Larissa, de repente, ficou confusa e olhou para cima.- E daí? Isso não é algo escasso. Todos os grandes hospitais têm. – Disse Larissa.- Diferentes marcas, diferentes níveis de médicos, o resultado pode variar. O médico que você consultou disse qual é a taxa de infecção? 50%? Meu médico diz 10%. – Disse Walter, sem emoção.Larissa prendeu a respiração. 10%!O médico de sua mãe, que já era um renomado diretor na Cidade S, só conseguiu reduzir a taxa de infecção para 50%.Ele tinha um médico que conseguia reduzir para 10%, o que significava que ele poderia aumentar as chances de sua mãe sobreviver de 50% para 90%.Noventa por cento.- Secretária Larissa, desta vez eu não estou chantageando você, nem impedindo você, ainda te dei uma saída. – Disse Walter, soltou ela, pressionando o botão com os dedos longos, a porta do elevador que se abria novamente. – Escolha por si mesma. Larissa ficou sozinha no elevador, os dedos inconscientemente se apertando em um punho.Ele parecia ter dado a
Susana voltou para o hotel e entrou correndo diretamente na sala de reuniões.- Problema sério! A Srta. Larissa desapareceu! – Exclamou ela.Todos que estavam prestes a resumir o trabalho olharam para ela.Enrico se levantou de repente. Ele havia voltado depois de resolver os assuntos no laboratório. Ele pensou que, ao esperar ali, poderia encontrar Larissa após o expediente. No entanto, ele se deparou com essa notícia terrível.- O que você está dizendo?! – Perguntou Enrico, tenso.A atuação de Susana era extraordinária.- Hoje, fomos a vários locais para coletar dados. Depois de terminarmos e nos prepararmos para voltar ao hotel, a Srta. Larissa de repente disse que precisava usar o banheiro. No entanto, eu e o motorista esperamos por meia hora e ela não voltou. Percebi que algo estava errado e fui verificar, mas ela nem sequer estava lá! Tentei ligar para ela, mas o celular está desligado! Eu procurei ela nas proximidades, mas não encontrei ela. Voltei de imediato para informar voc
- Eu preciso de suas complicações desnecessárias? – Perguntou Walter. Ele não tinha tempo para conversar com ela, saindo rapidamente pela passagem segura. Ele pegou o celular para ligar ao motorista. - Você não sabe, mulheres caem na rotina de herói-salvando-dama. Se você esperar mais uma hora, deixar ela se sentir desamparada e assustada, depois aparecer e salvar ela, ela certamente vai se amolecer e se reconciliar com você. – Disse Susana, alcançando ele. - Me encontre no portão do hotel. – Disse Walter, a motorista. Ele encerrou a ligação e empurrou Susana para o lado. Ele pressionou o botão do elevador para o térreo, afirmando. – Eu só sei que você precisa de disciplina agora. Você está voltando para seus pais amanhã. A expressão de Susana mudou. - Eu estava te ajudando! Como você pode retribuir com inimizade? – Disse Susana.Walter não respondeu, apenas olhou para o elevador, sem mostrar sinais de emoção. Susana, com medo de que ele realmente enviasse ela para seus pais, impl
Por instinto, a assistente olhou para trás quando o veículo entrou no túnel e o rosto do homem desapareceu na escuridão, impossível de ver claramente.Assim, ela só conseguia ver vagamente a mão dele, que estava em seu joelho, girando um isqueiro de maneira intermitente.O isqueiro era completamente prateado, sem qualquer decoração ou marca famosa. Não era de luxo e não tinha nenhum design especial, apenas um isqueiro comum, antigo, com um mecanismo de giro.Se precisasse destacar alguma característica especial, talvez seja a inclusão de uma pedra preciosa laranja na base, como um sol forte derretendo em ouro.Esse isqueiro não combinava muito com a posição dele, mas ele o carregava consigo há muitos anos, nunca o deixando por um dia sequer.Quando o veículo saiu do túnel, o homem de máscara olhou para as pistas à esquerda e à direita, sem carros à vista. Ele pressionou o acelerador, ultrapassando a velocidade permitida, dirigindo rapidamente em direção à floresta a leste.A floresta e
Larissa se levantou de imediato, pegou um galho ao alcance e começou a bater nas moitas ao seu redor.Mas não havia nada lá.O vento noturno balançava as folhas das árvores, fazendo um som de assovio. Larissa olhou para cima e as sombras das árvores se torciam em formas estranhas no escuro, como se mãos estivessem balançando.Essa visão bizarra, quando observada por um tempo, começou a fazer com que o som do vento parecesse gritos agudos de uma mulher.Uma série de imagens assustadoras e toscas de filmes de terror inundaram a mente dela, mesmo que fossem produções de baixa qualidade e ela soubesse que eram falsas, ainda assim, eram assustadoras.Continuar naquele ambiente por muito tempo, mesmo sem enfrentar perigos reais, poderia provocar medo.Larissa tentou abraçar a árvore à sua frente e pensou em subir para procurar um lugar iluminado e encontrar um caminho para sair. No entanto, a árvore era um cipreste, alta e esbelta, sem galhos divididos, sem pontos para se apoiar. Apesar de
Ao mesmo tempo, uma voz mais alta gritou “Larissa”, eclipsando a voz do homem, fazendo com que os passos do homem parassem de repente!Eles pararam na linha tênue da escuridão.Larissa, em meio à sua corrida frenética, ergueu a cabeça confusa. Seria uma ilusão?Ela parecia ter ouvido alguém chamando ela de “Lari”?- Larissa! – Gritou alguém. Outro chamado, seja “Lari” ou “Larissa”.De repente, Larissa congelou, vendo duas conjuntos de faróis se aproximando rapidamente, se transformando em luzes altas que a iluminaram a dezenas de metros de distância.Era como se uma luz divina estivesse descendo do céu.A floresta era vasta, com mais de uma trilha, mas sem marcadores, sem um local para quem não conhecia o caminho, restava dependia da sorte.Walter teve muita sorte, encontrou a estrada principal e dirigiu o carro até uns vinte ou trinta metros dela.Aqueles dois homens, ao perceberem que alguém estava chegando, trocaram olhares e rapidamente se esconderam na floresta.Larissa percebeu
Um grupo de pessoas estranhas apareceu do nada, correndo em direção a eles. Jéssica, sendo apenas uma secretária comum, ficou um pouco assustada.- O que vocês estão fazendo? Se continuarem vindo, vou chamar a polícia! – Disse Jéssica.Ouvindo que ela chamaria a polícia, os aldeões avançaram ainda mais rápido.- Peguem eles! – Disseram os aldeões.Larissa sentiu que algo estava errado e tentou descer de Walter, mas ele segurou ela com firmeza enquanto chutava um aldeão que se aproximava.- Você acha que não posso te levar embora? – Questionou Walter, olhando para ela rapidamente enquanto desviava de um bastão.Com as mãos cheias, não conseguiriam enfrentar os quatro punhos. Se continuassem assim, seria impossível sair.- Entre no carro! – Gritou Larissa, agarrando a porta do carro.Walter chutou outro aldeão, se virando, colocou Larissa no banco de trás. Jéssica também entrou rapidamente no carro.Walter mal terminou de acomodar Larissa quando viu um bastão sendo abaixado. Os olhos del
A noite ficou mais densa, com o frio noturno se condensando em uma leve névoa, pairando sob os postes de luz.- Eu não sou uma médica, eu não poderia ajudar mesmo se eu olhasse. Sr. Walter, é melhor você procurar um médico. – Disse Larissa, mantendo a calma.Ela não quis entrar na conversa duvidosa que Walter iniciou.Walter riu ao ver o rosto de Larissa refletido na janela do carro, às vezes claro, às vezes escuro.Ela estava vestindo a roupa dele, o casaco era um pouco grande, acentuando ainda mais a delicadeza de seu corpo já naturalmente esguio. Ele notou como ela estava desarrumada, com os cabelos bagunçados e a palidez no rosto persistindo, semelhante àquela noite chuvosa três anos atrás.- Você não aprendeu a lição. – Comentou Walter.Larissa sabia que ele estava falando dela, mas não se preocupou em aprofundar a conversa sobre o motivo. - O que aconteceu hoje foi uma armadilha criada de propósito pela gerente Susana. – Respondeu Larissa.- E daí? Quer que eu acerte as contas