- Walter… - Chamou Larissa.Walter se afastou, deixando o lobby através da porta giratória e Larissa também foi - empurrada - para fora pela mesma porta.Larissa olhou para trás para ver ele se afastando até ouvir o entregador chamar ela. - Seu telefone termina com 2055, certo? - Perguntou o entregador.- Sim, é isso. - Respondeu Larissa, só então desviando o olhar.Após pegar a comida, ela voltou para o quarto. O bom humor que tinha ao acordar já havia desaparecido.Ela podia sentir que Walter tinha fortes sentimentos negativos em relação a Severino, até mesmo antipatia. No entanto, ela não sabia de onde vinham essas emoções... Eles não eram colegas do ensino médio? E naquele incidente no cruzeiro, a relação entre Walter e o Sr. Davi parecia boa, muito melhor do que com o Sr. Carlos. Por que, então, Walter tinha uma opinião tão forte sobre Severino?Larissa não se via como o motivo desses problemas. Mesmo que houvesse alguma razão relacionada a ela, com certeza seria apenas uma peq
Na conversa entre Walter e Jéssica, havia uma frase “aquilo que o diretor Xavier mencionou”, o que significava que o diretor Xavier suspeitou que alguém foi morto?Combinando isso com a menção de “cavar um buraco” por Larissa, Walter concluiu que a pessoa estava morta. Aquele dia, ele foi à delegacia registrar um boletim de ocorrência e foi por isso que os policiais vieram fazer perguntas a Larissa?O rosto de Enrico também não estava bom. No rosto gentil e educado dele, havia uma expressão séria. - Você quase foi intimidada ontem à noite? Por que não contou? - Perguntou Enrico.Larissa colocou o cachecol de volta ao redor do pescoço. - Eles não chegaram a me tocar. Assim que percebi suas intenções, fugi imediatamente. - Respondeu Larissa.- Você tem certeza de que quer deixar Susana escapar? - Perguntou Enrico, com gravidade.Se fosse apenas uma “brincadeira”, tudo bem. No entanto, devido a essa “brincadeira”, algo tão sério aconteceu e Larissa pensou que não valia a pena. Mesmo En
Larissa ficou atônita por um memento.- Diana. - Chamou Enrico, franzindo a testa. - O que foi? Estamos aqui para jogar, essas perguntas são normais para animar a festa. Se não acredita, pergunte aos outros. - Disse Diana, parecia inocente.- Entendi, eu não conheço as regras do jogo. Se eu escolher “Desafio”, qual seria? - Perguntou Larissa, mantendo a compostura.- Desafio seria beijar o homem à sua direita por dez segundos. - Disse Diana, com um sorriso.Larissa tinha um homem do lado direito, era a pessoa de contato do local naquele dia.Quando eles propuseram ir para a rua dos bares, o contato local ouviu, como era da Cidade C, sabia qual bar era o mais divertido. Ele se ofereceu para levar eles, por isso se juntou ao grupo deles.No entanto, o problema era que à esquerda dela estava Enrico.Mesmo que esse desafio envolvesse um beijo, deveria ter sido proposto beijar o homem à esquerda, já que a provocação com Enrico já tinha acontecido anteriormente.Diana insistiu em dizer que
Segundo andar do bar.Walter não apreciava lugares barulhentos demais. O Clube Palácio Oeste, de propriedade de Lucas, era relativamente tranquilo e ele raramente o frequentava, especialmente locais de entretenimento puro como esse.Naquela noite, ele veio ali por um convite de alguém que queria se encontrar com ele. Quando ele chegou, percebeu que era um bar.Sentado em uma cabine, Walter cruzou as pernas, sem tocar nas bebidas pedidas, nem sequer provou a fruta do prato, pegando apenas uma laranja quando estava com sede.Ele a dividiu em quatro partes, pegando um gomo de cada vez, se movendo de maneira lenta e distinta, com uma elegância reprimida.Naquela noite, Walter não vestia camisa, usava uma malha de gola alta preta combinada com um paletó marrom escuro. Naquele ambiente agitado, ele não se deixou envolver, permanecendo indiferente e altivo.- Sr. Zaca, você me convidou para uma conversa, mas não era necessário. A compensação pela demolição já foi decidida há muito tempo, ass
Larissa mordeu os lábios, se mantendo com firmeza e tentando se manter consciente enquanto se esforçava para se aproximar de Enrico.- Enrico! Professor Enrico! - Chamou Larissa.A pista de dança estava muito barulhenta. Enrico estava focado em Diana. Larissa finalmente conseguiu se espremer até ele, estendendo a mão. Faltava apenas um metro, mas havia duas pessoas entre eles. Ela estava prestes a alcançá-lo.No entanto, Diana, naquele momento, foi derrubada por alguém, em meio à multidão, havia um alto risco de ser pisoteada após uma queda.Enrico, ansioso, abriu caminho à frente empurrando quem estava na frente. A pessoa empurrada, por acaso, acabava batendo na mão estendida de Larissa.Enrico se abaixou, pegando Diana, que estava chorando, os dois saíram da pista de dança.Larissa, derrubada pelo homem que foi empurrado por Enrico, ele se virou sem perceber que ela estava ali.Walter, no segundo andar, observou toda a cena com um sorriso irônico.Olhe, esse era o homem que aquela m
Os caras gordo e magro estavam fumando à porta.- Você fica de olho nela aqui, vou procurar o chefe, esteja atento, não deixe ela escapar! - Disse o cara magro e alto.- Haha, uma mulher, como ela poderia escapar? Além disso, ela deve estar completamente fraca agora, afinal, ela tomou a droga! - Disse o cara gordo e baixo, não se importando.- Você usou apenas um sonífero nela, não foi? - Perguntou o cara magro.- Naquela noite, não deu certo na floresta, eu ainda estava pensando nela. - Respondeu o cara gordo.- Você usou aquela droga nela? - Questionou o cara magro.- Sim, rápido, vá embora, quando você voltar, entraremos, afinal, o chefe não disse que não podemos mexer, vamos nos divertir primeiro! - Disse o cara gordo.O magro coçou o queixo e saiu apressado, enquanto o gordo, pensando nos prazeres futuros, já estava imaginando a sensação de sucesso.De repente, ele ouviu barulhos de cadeiras e mesas caindo lá dentro. Sem hesitar, ele abriu a porta, mas só viu as cordas espalhadas
Larissa, em uma reação em cadeia, se lembrou daquele episódio enquanto a droga continuou agindo. Seus olhos estavam desfocados, e ela, fora de controle, se aproximou de Walter, se agarrando à sua cintura.A expressão de Walter ficou mais fria do que nunca. Ele pensou que se não tivesse estado no bar no momento certo, se não tivesse visto ela e vindo salvar ela, ela teria caído nas mãos daquelas pessoas. Sob a influência da droga, ela poderia ter se entregado a eles?Seus olhos refletiam gelo enquanto ele colocou a mão em seu pescoço, forçando ela a erguer a cabeça para que ele pudesse ver claramente o rosto dela, agora cheio de luxúria.Era verdade que ela parecia mais interessante quando estava nesse estado do que quando estava sóbria.Mas Larissa sentia que esse gesto de “apreciação” dele era cheio de desprezo, como se ela fosse apenas um brinquedo divertido.A razão ultrapassou o instinto, ela empurrou ele com repulsa. - Não me toque! - Disse Larissa.Walter pressionou seu corpo co
As folhas dançavam ao sabor do vento, suas sombras no chão tremiam como salgueiros ao vento, sem controle.Larissa estava completamente passiva e Walter, após ela ter mencionado o nome de Severino, tinha um olhar frio e distante.Ele manipulava ela sem piedade, mas sua expressão era como a de um espectador distante.De repente, um toque de celular ecoou, Larissa estremeceu.- Relaxe. - Sussurrou Walter.Mas Larissa não conseguia relaxar.Isso parecia ser... Seu celular?Não deveria ter sido confiscado pelos aqueles dois caras, o baixinho e o magro?Era inacreditável não?Sua cabeça estava girando naquela hora, presumindo erroneamente que o celular havia sido confiscado, por isso não denunciou o incidente.Eles não apenas prenderam suas mãos na frente, mas também não revistaram seu celular?Se ela soubesse, teria chamado a polícia mais cedo, evitando ficar sob a pressão de Walter agora.Um passo em falso e todos os passos seguintes foram errados!Ela nunca deveria ter vindo para esse ba