Capítulo 422
O rosto de Sebastião ficou paralisado, e ele me olhou surpreso.

Logo depois, o olhar dele caiu sobre as nossas mãos, que estavam firmemente entrelaçadas, minha e de George.

Ele não disse nada, nem eu. Foi George quem quebrou o silêncio:

— Sebastião, bom dia.

Bom dia? O dia mal tinha amanhecido!

A voz de George pareceu trazer Sebastião de volta ao presente. Ele apertou o maxilar e fixou seu olhar em mim:

— Carol, preciso conversar com você.

Eu poderia ter recusado, mas não o fiz. Algumas coisas precisavam ser ditas, esclarecidas. Depois disso, nunca mais seria necessário voltar a esse assunto.

— George, sobe lá primeiro. Quero tomar um leite. — Falei com ele de um jeito casual, como se fosse apenas uma esposa comum.

George assentiu e puxou a gola do meu casaco para fechá-lo melhor.

— Está frio de manhã.

Ele entrou no elevador e subiu. Sebastião não se moveu imediatamente. Ficou olhando para os números do painel do elevador como se estivesse hipnotizado. Só quando o
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