Segundo andar do bar.Walter não apreciava lugares barulhentos demais. O Clube Palácio Oeste, de propriedade de Lucas, era relativamente tranquilo e ele raramente o frequentava, especialmente locais de entretenimento puro como esse.Naquela noite, ele veio ali por um convite de alguém que queria se encontrar com ele. Quando ele chegou, percebeu que era um bar.Sentado em uma cabine, Walter cruzou as pernas, sem tocar nas bebidas pedidas, nem sequer provou a fruta do prato, pegando apenas uma laranja quando estava com sede.Ele a dividiu em quatro partes, pegando um gomo de cada vez, se movendo de maneira lenta e distinta, com uma elegância reprimida.Naquela noite, Walter não vestia camisa, usava uma malha de gola alta preta combinada com um paletó marrom escuro. Naquele ambiente agitado, ele não se deixou envolver, permanecendo indiferente e altivo.- Sr. Zaca, você me convidou para uma conversa, mas não era necessário. A compensação pela demolição já foi decidida há muito tempo, ass
Larissa mordeu os lábios, se mantendo com firmeza e tentando se manter consciente enquanto se esforçava para se aproximar de Enrico.- Enrico! Professor Enrico! - Chamou Larissa.A pista de dança estava muito barulhenta. Enrico estava focado em Diana. Larissa finalmente conseguiu se espremer até ele, estendendo a mão. Faltava apenas um metro, mas havia duas pessoas entre eles. Ela estava prestes a alcançá-lo.No entanto, Diana, naquele momento, foi derrubada por alguém, em meio à multidão, havia um alto risco de ser pisoteada após uma queda.Enrico, ansioso, abriu caminho à frente empurrando quem estava na frente. A pessoa empurrada, por acaso, acabava batendo na mão estendida de Larissa.Enrico se abaixou, pegando Diana, que estava chorando, os dois saíram da pista de dança.Larissa, derrubada pelo homem que foi empurrado por Enrico, ele se virou sem perceber que ela estava ali.Walter, no segundo andar, observou toda a cena com um sorriso irônico.Olhe, esse era o homem que aquela m
Os caras gordo e magro estavam fumando à porta.- Você fica de olho nela aqui, vou procurar o chefe, esteja atento, não deixe ela escapar! - Disse o cara magro e alto.- Haha, uma mulher, como ela poderia escapar? Além disso, ela deve estar completamente fraca agora, afinal, ela tomou a droga! - Disse o cara gordo e baixo, não se importando.- Você usou apenas um sonífero nela, não foi? - Perguntou o cara magro.- Naquela noite, não deu certo na floresta, eu ainda estava pensando nela. - Respondeu o cara gordo.- Você usou aquela droga nela? - Questionou o cara magro.- Sim, rápido, vá embora, quando você voltar, entraremos, afinal, o chefe não disse que não podemos mexer, vamos nos divertir primeiro! - Disse o cara gordo.O magro coçou o queixo e saiu apressado, enquanto o gordo, pensando nos prazeres futuros, já estava imaginando a sensação de sucesso.De repente, ele ouviu barulhos de cadeiras e mesas caindo lá dentro. Sem hesitar, ele abriu a porta, mas só viu as cordas espalhadas
Larissa, em uma reação em cadeia, se lembrou daquele episódio enquanto a droga continuou agindo. Seus olhos estavam desfocados, e ela, fora de controle, se aproximou de Walter, se agarrando à sua cintura.A expressão de Walter ficou mais fria do que nunca. Ele pensou que se não tivesse estado no bar no momento certo, se não tivesse visto ela e vindo salvar ela, ela teria caído nas mãos daquelas pessoas. Sob a influência da droga, ela poderia ter se entregado a eles?Seus olhos refletiam gelo enquanto ele colocou a mão em seu pescoço, forçando ela a erguer a cabeça para que ele pudesse ver claramente o rosto dela, agora cheio de luxúria.Era verdade que ela parecia mais interessante quando estava nesse estado do que quando estava sóbria.Mas Larissa sentia que esse gesto de “apreciação” dele era cheio de desprezo, como se ela fosse apenas um brinquedo divertido.A razão ultrapassou o instinto, ela empurrou ele com repulsa. - Não me toque! - Disse Larissa.Walter pressionou seu corpo co
As folhas dançavam ao sabor do vento, suas sombras no chão tremiam como salgueiros ao vento, sem controle.Larissa estava completamente passiva e Walter, após ela ter mencionado o nome de Severino, tinha um olhar frio e distante.Ele manipulava ela sem piedade, mas sua expressão era como a de um espectador distante.De repente, um toque de celular ecoou, Larissa estremeceu.- Relaxe. - Sussurrou Walter.Mas Larissa não conseguia relaxar.Isso parecia ser... Seu celular?Não deveria ter sido confiscado pelos aqueles dois caras, o baixinho e o magro?Era inacreditável não?Sua cabeça estava girando naquela hora, presumindo erroneamente que o celular havia sido confiscado, por isso não denunciou o incidente.Eles não apenas prenderam suas mãos na frente, mas também não revistaram seu celular?Se ela soubesse, teria chamado a polícia mais cedo, evitando ficar sob a pressão de Walter agora.Um passo em falso e todos os passos seguintes foram errados!Ela nunca deveria ter vindo para esse ba
Ao mesmo tempo, na Cidade S, Sara não conseguia de jeito nenhum fazer a ligação para Larissa.Vanda havia desmaiado de repente e os médicos correram para socorrer ela. Mesmo tendo passado por uma crise semelhante antes, Sara não se acostumava e estava ainda mais apavorada.Naquele momento crucial, ela ignorou os conselhos de Vanda, sem hesitar, ligou para Larissa, esperando que ela tomasse as decisões. No entanto, o celular de Larissa não estava respondendo.Quando Sara estava prestes a ligar pela segunda vez, o médico terminou o procedimento e veio explicar a situação. - Estabilizamos a situação, o desmaio foi causado por falta de oxigênio no cérebro. - Avisou o médico.- Então... Está tudo bem agora? - Perguntou Sara.- Não podemos dizer que está tudo bem. A falta de oxigênio no cérebro pode causar danos aos nervos, aumentando os riscos de complicações pós-operatórias no futuro. Vocês, como familiares, precisam estar psicologicamente preparados. - Disse o médico.Sara olhou para ele
Larissa não pôde deixar de agarrar com força o tecido do suéter de Walter.Walter baixou o olhar para ela, percebendo que agora ela dependia dele, em seguida, ele dirigiu seu olhar para Zaca.- Bela? Sr. Zaca, talvez esteja se enganando. Ela é minha secretária. - Respondeu Walter.- Isso é impossível. Ela é Bela, tenho certeza. - Negou Zaca, com um sorriso malicioso.- Você quer dizer que eu estou errado? - Questionou Walter, sorrindo de leve.Embora sua voz não fosse ameaçadora, Walter emanava uma presença intimidante, simplesmente ficando lá, fazendo com que ninguém se atrevesse a desafiar ele.Essa aura intimidadora vinha da riqueza e poder acumulados ao longo de várias gerações da família Pires, da liderança do Grupo BY nos negócios e da reputação de Walter por decisões rápidas no mundo empresarial.Seu olhar arrogante e indiferente era respaldado por sua posição e conquistas.Quando ele afirmou que estava certo, alguém como Zaca teria coragem de dizer que estava errado?O rosto de
Walter jogou fora a cinza do cigarro, não negou, sorriu de canto. - Já está tarde, vai descansar um pouco. – Disse Walter.- Ok. – Concordou Danilo.Com isso, ele desligou a chamada.Walter voltou para o quarto, olhando por um tempo para a mulher adormecida na cama antes de se deitar e puxar ela para perto....Na manhã seguinte, Larissa foi acordada.O efeito do remédio já passou e Larissa estava totalmente lúcida. Ela pegou aleatoriamente algo na mesa de cabeceira e o atirou diretamente no homem ao seu lado.- Some daqui! – Disse Larissa.Walter estava um pouco despreparado, o cinzeiro acertou sua testa.Sem sangramento, mas estava com uma mancha vermelha.Ele segurou às pressas suas mãos e as pressionou nos lados do travesseiro. Larissa, com os olhos vermelhos, encarou com intensidade para ele.- A gratidão transformada em ódio. Se não fosse por mim ontem à noite, talvez você já estivesse enterrada em um buraco agora. – Disse Walter.O peito de Larissa subia e descia intensamente,