Larissa optou por deixar ele morrer.Agora era inverno, não era fácil suar, e não trocar de roupa por dois dias não seria um grande problema. No entanto, ela encontrou uma solução. Ela entrou em contato com a vendedora de uma loja que ela costumava frequentar pelo WhatsApp e pediu que ela escolhesse duas roupas. Larissa se ofereceu para pagar mais para que um entregador as levasse diretamente para a Monte Serenidade.No entanto, dada a hora tardia, a vendedora já havia encerrado o expediente, pedindo desculpas e prometendo providenciar a entrega pela manhã. Larissa agradeceu a ela.Quando chegaram, já era meia-noite. Luiz recebeu eles pessoalmente, quando ele viu Larissa, estava com interesse nos olhos, dizendo:- Sr. Walter trouxe a secretária Larissa também? Beleza, quanto mais gente, mais animado! Estamos jogando cartas lá em cima, venha se juntar a nós!Walter concordou, se virando para Larissa perguntando:- Você vem?- Sr. Walter, estou um pouco cansada. – Recusou Larissa, com
Walter franzia a testa, acendendo o abajur ao lado da cama.O nariz de Larissa estava avermelhado de leve devido aos espirros consecutivos, lágrimas se acumulando nos cantos dos olhos.Sob o olhar dele, ela espirrou de novo.Walter, sem qualquer entusiasmo, se levantou da cama e perguntou com voz séria: - Você está com frio?- Talvez seja porque você está gelado. – Respondeu Larissa, fungando.Walter, recém-chegado do frio penetrante da madrugada de inverno, involuntariamente se afastou mais, observando ela encolhida sob as cobertas. Ele franziu a testa novamente e perguntou: - Você vai dormir de calça jeans, não acha desconfortável? Larissa refletiu que, mesmo se estivesse desconfortável, teria que suportar. Deveria ela vestir um roupão de hotel? Isso facilitaria para ele.- Não tenho roupas para trocar, preciso me virar. – Respondeu Larissa.Walter desabotoou a camisa, olhando para ela de forma indiferente e dizendo: - Suas roupas estão na mala, vá pegar você mesma. - Sr. Walter
Walter estreitou os olhos, pegou o celular e ligou para Jéssica.- O assistente da Dra. Jocelyn ainda está cuidando da mãe de Larissa? - Perguntou Walter.- Sim, ainda vai cuidar até amanhã. - Respondeu Jéssica.- Peça ao departamento jurídico para preparar um contrato. - Disse Walter....Larissa perguntou à empregada onde poderia tomar café da manhã. A empregada levou ela até o restaurante da Monte Serenidade.Ela pediu uma tigela de lámen e estava prestes a devolver o cardápio ao garçom quando alguém se sentou à sua frente.Era Walter, vestido casualmente.- Me ajude a pedir também. - Disse Walter.Larissa teve que pedir para ele.Ela percebeu que ele parecia indiferente, talvez por causa do que aconteceu de manhã. Pensando bem, ela perguntou com preocupação: - Sr. Walter, por que não dorme um pouco mais? Você foi dormir tarde ontem à noite. - Fui perturbado por alguém e perdi o sono. - Disse Walter, enquanto pegou um copo limpo, se serviu de água morna.- Você pode voltar para a
- Não, eu pensei que seria por três ou cinco anos. Dez anos me surpreendeu um pouco, mas, pensando bem, em qualquer lugar que eu trabalhe, é tudo a mesma coisa. Trabalhar para o Grupo BY por uma década vale a pena. - Disse Larissa, com calma, prendendo a respiração.- Então assine, uma assinatura eletrônica tem o mesmo efeito legal. Eu vou observar você assinando. - Walter continuava pressionando.- É claro que confio em você, Sr. Walter. Só que, dez anos... Se eu puder viver até os 80 anos, esses dez anos serão um oitavo da minha vida. Considerando que já vivi 25 anos, não me restam muitos dias. - Disse Larissa, colocando o celular de lado.- Pedir para você assinar um contrato, você fala como se eu estivesse pedindo sua vida. - Disse Walter, rindo debochado.- Mesmo que não esteja pedindo minha vida, ainda está pedindo metade dela. - Disse Larissa, com um sorriso amargo. - Eu me formei na universidade aos 22 anos e te segui. Nos últimos três anos, além de ganhar um corpo doente, não
Após discussão emocional com Walter, Larissa, finalmente relaxada, desviou o olhar para fora da janela. - Os alvos no gramado são para arco e flecha ou tiro ao alvo? - Perguntou ela.O garçom entregou o café da manhã com um sorriso, respondendo: - São para arco e flecha, mas também temos um campo de tiro, embora seja em um ambiente fechado. - Arco e flecha. - Disse Larissa, ficando interessada.Walter recebeu um café e espaguete, ele pegou os talheres, percebendo o interesse dela e sugerindo: - Quer experimentar tiro com arco? Posso te levar. Entre dormir e praticar tiro com arco, Larissa, era claro, escolheu a última opção. Então, após o café da manhã, eles foram juntos para o gramado.Inicialmente, esperavam estar sozinhos, mas ao chegarem, se depararam com Murilo, Susana e uma garota que não conheciam. A atmosfera entre as duas mulheres e o homem era um tanto delicada.Devido à entrada deles, os três desviaram o olhar discretamente. Murilo se aproximou deles e cumprimentou
Entretanto, Murilo permaneceu indiferente.Cláudia, cruzando os braços, estava ainda mais satisfeita.- Algumas pessoas são simplesmente desprezíveis. Ela nem foi convidada, mas continua nos seguindo como um adesivo. Se ela gosta tanto de servir, que sirva bem. É só isso que ela tem a oferecer. - Provocou Cláudia. Ouvindo como uma observadora imparcial, Larissa achou as palavras de Cláudia perturbadoras. Cláudia piscou os olhos, continuando. - Oh, gerente Susana, não me entenda mal. Não estou falando de você. Mas você poderia levantar o guarda-sol? Estou sendo queimada pelo sol. Susana, maquiada, não deixava transparecer suas verdadeiras emoções. No entanto, seus lábios se apertaram com firmeza.De maneira inexplicável, Larissa sentiu que a reação emocional de Susana não era causada pelas provocações de Cláudia, mas sim pelo fato de Murilo, mesmo ouvindo tais palavras, permanecer indiferente.Curiosa, ela olhou para Walter. Afinal, Susana tinha passado algum tempo com ele anteriorment
Walter, respirando fundo, pegou uma flecha. Os três eram igualmente habilidosos, mas Cláudia, por sua vez, errou todas as três flechas, com uma delas até caindo no meio do caminho.Assim, Larissa e Walter venceram a primeira rodada. Naquele momento, o celular de Walter tocou, e ele fez um sinal para Murilo, que concordou com a cabeça:- Sr. Walter, se sinta à vontade, e eu pedirei mais alguns conselhos à Srta. Larissa.Walter não esqueceu que Larissa estava prestes a se juntar ao Grupo Dias. Ele apertou os dedos de Larissa e disse em tom suave: - Na segunda rodada, vamos deixar a secretária Larissa e Sr. Murilo competirem. Não importa quem vença, eu aceitarei. Secretária Larissa, nos mostre do que é capaz. - Tudo bem. - Respondeu Larissa, apertando os lábios.Enquanto Walter se afastava para atender a ligação, Murilo trocou para um arco composto e se aproximou de Larissa.- Arco composto é mais desafiador do que o tradicional. Srta. Larissa, apesar de sua aparência delicada, você
Apenas as três mulheres permaneceram no local, e Cláudia, ao contrário de Susana, não tinha muita percepção. Com um descontentamento evidente, revirou os olhos e balançou a mão, dizendo: - Flecha é tão chato, minhas mãos estão doendo! - Eu disse que você só iria atrapalhar o Sr. Murilo. Srta. Cláudia, saiba o seu lugar. Forçar uma situação não adianta, se não conseguir controlar, acabará perdendo no final. - Disse Susana, com frieza.Essas palavras não se referiam apenas ao arco e flecha, mas também aos homens.Cláudia não era boba, como poderia não perceber, apenas disse:- Você!Ela virou a cabeça de repente e viu Susana segurando um guarda-sol com uma mão e cruzando os braços, uma postura casual, com a luz do sol brilhando em seu corpo, especialmente em suas pernas expostas, claras e reflexivas.Ela estava tão deslumbrante que Cláudia, tarde demais, percebeu que ter ela como guardiã do guarda-sol era uma tentativa de envergonhar ela. Agora, ficava claro que foi Cláudia quem se humi