Culpe ela por ter mencionado as câmeras de segurança, pois isso levou Walter a verificar a pasta de arquivos, assegurando que tudo estava coberto e ela não precisava se preocupar. Apesar de os vídeos não terem sido salvos, as memórias permaneciam gravadas em sua mente, o distraindo durante reuniões. Decidiu então voltar para vê-la, encontrando ela adormecida e desprotegida no sofá. A cabeça dela estava ligeiramente inclinada para o lado, expondo a linha elegante do pescoço e dos ombros. A pele branca e delicada, quase translúcida, deixava vislumbrar as veias azuladas.O sexo, sendo uma das coisas mais primitivas e básicas, não era algo em que Walter costumava desperdiçar muito tempo e energia, apenas uma maneira normal de satisfazer suas necessidades. Mas, após se separar de Larissa por alguns meses, ele percebeu que realmente sentia falta dela.Walter segurava os lábios dela e então começou a levantar o pijama dela de baixo para cima.Larissa não esperava que ele voltasse de repe
Enquanto Larissa esfregava os dedos com sabonete e uma escova de roupas, ela levantou a cabeça e viu no espelho uma marca vermelha no seu pescoço. Ela fechou os olhos, se contendo. Só posso imaginar que o flerte acidental daquele momento, daquela intensidade, em comparação com o ato sexual direto, aquela situação já era uma fuga de mais um perigo. Larissa abriu novamente os olhos, com uma expressão calma. Lavou as mãos várias vezes, usou corretivo para esconder a marca e escolheu um suéter de gola alta do armário.Quando jogou o pijama no cesto de roupa suja, viu algumas peças de Walter, mas aquelas roupas não pareciam ser as que ele usou ontem... “Seriam as que ele vestiu na noite passada?”Ela olhou mais de perto ao ver uma mancha de sangue no casaco branco, mas Walter não parecia ter nenhum ferimento. Larissa, curiosa, examinou o casaco e concluiu que o sangue provavelmente tinha sido esfregado acidentalmente por alguém. O tecido era fino e guardava odores, ela sentiu um leve
Larissa se virou:- Eu dormi profundamente ontem à noite, não sei.Walter a observava com seus olhos negros profundos, terminando de secar as mãos e então disse:- Após aquela sua frase, não deveria me perguntar o que eu fui fazer ontem à noite?Larissa franziu ligeiramente a testa:- Eu nunca interferi nas atividades diárias do Sr. Walter, não é?Walter colocou a toalha de lado, com uma expressão serena:- De agora em diante, você pode perguntar mais.Larissa não entendia, ele estava exigindo tanto assim de uma ferramenta? Ela de repente achou que a paisagem também não tinha mais graça e concordou casualmente:- Tudo bem.72 horas, 72 horas. Durante esse tempo, ela podia concordar verbalmente com o que ele dissesse.Walter se levantou e foi até onde Larissa estava:- Está olhando o quê? - Ele olhou para baixo. - Quer andar de barco?Larissa:- Não, estava só olhando.- Se quiser, eu levo você. - Walter disse e foi direto para fora do quarto privado, mas Larissa só estava olhando casu
Os dois no barco olharam instintivamente na direção da voz e viram um homem e uma mulher encostados em uma janela à beira do rio. O homem que falava era Luiz. A primeira reação de Larissa foi de surpresa. “Que coincidência? “Era Luiz. Que não era da Cidade S, mas sim da Cidade R, e havia vindo à Cidade S para um evento empresarial. Ela não esperava encontrá-lo ali, no mesmo restaurante brasileiro. A jovem mulher ao lado dele era desconhecida para Larissa. Mesmo de longe, era possível ver que ela era excepcionalmente bela, com traços delicados e indubitavelmente atraentes.Larissa aproveitou a oportunidade para desviar do assunto quase conflitante:- Sr. Walter, é o Sr. Luiz.- Eu sei. - Walter olhou para ela, decidindo deixar de lado, por enquanto, o assunto da discussão anterior, e mandou o barqueiro se aproximar da margem.Luiz e a jovem também se afastaram da janela. Quando o barco atracou, os dois já estavam saindo do restaurante. Ele de terno e ela de longo vestido, Laris
Larissa, confusa, se lembrou de quando Walter levou ela para o quarto do segundo andar no cruzeiro da Família Santiago e Luiz mandou ela acender cigarros. Naquela situação, se ela tivesse seguido em frente, estaria se humilhando, então naquele momento, ela decidiu por não ir.Contudo, ela nunca imaginou que Luiz traria essa situação à tona.Ao perceber a situação, além da sensação de ser menosprezada de novo, Larissa experimentou uma pitada de ser enganada, sem seu conhecimento.Um leve traço de raiva surgiu nela, mas afinal, era apenas sobre acender um cigarro. Não era como se estivesse sendo forçada a fazer algo mais. Não havia razão para explodir.Walter, sem expressão, lançou a ela um olhar antes de continuar a conversa com Luiz, mas agora com uma frieza evidente em sua voz.Larissa comia em silêncio, quando seu celular vibrou, recebeu uma mensagem de WhatsApp de Enrico, perguntando por alguns dados. Ela respondeu enquanto comia.Ele, aproveitando a deixa, perguntou a ela:- Como
- Primo, espere por mim um momento. – Disse Sarah, apertando os lábios e se levantando.Ela saiu rapidamente da sala....Walter estava prestes a voltar para a empresa, enquanto Larissa ia para o hospital visitar sua mãe. Eles se separaram na entrada do restaurante, e Larissa disse de maneira simbólica: - Sr. Walter, estou indo.- Você ligou para denunciar Luiz por fumar dentro da sala? – Perguntou Walter, olhando para ela com desconfiança.- Sr. Walter, eu realmente não fiz isso. – Respondeu Larissa, mantendo a expressão inalterada.Walter não acreditou, deu um sorriso irônico e disse: - Eu não disse que você fez algo errado. Larissa não seria idiota o suficiente para acreditar nele e confessar tudo. A única pessoa que ela podia confiar completamente era ela mesma. No mundo, as traições podiam acontecer a qualquer momento.- Sr. Walter, eu realmente não fiz. – Insistiu Larissa.Walter também não quis continuar com essa conversa, ele segurou o queixo dela, os olhos ligeiramente cer
Então, Walter saiu da Mansão das Costas Leste ontem à noite porque Bianca sofreu um acidente.As manchas de sangue e o cheiro de desinfetante em seu casaco eram dela.Ele passou a noite toda cuidando dela? Isso realmente mostrava muito carinho.Larissa olhou para elas, depois falou devagar: - Esta noite, também ficarei na Mansão das Costas Leste. Nos próximos dias, estarei com Walter. Bianca, se quiser continuar ligando para ele e chamar ele, desde que ele esteja disposto a ir com você, eu não vou impedir. Bianca ficou atônita por um momento, de repente, ergueu a cintura.- Você! Você!Seus olhos ficaram vermelhos e úmidos, como se tivesse sofrido um grande golpe. Ela tentou dizer algo, mas as palavras não saíam.A mãe de Bianca estava ainda mais irritada, tentando empurrar Larissa.- Sua vagabunda, o que você está dizendo! – Xingou ela. Larissa se esquivou do toque de mãe de Bianca e, com indiferença, curvou os lábios antes de se afastar. A mãe de Bianca continuou xingando por trás.
Larissa optou por deixar ele morrer.Agora era inverno, não era fácil suar, e não trocar de roupa por dois dias não seria um grande problema. No entanto, ela encontrou uma solução. Ela entrou em contato com a vendedora de uma loja que ela costumava frequentar pelo WhatsApp e pediu que ela escolhesse duas roupas. Larissa se ofereceu para pagar mais para que um entregador as levasse diretamente para a Monte Serenidade.No entanto, dada a hora tardia, a vendedora já havia encerrado o expediente, pedindo desculpas e prometendo providenciar a entrega pela manhã. Larissa agradeceu a ela.Quando chegaram, já era meia-noite. Luiz recebeu eles pessoalmente, quando ele viu Larissa, estava com interesse nos olhos, dizendo:- Sr. Walter trouxe a secretária Larissa também? Beleza, quanto mais gente, mais animado! Estamos jogando cartas lá em cima, venha se juntar a nós!Walter concordou, se virando para Larissa perguntando:- Você vem?- Sr. Walter, estou um pouco cansada. – Recusou Larissa, com