Sírius corria desesperadamente em direção à voz que gritava pelo seu nome, com suas mãos erguidas afastando os grandes caules de trigos a sua frente, enquanto os raios do sol atrapalhavam sua visão e o chão fofo de terra engolia seus pés.
– Sírius! Sírius! – Gritava uma voz feminina.
– Tshin! – Ecoava as mãos de Sírius, afastando os grandes caules de trigo.
Finalmente Sírius conseguia sair da plantação de trigo, dando de cara com o pequeno cume coberto de grama verde brilhante, com uma grande árvore com frutos amarelados e cheirosos.
– Mas o que… – Falava Sírius, abismado.
A sua frente estava Grazi, correndo em sua direção com seus cabelos curtos, negros, de tom azulado; sua pele pálida, como sempre, olhos azuis brilhantes, com seus braços abertos, usando um vestido branco, bordado nos seus pequenos seios, quase transparentes, e as curvas de sua pequena cintura e seu qu
Sírius abria seus olhos, ainda sonolento, avistando Elizabeth totalmente espreguiçada nos seus braços, com Grazi a sua frente, de olhos abertos, observando-o, enquanto eles estavam debaixo da coberta, com o friozinho matinal gostoso e o cheiro doce de manga. – Queria acordar todos os dias assim, nossa família, nossa casa, nosso reino. – Sussurrava Sírius, acariciando as bochechas de sua mulher. – Também, meu bem, mas você precisa continuar sua viagem hoje. – Falava Grazi, rouca, ainda sonolenta. Sírius beijava a testa de Elizabeth carinhosamente e se levantava, contornava a cama e dava um selinho em sua mulher, que sorria descaradamente em seguida, acariciando suas mãos. – Vamos tomar café, amor. – Sussurrava Grazi se espreguiçando. De repente, um som esquisito ecoava pelo quarto e Sírius se assustava, olhando para Elizabeth totalmente esparramada na cama.  
Jason permanecia ajoelhado no chão, com sua cabeça baixa e seus dois machados em seu coldre, enquanto o rei Itabijara Repitale o olhava com desprezo e a rainha Yara com os olhos cheios de lágrimas. – Como você teve coragem de retornar aqui? – Perguntava Itabijara, se levantando do seu trono. – Eu fugi da prisão de Bacu com Sírius, utilizando minha força… meu pai. – Respondia Jason, com a cabeça baixa, tristemente. – Bastardo! – Gritava Itabijara, dando um grande chute na cabeça do seu filho. Jason rodopiava com o chute de seu pai, batia a cabeça no chão, formando uma pequena poça de sangue em seguida. Lentamente, ele se levantava, com seus cabelos molhados do seu próprio sangue, enquanto seu pai não parava de contorná-lo. – Eu voltei por amor, por amor meus pais… – Sussurrava Jason, segurando suas lágrimas. – Amor? Você é fraco! Sem a capa e prote
Dois dias depois Nos últimos dias, o rei Snake assinou decretos e contratos com o rei Repitale com termos de exércitos, soldados e fins comerciais, para o crescimento de ambos os reinos. Sírius estavam caminhando lentamente pelo reino Repitale, com Pi enrolada confortavelmente em seu pescoço, se escondendo atrás do couro verde-escuro da capa da proteção que balançava lentamente com a fraca ventania do norte. Kuattin, ao seu lado esquerdo, com os braços cruzados mexendo em sua barba lentamente, e Jason, a sua direita, segurando seus dois machados no coldre, enquanto alguns soldados avistavam e abaixavam dias cabeças ou sorria para o príncipe Repitale. – Não tenho como agradecer, Sírius… – Sussurrava Jason lentamente. – Tem, sim, lutando bravamente contra o império. – Respondia Sírius rapidamente. – General? – Perguntava, levantando sua s
Sírius se assustava com a reação brutal do senhor, pegando no peitoral da sua armadura de couro negro e apertando seus mamilos. Os olhos de Sírius brilhavam, o verde-esmeralda, com suas pupilas dilatadas verticalmente como navalhas e das pálpebras escamosas, enquanto Pi se erguia em seu pescoço, abrindo sua boca exibindo suas grandes presas para o senhor, que saltava para trás deixando, Sírius bater seu peito no balcão e todos o observavam agora. – Rei Sírius Snake! – Gritava um homem ao fundo, apontando para Sírius, sério, de forma assustadora. – Saia daqui! Rei ou não! Não é bem-vindo aqui! – Gritava o senhor do balcão. Sírius não respondia ao senhor, virava as costas e saía lentamente da varanda, com todas as pessoas o observando de forma amarga ou assustada com os olhos dele ou da cobra Pi. O rei Snake contornava a varanda com todos a encará-lo até se aproximar do seu cavalo de fogo, Dip, amarra
– Quem é você? – Perguntava Gales, observando as bochechas de Karoline. – Sou, eu meu pai, sua filha Karoline. – Sussurrava, alisando os cabelos do pai. Nesse momento, o rei Gols se ajeitava no seu trono, quase caindo desastrosamente, mas se apoiava de forma estranha para não cair e se levantava em seguida, sendo mais alto que sua filha. – Meu sogro. – Sussurrava Guilherme baixinho Sírius olhava de cara feia para o músico, enquanto Pi mostrava suas presas, fazendo o rapaz engolir em seco. O rei Snake se aproximava dos dois lentamente e pegava nos ombros de pai e filha. – Como você mudou, minha filha… – Sussurrava Gales com os olhos cheio de lágrimas. – Ela te ama muito, rei Gales. – Sussurrava Sírius forçando um abraço de pai e filha. – Não tenho palavras para descrever a minha eterna gratidão, rei Sírius Snake… – Suss
– Levantar âncoras! Preparar! – Gritava um soldado no convés. Nesse momento, Sírius se sentava em uma das poltronas e retirava suas botas de couro negro, totalmente sujas de lama e deixava no canto esquerdo da maquete. Com seus pés, brancos e enrugados devido à água, ele se esticava observando a maquete a sua frente. – Tire um cochilo, Sírius. – Falava Jason, tocando sua mão na maçaneta. O barco começava a balança, incomodando o rei Snake, que estava bastante sonolento, com Pi acariciando sua barba lentamente e sua capa da proteção massageando suas costas como se estivesse com mãos, mas era apenas verde-escuro escamoso, tremulando lentamente nas costas dele. – Como vou tirar um cochilo com essa banheira? – Perguntava Sírius, com seus olhos fechados. – Você dormiu no chão de pedras, está reclamando de mais, hein, rei Sírius. – Respondia Jason com um tom de deboche.
Todos saíam do palácio Snake, as ruas estavam mais calmas, soldados de prontidão rotineira, com os muitos comerciantes e suas mercadorias para cima e para baixo, com animais, monstros, especiarias de diferentes regiões à venda, além de roupas novas com tecidos diferenciados, encantando os olhos do rei Sírius, que se alegrava em ver seu povo mais rico. Masalm carregava o pequeno espelho circular normal, Kuattin e Lia conversavam baixinho ao lado de Sírius e Daniel, que aparentava estar com uma feição incomodada, olhando para frente. – Rei Sírius! – Falava uma voz feminina familiar para Sírius. Sírius se virava em direção à voz, avistando a moça negra com uma armadura de prata simples e pesada, quase sem proteção, sem nenhuma joia em seus dedos ou colar em seu pescoço, além dos seus cabelos encaracolados e amarrados por simples cipoctas verdes, sem nenhuma pétala ou joia. – Nina. – Falava Sírius secamente, acenando p
Rei Itabijara… Prepare os navios ao meu sinal. – Falava Sírius para o espelho mágico. – Entendido, rei Sírius. – Respondia o rei Itabijara, com uma voz estranha e com eco. A carruagem era puxada pelos dois cavalos de fogo nas ruas do império, sujas de resto de comidas, animais mortos e resquícios de festas. As casas eram feitas de pedras acinzentadas e lisas, em formatos retangulares e normalmente com mais de um andar, com varandas pequenas e cercadas; seus telhados de telhas vermelhas alaranjados e janelas de madeira escura com vidraças coloridas com os símbolos do império. Pelo caminho, o cocheiro/soldado se encantava com o clima do império, além das muitas casas belíssimas, várias estacas de mármore encontravam-se nas laterais da estrada, totalmente cobertas por rosas de fogo que iluminavam e diminua o odor da sujeira. Entretanto, mesmo sendo cedo, muitas pessoas estavam nas ruas, trabalhando pelo império,