Milena Bianco.
(. . .)
Assim que cheguei na livraria, segui para o balcão e como de habitual, guardei minha mochila. Poucas pessoas apareceram na pequeno espaço que fico atendendo sozinha no local, o que me permitiu atender e passar no caixa sem muita dificuldade. Mas assim que deu uma e meia, Alice adentrou pela porta. Mal a vi, saí do caixa e segui para perto de uma das estantes.
Está sendo assim todos os dias desde que Alice fez aquela sacanagem. Mas acredita que ela continua agindo como se não tivesse feito nada? É, eu sei, muito cínica. Muito mesmo.
Havia chegado uma enorme remessa de livros novos, o que ocupa boa parte de nossa tarde enquanto não estamos atendendo os clientes. Me sento o mais longe de Alice que posso, mas parecendo que é pra implicar a outra se aproxima cada vez mais, ora me perguntando algo, ora me mostrando alguma coisa em um livro.
— Meninas, são quase cinco da tarde... eu estava mexendo com umas planilha
Espero que gostem <3
Clara Herrera.O sábado amanheceu ensolarado lá fora, mas ainda mais aqui dentro de mim. Fala sério, quem não acordaria feliz nos braços de um anjo como Milena Bianco? Ainda de olhos fechados, sinto um dos braços da loira circundando minha cintura, enquanto sinto sua respiração leve batendo em meu pescoço. Não me contendo, com muito cuidado, tento me desvencilhar de seu abraço para poder olhá-la.Meus olhos fazem questão de gravar cada detalhezinho do rosto de Milena. Sua feição leve, seus lábios finos formando um delicado e quase imperceptível bico, os fios dourados caindo sobre seu rosto. Se essa minha garota não é a criatura mais linda desse mundo, eu realmente, não sei quem é. Fico por vários minutos perdida em meus devaneios, que acabo não percebendo Milena despertar e a loirinha me pega no flagra em meu momento de admiração, dando um sorriso contido, enquanto se aconchega mais em mim. — Clarinha... que graça tem ficar me olhando enquanto eu es
(. . .) Ao descer do carro, pude ver que, na frente do meu carro está o carro da minha mãe e atrás, o carro de Kelly, o que quer dizer que eu Milena fomos as últimas a chegar. — Ótimo, nossas famílias já foram apresentadas sem nós. — digo, após passarmos pelo portão. Enquanto cruzamos o jardim, Milena segura minha mão, enlaçando nossos dedos. Damos uma última troca de olhares e sorrisos antes da loira abrir a porta. Ela entra, me puxando pela mão e logo na sala, encontramos meu pai e o pai de Milena conversando animadamente. Ok, já posso respirar um pouco mais aliviada. — Olha, nossas meninas chegaram! — meu pai diz, se levantando do sofá. Cumprimento meu pai com um abraço, enquanto Milena faz o mesmo com David. Em seguida, a garota se aproxima do meu pai e também o abraça, eles sussurram alguma coisa um para o outro, o que faz Milena sair do contato sorrindo genuinamente. — Papai... — a garota ch
Clara Herrera. “Não imagina o prazer que será trabalhar nesse colégio novamente, querida Clara.” Não, isso não está acontecendo, só pode ser algum tipo de brincadeira comigo. E uma brincadeira de muito mal gosto, diga-se de passagem. O que Juan Carlos está fazendo de frente pra mim, na sala dos professores? Que merda toda é essa? O que está acontecendo aqui? Por alguns segundos, eu apenas congelo no lugar em que estou, meu olhar espantado, com certeza está mais que visível aos meus poucos colegas de trabalho que ainda restam no local. Todos sabem da maneira que me separei de Juan Carlos, da traição e tudo mais. Bom, ainda não sei quem contou, mas eles sabem. Eles me olham, provavelmente esperando que eu que eu diga algo. Mas o que eu vou dizer? Que fico feliz que ele tenha voltado? Não, eu não estou feliz. Muito pelo contrário. — Ele está te importunando, Clara? — uma voz feminina pergunta, e ao olhar para o lado, vejo Ingrid.
(. . .)Finalmente o dia de aula acabou. Pego minhas coisas e sigo para a sala dos professores, guardo alguns livros e pego minha bolsa. Quando estou prestes a sair da sala, dou de cara com Juan Carlos. Para minha sorte, ele não diz nada, apenas sorri e faz o caminho contrário ao meu. Ótimo, que a partir de agora seja sempre assim.Me dirijo até a escolinha de Heitor, que como sempre, me recebe da melhor maneira do mundo. Sentir seus bracinhos me apertando é a maior sensação de alívio que eu tenho.— Como foi na escolinha, meu bem?— Foi bom, mamãe. — sorri, me entregando sua mochila.O caminho até em casa é animado. Quando chegamos, Heitor vai direto para o seu quarto se trocar e eu logo começo a preparar o nosso almoço. Minutos depois, meu menino aparece correndo na cozinha e segundo e diz que vai me ajudar. Nem preciso falar a grande bagu
Milena Bianco.Eu não imaginava o quanto precisava ouvir um “eu te amo” de Clara, até chegar o momento em que essa frase saiu da boca da morena. Eu sei que muitos por aí dizem isso sem verdadeiramente sentir, mas eu sinto que com a minha Clarinha é diferente. Agora o medo de quebrar a cara é menor, mesmo que o receio por Juan Carlos a rondando de novo, seja grande e as ameaças de Alice ainda estejam vivas em minha cabeça.Após um teste surpresa de matemática, a única coisa que eu preciso é de um café pra ver se meu cérebro volta a funcionar e para de sair fumaça. Assim que o sinal do intervalo toca, eu, Alexia e Henrique saímos rumo ao pátio, logo nos encontrando com o resto do nosso grupo. Passo na cantina e compro um copo de café puro. Até arrepio ao sentir o líquido quente e sem açúcar entrar em contato com mi
Milena Bianco.(. . .)Assim que eu saí da livraria, peguei um táxi e fui direto para casa. Durante todo o caminho, fui conversando por ligação com Alexia, já que durante todo o dia ignorei todos meus amigos, inclusive ela. Mas eles me entendem e sabem muito bem até onde o meu mau humor pode me levar.Minha amiga me contou todos os detalhes do que aconteceu no estacionamento. E como eu previa, foi mesmo Juan Carlos quem beijou Clara, à força. Mas com a sorte que eu tenho, cheguei bem na hora em que os lábios dos dois pareciam perfeitamente encaixados. Porém, segundo Alexia, segundos depois que eu saí correndo, Clara deu um belo tapa na cara de Juan Carlos e o barraco foi armado.Agora, o empasse se resume a procurar ou não Clara. E depois de muito pensar, decidi que sim, é o certo a se fazer, porque além de tudo, quando Alice me beijou na porta da livraria, Clara me ouviu e acreditou em mim, sem ninguém precisar intervir.Pulo da
Clara Herrera.Um mês. Hoje faz um mês de uma das melhores decisões que eu já tomei na minha vida. Estou completando meu primeiro mês de namoro com Milena Bianco. E gente, eu não sei nem explicar o quanto essa garota tem conseguido me fazer tão feliz, me fazendo sentir tão amada nesse pequeno espaço de tempo. É claro, lá no comecinho tivemos aqueles problemas. Problemas esses mais conhecidos como Juan, mas mais uma vez, Milena se demonstrou tão madura, e me mostrou novamente um dos motivos que fez com que eu me apaixonasse tanto por ela.Mas uma coisa ainda ronda minha cabeça há um bom tempo. As ameaças que Alice fez à Milena e o seu olhar de ódio contra mim. Eu sou do tipo de pessoa que costuma esquecer logo as coisas sem importância, mas vez ou outra, essas lembrança se apoderam de meus pensamentos. E mesmo que essa garota seja uma sem noção dos infernos, eu espero sinceramente que ela tenha dito tudo aquilo apenas ali, no calor do momento.— Clara, eu decidi uma
(. . .)Nada me encanta mais em Milena, do que sua simplicidade. Ela tem uma forma de ver as coisas, que eu não sei definir direito, mas desde nossa primeira conversa, me chamou atenção. E agora, após nosso jantar em comemoração ao nosso primeiro mês de namoro, todo preparado por ela, eu só sei sentir o quanto esse anjo loiro me deixa mais encantada a cada minuto.— Clara? — ouço a voz da garota, me tirando de meus devaneios. — Tudo bem?— Sim. — me aconchego entre seus braços, ficando de costas para a loira. — Eu já disse que amei a surpresa? — pergunto e ouço um “aham” em resposta. — E já disse que te amo?— Já, mas se quiser falar de novo... — dou uma risada e sinto a mesma depositar um beijo em meus cabelos. — e de novo, e de novo e de novo.— Ainda é exigente!? — me viro, a encarando. — Eu te amo, Milena Bianco.— O que eu posso fazer, se você me chamando assim, até minhas pernas bambeiam? — pergunta com uma falsa expressão inocente, me fazen