Por muitos quilômetros, Sírius caminhava com Jason ao seu lado, ao mesmo tempo que era escoltado pelos soldados do reino Repitale, todos em silêncio, até se aproximarem da grande pirâmide de pedras e raízes das árvores.
– Terei que subir todas essas escadas? – Perguntava Sírius, aborrecido.
– Está cansado, Sírius? Psixim. – Falava Pi com tom de deboche.
– O que essa cobra tanto fala, rei Sírius? – Perguntava um soldado.
– Que vocês são bonitos. – Respondia Sírius também debochando.
Sírius ignorava os homens e começava a subir o grande vão de escadas a sua frente, quilômetros e mais quilômetros de escadaria íngremes. No começo, os degraus estavam apresentáveis, limpos e arejados, mas ao longo do caminho, eles começavam a escurecer e surgir rachaduras de desgastes do tempo. No final das escadas, os degraus estavam cobertos com uma mistura de sangue e água, além de crânios quebrados espalhados pelos cantos da constru
Sírius corria desesperadamente em direção à voz que gritava pelo seu nome, com suas mãos erguidas afastando os grandes caules de trigos a sua frente, enquanto os raios do sol atrapalhavam sua visão e o chão fofo de terra engolia seus pés. – Sírius! Sírius! – Gritava uma voz feminina. – Tshin! – Ecoava as mãos de Sírius, afastando os grandes caules de trigo. Finalmente Sírius conseguia sair da plantação de trigo, dando de cara com o pequeno cume coberto de grama verde brilhante, com uma grande árvore com frutos amarelados e cheirosos. – Mas o que… – Falava Sírius, abismado. A sua frente estava Grazi, correndo em sua direção com seus cabelos curtos, negros, de tom azulado; sua pele pálida, como sempre, olhos azuis brilhantes, com seus braços abertos, usando um vestido branco, bordado nos seus pequenos seios, quase transparentes, e as curvas de sua pequena cintura e seu qu
Sírius abria seus olhos, ainda sonolento, avistando Elizabeth totalmente espreguiçada nos seus braços, com Grazi a sua frente, de olhos abertos, observando-o, enquanto eles estavam debaixo da coberta, com o friozinho matinal gostoso e o cheiro doce de manga. – Queria acordar todos os dias assim, nossa família, nossa casa, nosso reino. – Sussurrava Sírius, acariciando as bochechas de sua mulher. – Também, meu bem, mas você precisa continuar sua viagem hoje. – Falava Grazi, rouca, ainda sonolenta. Sírius beijava a testa de Elizabeth carinhosamente e se levantava, contornava a cama e dava um selinho em sua mulher, que sorria descaradamente em seguida, acariciando suas mãos. – Vamos tomar café, amor. – Sussurrava Grazi se espreguiçando. De repente, um som esquisito ecoava pelo quarto e Sírius se assustava, olhando para Elizabeth totalmente esparramada na cama.  
Jason permanecia ajoelhado no chão, com sua cabeça baixa e seus dois machados em seu coldre, enquanto o rei Itabijara Repitale o olhava com desprezo e a rainha Yara com os olhos cheios de lágrimas. – Como você teve coragem de retornar aqui? – Perguntava Itabijara, se levantando do seu trono. – Eu fugi da prisão de Bacu com Sírius, utilizando minha força… meu pai. – Respondia Jason, com a cabeça baixa, tristemente. – Bastardo! – Gritava Itabijara, dando um grande chute na cabeça do seu filho. Jason rodopiava com o chute de seu pai, batia a cabeça no chão, formando uma pequena poça de sangue em seguida. Lentamente, ele se levantava, com seus cabelos molhados do seu próprio sangue, enquanto seu pai não parava de contorná-lo. – Eu voltei por amor, por amor meus pais… – Sussurrava Jason, segurando suas lágrimas. – Amor? Você é fraco! Sem a capa e prote
Dois dias depois Nos últimos dias, o rei Snake assinou decretos e contratos com o rei Repitale com termos de exércitos, soldados e fins comerciais, para o crescimento de ambos os reinos. Sírius estavam caminhando lentamente pelo reino Repitale, com Pi enrolada confortavelmente em seu pescoço, se escondendo atrás do couro verde-escuro da capa da proteção que balançava lentamente com a fraca ventania do norte. Kuattin, ao seu lado esquerdo, com os braços cruzados mexendo em sua barba lentamente, e Jason, a sua direita, segurando seus dois machados no coldre, enquanto alguns soldados avistavam e abaixavam dias cabeças ou sorria para o príncipe Repitale. – Não tenho como agradecer, Sírius… – Sussurrava Jason lentamente. – Tem, sim, lutando bravamente contra o império. – Respondia Sírius rapidamente. – General? – Perguntava, levantando sua s
Sírius se assustava com a reação brutal do senhor, pegando no peitoral da sua armadura de couro negro e apertando seus mamilos. Os olhos de Sírius brilhavam, o verde-esmeralda, com suas pupilas dilatadas verticalmente como navalhas e das pálpebras escamosas, enquanto Pi se erguia em seu pescoço, abrindo sua boca exibindo suas grandes presas para o senhor, que saltava para trás deixando, Sírius bater seu peito no balcão e todos o observavam agora. – Rei Sírius Snake! – Gritava um homem ao fundo, apontando para Sírius, sério, de forma assustadora. – Saia daqui! Rei ou não! Não é bem-vindo aqui! – Gritava o senhor do balcão. Sírius não respondia ao senhor, virava as costas e saía lentamente da varanda, com todas as pessoas o observando de forma amarga ou assustada com os olhos dele ou da cobra Pi. O rei Snake contornava a varanda com todos a encará-lo até se aproximar do seu cavalo de fogo, Dip, amarra
– Quem é você? – Perguntava Gales, observando as bochechas de Karoline. – Sou, eu meu pai, sua filha Karoline. – Sussurrava, alisando os cabelos do pai. Nesse momento, o rei Gols se ajeitava no seu trono, quase caindo desastrosamente, mas se apoiava de forma estranha para não cair e se levantava em seguida, sendo mais alto que sua filha. – Meu sogro. – Sussurrava Guilherme baixinho Sírius olhava de cara feia para o músico, enquanto Pi mostrava suas presas, fazendo o rapaz engolir em seco. O rei Snake se aproximava dos dois lentamente e pegava nos ombros de pai e filha. – Como você mudou, minha filha… – Sussurrava Gales com os olhos cheio de lágrimas. – Ela te ama muito, rei Gales. – Sussurrava Sírius forçando um abraço de pai e filha. – Não tenho palavras para descrever a minha eterna gratidão, rei Sírius Snake… – Suss
– Levantar âncoras! Preparar! – Gritava um soldado no convés. Nesse momento, Sírius se sentava em uma das poltronas e retirava suas botas de couro negro, totalmente sujas de lama e deixava no canto esquerdo da maquete. Com seus pés, brancos e enrugados devido à água, ele se esticava observando a maquete a sua frente. – Tire um cochilo, Sírius. – Falava Jason, tocando sua mão na maçaneta. O barco começava a balança, incomodando o rei Snake, que estava bastante sonolento, com Pi acariciando sua barba lentamente e sua capa da proteção massageando suas costas como se estivesse com mãos, mas era apenas verde-escuro escamoso, tremulando lentamente nas costas dele. – Como vou tirar um cochilo com essa banheira? – Perguntava Sírius, com seus olhos fechados. – Você dormiu no chão de pedras, está reclamando de mais, hein, rei Sírius. – Respondia Jason com um tom de deboche.
Todos saíam do palácio Snake, as ruas estavam mais calmas, soldados de prontidão rotineira, com os muitos comerciantes e suas mercadorias para cima e para baixo, com animais, monstros, especiarias de diferentes regiões à venda, além de roupas novas com tecidos diferenciados, encantando os olhos do rei Sírius, que se alegrava em ver seu povo mais rico. Masalm carregava o pequeno espelho circular normal, Kuattin e Lia conversavam baixinho ao lado de Sírius e Daniel, que aparentava estar com uma feição incomodada, olhando para frente. – Rei Sírius! – Falava uma voz feminina familiar para Sírius. Sírius se virava em direção à voz, avistando a moça negra com uma armadura de prata simples e pesada, quase sem proteção, sem nenhuma joia em seus dedos ou colar em seu pescoço, além dos seus cabelos encaracolados e amarrados por simples cipoctas verdes, sem nenhuma pétala ou joia. – Nina. – Falava Sírius secamente, acenando p