Ingrid estudava algumas matérias que não havia compreendido muito bem em aula, quando a campainha da mansão de Matthis soa, fazendo com que ela dê um sobressalto ao se assustar. Não imaginava quem poderia ser aquela hora da noite, haja vista que Matthis não se encontrava, estava em viagem e obviamente ela não chamaria alguém para uma casa que não fosse sua.Franze o cenho e questiona-se se deve abrir ou não a porta, mas logo opta pela primeira opção. Se os seguranças deixaram quem quer que seja passar é porque não havia problema algum.Levanta-se do local onde estudava, deixando a bagunça de livros e cadernos sobre a mesa de centro da sala e segue até a grande e pesada porta, a abrindo.Surpreende-se ao visualizar Lars do outro lado, com um largo sorriso nos lábios e os braços dados aos de uma mulher mais velha, que possui olhos idênticos aos seus.— Lars? Oi, tudo bem? — Diz meio incerta de como começar um diálogo.— Olá, Ingrid, vou bem e você? Deixa eu te apresentar, essa é Sigri
Sentada em uma das confortáveis poltronas do jatinho particular de Matthis, Ingrid indaga-se mentalmente o porquê de ter aceitado viajar com ele. A verdade é que não consegue entender como alguém como o homem sentado elegantemente a sua frente conseguia ser tão imprevisível em suas ações e comportamento. Não é como se tivesse o perdoado por suas ações, afinal ele a ameaçou e ameaçou sua família e isso não conseguia perdoar, no entanto está aprendendo ao poucos que o homem à sua frente é mais poderoso do que poderia imaginar e às vezes, para não se estressar, é melhor não ir contra, pois poderia ser dar muito mal.O que poderia fazer? Está sozinha em um país desconhecido, não possui amigos, tampouco um emprego para se manter financeiramente. Detesta confessar isso para si mesma, porém está em um beco sem saída.Durante grande parte do vôo, quando não estava sob o poder de Matthis, entre seus braços sendo possuída por ele, pensava sobre como seria dali para frente, continuando a morar
Os dias seguintes em solo italiano foram surpreendentes para Ingrid.Fizeram um tour pelos principais monumentos e atrações turísticas, como a Torre de Pisa, a Fontana di Trevi, passearam pelo Pantheon, na PIazza del Poppolo e no Campo de' Fiori.Ela conheceu o melhor da gastronomia italiana, das bebidas e do que o país oferece à noite.No último dia no país Matthis a surpreendeu com um inusitado presente, um perfume exclusivo feito especialmente para ela com seu nome. Ela não soube o que dizer ou como reagir. Apenas sabia que estavam sendo dias maravilhosos. ☆Matthis calmamente desliza seus lábios pela barriga de Ingrid e lambe seu umbigo em um gesto sensual, enquanto suas mãos acariciam os seios dela e toda extensão de suas coxas, até chegar em sua região íntima. Não demora até que sua língua avance em seus lábios vaginais e ele sinta seu gosto e seu cheiro.A brasileira suspira longamente e deixa um baixo gemido escapar por entre seus lábio
Em algum lugar desconhecido…— Andreassen está mantendo uma mulher com ele na casa. — A voz do subordinado soa em tom submisso ao se dirigir ao seu superior, que o encara com um misto de confusão e curiosidade.— Uma mulher? Mas quem é ela? Mais uma de suas fodas? — Indaga em tom depreciativo, rindo logo em seguida com desprezo ao passo que acende um cigarro, o tragando em seguida.O mais novo nega com a cabeça, apesar de não ter mais certeza de nada.— Não acho. Ele tem estado sempre com ela pelo que temos visto ao vigiá-lo.— Como ela é?O subordinado sorri.— Linda, elegante e estuda na Universidade de Bergen, pelo que descobri é estudante de doutorado em economia, o que me leva a crer que seja inteligente.O superior o encara com ainda mais curiosidade.— Quero um relatório completo sobre essa garota na minha mesa para ontem. Se ela for de fato importante na vida de Matthis, é exatamente o ponto onde iremos atacar.O mais novo assente.— Irei providenciar imediatamente o relatório
Ingrid termina de calçar os sapatos que irá usar na recepção do casamento de um amigo próximo de Matthis. Coloca um par de brincos dourados e ajeita os cabelos a contragosto. É mais do que óbvio que não queria estar ali. Não conhecia aquelas pessoas e estar ao lado de Matthis havia se tornado um inferno desde que havia descoberto quem de fato ele é.— Vamos descer, estão todos nos aguardando! — Ele diz, ao adentrar a suíte presidencial do hotel em que estão hospedados. Se fosse em outra situação Ingrid poderia aproveitar o conforto oferecido naquele quarto do hotel, com sua sala requintada, o grande espaço para jantar e o closet, contudo na situação em que se encontra não tem vontade nem ânimo para mais nada na vida, desde que passou a entender que vivia debaixo do mesmo teto de um mafioso assassino.— Vamos. — ela diz a contragosto, o encarando com indiferença. Não sabia fingir sentimentos e o que Matthis conseguia enxergar em sua face no momento era algo próximo do mais puro ódio
Ingrid o encara com a feição distante, ainda tentando assimilar o que ele havia dito.— O quê? O que você disse? — Indaga mais uma vez, para ter certeza de que havia escutado bem.Matthis sorri, mas o sorriso não chega aos olhos.— Acaso está surda, querida? Eu disse que você está grávida.Ela levanta-se rapidamente da cama, sentindo uma tontura no processo por ter feito o movimento muito rápido.— Quem te falou um absurdo desse? Isso não pode ser verdade.Matthis ri.— Como não, meu amor? Nós dois somos jovens e saudáveis, isso teria que acontecer em algum momento, não acha?Ela anda de um lado a outro do quarto com as mãos na cabeça.— Não, Matthis, não. Isso não pode estar acontecendo. Eu não posso estar grávida. — levanta a manga da blusa que veste e lhe mostra aquele pequeno objeto inserido em sua pele. — Eu não posso estar grávida porque eu uso o chip que impede uma gestação, lembra?Matthis a encara por alguns segundos com indiferença, a deixando confusa.— Ahh claro, o chip...
Ingrid sente um tapa lhe ser desferido contra a face e cai sobre a cama com a mão sobre o local atingido. Lágrimas começam a verter de forma ininterrupta por sua face.— Eu quero saber como você pôde ter a ousadia de fazer o que fez. — Matthis indaga, enquanto caminha pelo quarto, a observando ainda jogada na cama sem se mover. Apenas os soluços dela são ouvidos. — Nunca poderei confiar em você novamente.Ingrid levanta-se aos poucos da cama, a face vermelha no local afetado pelo tapa, os cabelos cobrindo grande parte do rosto e os olhos vermelhos pelo choro.— Eu só quero me afastar de você, quero ir para casa. Me deixa ir, prometo que não irei lhe entregar para a polícia. Eu só quero minha liberdade de volta.Ele sorri de forma sádica.— Que pena, porque é justamente a única coisa que nunca poderei lhe dar. — Se aproxima dela rapidamente e a encara. — Sabe o que está merecendo por tamanha afronta? Uma punição.Ela arregala os olhos assustada, o rosto tomado por pavor, recordando-se
— Senhorita, ouça a voz da razão, estou preocupada com você, não faça nada que vá zangar o senhor Andreassen, olhe as consequências de tudo isso. — A única funcionária da casa que fala inglês diz a Ingrid, ao passo que troca seu curativo e as faixas em suas costas, após lhe dar um remédio para dor e um relaxante muscular.Ingrid nada responde, preocupa-se em apenas encarar seu reflexo no espelho.A mulher, não recebendo uma reação dela, pega a escova na penteadeira e começa a pentear seus longos cabelos, já que nem isso Ingrid fazia mais. Não sentia-se com vontade o suficiente para tal.Quando termina, a funcionária informa que traria seu café da manhã no quarto, já que ela mal consegue se movimentar, pois sente muitas dores.— Não estou com fome, não quero comer nada. — Diz séria, o rosto coberto de indiferença.A empregada suspira, não poderia culpar a jovem por seu recente comportamento. Ela estava suportando muitas coisas, coisas que muitos não suportariam.— Precisa se alimentar,