva não estava para brincadeiras — O que faz aqui Nala?Rosnou de frente para a jovem mulher. Jakunde empinou o nariz antes de falar.— Vim falar com você! — Passou na frente de Mandi com pressa — Me acompanhe, é algo sério. Tentou entrar no consultório, mas Zolla não permitiu.— Pode deixar, meu amigo, me espere daqui a pouco saímos — Pediu com um meio sorriso para tranquilizar o rapaz — Pronto, agora fale de uma vez, preciso ir para casa.
— Há três dias que ela não me dirigi a palavra, eu não aguento mais cara! — Simba declarou no telefone ao seu amigo Zayn.— De quem é a culpa? — Nasir não escondeu o divertimento.— Eu te liguei para pedir um conselho, não para tripudiar em cima de mim, seu idiota.— Me perdoe, você está certo. — Pigarreou para esconder seu divertimento — Você precisa arranjar um jeito para que ela não tenha escolha, a não ser falar com você. Agora eu preciso ir, minha mulher está me chamando. Boa sorte meu amigo.Zayn desligou sem dar chances de Simba responder.— É um imbecil mesmo! — Declarou batendo o telefone no gancho.Mas, pelo menos me deu uma ideia! Pensou, logo em seguida chamou seu assistente.— Precisa de ajuda senhor?— Sim, Daren. Preciso que avise à sua senhora que hoje será a aula que ela me prometeu de Aikido. — Entendendo a estratégia do seu rei, Daren fez o que ele lhe pediu.— Tudo feito senhor!— Ela aceitou? — Não escondeu sua expectativa.— Sim, marcou para às três da tarde. — I
— Vamos, Mandisa ou nos atrasaremos! — Simba Gritou do outro lado da porta. Hoje, eles saberão o sexo dos bebês, por isso Mandi está de frente ao espelho com o coração nas mãos. Nesses meses que se passaram Simba realmente mudou. Está mais carinhoso e sempre diz que a ama. O problema é que ela não sabe como ele vai agir ao descobrir o sexo das crianças se não for o que espera. Ela estava esperando o pior, mas ansiava pelo melhor.Decidida a esperar para sentir o que fosse, quando acontecesse, ela colocou um belo sorriso nos lábios. Aquele sorriso que não significa que sua vida é perfeita, mas que significa que ela é grata pelo o que tem. Abriu a porta e encontrou um Azikiwe emburrado com os braços cruzados.— Aleluia! — Levantou suas mãos aos céus em uma encenação dramática.— Calma meu marido, ainda falta meia hora. — Foi até ele e o abraçou, em seguida beijou sua face docemente.— Desculpa, eu estou muito ansioso. — beijou o topo da cabeça dela — Eles nos pregaram uma bela de uma
— Então, Azikiwe? Fale! — Mandisa pediu com os olhos cheios de lágrimas.— Falar o quê? Eu que quero é que me explique, porque está desta forma? — Bufou contrariado — Zaire, encoste esse carro e deixe-nos a sós por favor.Awolowo fez o que o seu rei pediu, depois saiu do carro para dar privacidade ao casal.— Agora vai me dizer porque está com medo? — A olhou nos olhos esperando a resposta.— De você rejeitá-las... São duas meninas, Simba... Diz-me, estás decepcionado? — Depois que ela falou essas coisas foi que lhe caiu a ficha.É a minha culpa. Pensou puxando sua Leoa para seu colo com carinho.— Eu te amo, Mandisa. Você é o ar que respiro... Ouça que vou lhe dizer. — Colocou suas mãos na protuberância — Eu amo as minhas filhas e jamais as rejeitaria.— Está falando sério?— Sim, jamais brincaria com esse assunto. Sei que lhe dei motivos para pensar dessa forma, mas te garanto que nunca o faria.— Mas e a sucessão? — Ela questionou mais calma.— Teremos outros filhos... — Ele parou
— Está calmo? — Mandisa perguntou a Simba antes de entrar na sala cirúrgica.— Eu sempre estou calmo.. — Ele parou de falar ao ver o sorriso nos lábios de sua esposa.Como eu a amo! Foi o seu pensamento antes de puxá-la para seus braços.— Acho que você me conhece, mais do que eu gostaria. — Revelou inseguro.— Por que acha isso, meu marido? — Ela realmente quer entender.— Eu sempre fui uma máscara de frieza, ninguém além da minha mãe me via como eu sou. No entanto, você me entende até mais que ela. — Deu de ombros nervoso — Eu só não sei se isso é bom para mim, entende? Não quero ser um fraco a seus olhos. Desabafou com sinceridade, de alguma forma, deseja que saiba como ele se sente.— Eu jamais o veria como um fraco. Você é um homem incrível. Ter receios, medo, não te faz um fraco e sim humano. — Beijou a face dele — Se você pudesse ver como eu o vejo, nunca falaria isso.— Eu... — Tentou falar mais a emoção não deixou.— Não se preocupe, meu amado. Pode chorar. — Se aconchegou em
— Ela está bem? Por que ainda não acordou? — Simba questionou quando viu sua esposa entrando no quarto de sua mãe.— O corpo da senhora Kali sofreu muito, agora ele precisa se recuperar. — se aproximou do leito para auscultar o coração de sua paciente — Ela vai acorda no seu tempo.— Quanto tempo de recuperação?— Se ela cumprir tudo direitinho, uns sessenta dias. — Mandisa sentou na poltrona encarando seu esposo. Ela está feliz, mesmo não demonstrando.— E você, minha ruiva? Acho que deveria ir para casa descansar. — Ele sugeriu se abaixando e ficando da altura dela.— Você está certo. Pode ficar sossegado e voltar a hora que quiser. Eu te amo.— Eu nunca cansarei de agradecer o que fez por mim. Eu só sei que isso me fez te amar ainda mais, beijou os lábios dela e a escoltou até o carro. Mandi saiu transbordando alegria, falou com suas amigas contando que sua sogra está fora de perigo. Claro que houve uma pequena discussão por ela ter se arriscado ao fazer a cirurgia, poré
— Malkia wangu, como as princesas estão? — Nassor Bello, o representante da tribo do sul, perguntou com um sorriso de orelha a orelha se referindo a ela como minha rainha no idioma Suaíli.— Estão bem, senhor Bello — Mandi riu — Só estão um pouco agitadas. Quase todos riram, menos o tio de Simba Jalil Yard' Árdua Azikiwe. Ele está com dificuldades para esconder sua cara de poucos amigos.— Eu sei que é tudo tão lindo, mfalme wangu. — chamou o seu sobrinho de meu rei tentando amenizar o que falaria em seguida — Mas, eu preciso saber porque nos chamaram a essa hora da noite? Havia reprovação na voz do representante da tribo do oeste.— Meu tio, acho que esqueceu onde é o seu lugar.— Simba declarou sério — Agora sente-se, e espere sua rainha falar. Todos os pares de olhos encararam Jalil, esperando ele obedecer. Estão presentes nessa reunião Jahi Neogwer, o chefe de segurança do rei Azikiwe, Kumi Balewa representante da tribo do norte. Nassor Bello da tribo do sul, Umi Babangida da tribo