- Secretária Larissa? – Disse Yuri, arqueando as sobrancelhas, pensava que Larissa poderia estar enfrentando problemas com Walter e querendo contratar um advogado para processar ele. Na ocasião, ele riu e continuou. – É só uma briga entre marido e mulher, isso passa. Volte para casa, abaixe a cabeça para Walter, não precisa fazer disso um grande problema. Não vale a pena, entende?Larissa não queria ouvir falar de Walter naquele momento. Depois de se despedir de Milena, ela simplesmente foi embora.Milena, sem desviar o olhar, também seguiu em frente.Yuri agarrou a mão de Milena, sorrindo com frieza.- Seu marido está aqui e você nem vai me cumprimentar? – Disse Yuri.Milena hesitou por um momento devido à referência de “marido”.- Ainda tenho trabalho e outra parte esperando para me ver. – Respondeu Milena.- Tudo bem, fique ocupada. A gente conversa depois que você terminar. – Disse Yuri, de maneira descontraída, soltando ela.No entanto, quando Milena terminou de ver o cliente e ac
Ao sair de ProLex Advogados, Yuri entrou no seu carro esportivo e ligou para Walter.- Walter, adivinha quem encontrei no escritório da Milena? – Disse Yuri.- O quê? – Perguntou Walter, surpreso.- Secretária Larissa. Não faço ideia do que ela estava fazendo lá, mas espero que não tenha vindo para te processar porque está impedindo ela de arrumar um emprego. Coelhos irritados podem morder, sabe? – Zombou Yuri. Walter, apoiado na cadeira, uma mão sobre a testa, mantinha os olhos meio fechados. Yuri continuou. – Se ela tiver escolhido outro advogado, sem problemas. Mas se escolheu a Milena, a coisa vai ficar complicada. Walter respondeu com um simples “Oh”. - Mas já que somos amigos, se as coisas ficarem difíceis, eu posso te ajudar. – Disse Yuri, de forma brincalhão. - Quando é o seu casamento? – Perguntou Walter, mudando de assunto.- Minha mãe tem medo de sonhar muito, então marcamos para o início do próximo mês. Eu queria que fosse você o meu padrinho, mas minha mãe disse que, co
Enrico afastou os olhos, se abaixou e pegou as frutas que estavam no chão, as colocando de volta na cesta.Larissa também ajudou a pegar as frutas, reorganizando a cesta. Ela deixou a cesta na porta do quarto e disse à enfermeira que eram para Sabrina.- Se ela vai aceitar ou não, é com ela. Pelo menos, deixei claro que me importo. – Disse Larissa, à enfermeira. Larissa e Enrico saíram juntos da ala hospitalar. Dentro do elevador, Enrico olhou para ela. - Não fique brava. – Acalmou Enrico.- Não estou brava. Se ela me agrediu, é porque meu pai feriu a filha dela. Ela está apenas defendendo sua filha e eu entendo. Se fosse eu que tivesse sido ferida, meus pais também sairiam em minha defesa. – Disse Larissa, sorrindo.Portanto, se colocando no lugar de outra pessoa, ela não podia deixar de se preocupar com seu pai.- Eu sugiro que, por enquanto, você evite ver eles. – Sugeriu Enrico, com calma.- Vou ter que ver. Quero conseguir o perdão deles para que meu pai possa ter uma pena reduz
- Não precisa. - Recusou Larissa.Mas Bianca insistiu em colocar o guarda-chuva em suas mãos. - Pegue. Com esse tempo, pegar um resfriado é fácil. - Insistiu Bianca. Larissa não entendia a intenção de Bianca. Ela disse com sinceridade. - Larissa, não pense que pegar um resfriado é apenas uma doença leve. Às vezes, uma pequena doença pode levar a grandes problemas. Como meu pai, no início achamos que era apenas um resfriado comum, mas acabou se transformando em uma doença grave que quase custou a vida dele. Apenas graças a um transplante cardíaco, senão, eu não teria pais agora. - O que você quer dizer com um “transplante cardíaco”? - Perguntou Larissa, ouvindo palavras sensíveis.- Larissa, você não conhece esse procedimento? Transplante cardíaco é quando um paciente com problemas cardíacos recebe um novo coração saudável. Meu pai fez a cirurgia ontem e é uma operação séria. Se o Sr. Walter não tivesse conseguido trazer o melhor cirurgião, eu não teria ficado tão tranquila. - Falou
Um estrondo como um trovão ecoou!Viviane desabafou sem hesitar, Larissa mal teve tempo de interromper ela. - Viviane! - Chamou Larissa.Walter se virou, fixando os olhos negros em Larissa.Enrico, ao ver a tensão na entrada, abandonou o carro, ao ouvir aquelas palavras, congelou, também olhando para Larissa.Walter soltou Bianca, os olhos dela piscaram, criança... Criança...- Perdemos um filho? - Pergunto Walter, a emoção dele permanecendo inabalada, ele só questionou Larissa. - Quando foi isso?Larissa engoliu em seco.Walter repassou rapidamente os últimos meses em sua mente.- Mentir requer habilidade, como eu não saberia que você engravidou e teve um aborto? - Zombou Walter, incrédulo.- Chame de mentira, se quiser. - Disse Larissa, soltando um sorriso irônico.Ela puxou Viviane, querendo ir embora com Enrico.- Você não vai explicar e pretende sair? Parece que você quer que sua amiga perca o emprego. - Ameaçou Walter, agarrando a outra mão dela.Larissa se virou bruscamente e V
- Eu... Eu coloquei aquele papel em um caderno, mas de repente não consigo encontrar o caderno. - Gaguejou Viviane, saindo do quarto com uma expressão pálida.Essa frase tornou o evento já absurdo ainda mais ridículo.Enrico franzia a testa, olhando para Larissa, que apenas torceu os lábios, sem humor, assim como Walter, sem expressão.Viviane estava desesperada para provar a existência do caderno, não sendo uma invenção dela. - Lari, você conhece meu caderno azul, com meu nome na capa? Você riu de mim dizendo que marcava todos os cadernos como fazia na época da escola, lembra? - Continuou Viviane.Larissa sabia sobre o caderno.Mas cada uma delas tinha um quarto próprio e ela não costumava entrar no quarto de Viviane, então não sabia onde estava o caderno dela.- Quer dizer que não há evidências, certo? - Sussurrou Bianca, ficando atrás de Walter e tocando o curativo no rosto.Com essa declaração, a temperatura na pequena sala do apartamento diminuiu mais um grau.Viviane ainda estav
Mas não podia, não era possível.Ela ainda tinha os pais, não podia ignorar tudo.- Você tirou o coração da minha mãe, roubou a chance dela de continuar viva. Isso é um fato inegável. Você está prestes a me fazer perder minha mãe. Se tiver um pingo de humanidade, deveria parar por aqui. O que ganha me forçando a revelar tudo? - Retrucou Larissa.- Fato inegável. - Walter repetiu essas palavras com um sorriso irônico. - Você insiste nisso?Larissa também não queria acreditar nisso.Mas ela acreditava que o destino dele seria como Bianca informara ela naquele dia, que aquele coração estava agora no peito do pai dela!Enrico segurou seu ombro, visivelmente tremendo, tremendo de raiva. - Tenho uma maneira de confirmar se a Srta. Larissa já esteve grávida e sofreu um aborto. - Falou Enrico, com uma voz séria. Os olhares de todos se voltaram para ele. Enrico continuou. - É muito simples, basta verificar os pulsos.- Você sabe verificar os pulsos? - Questionou Walter, descrente.Era uma dúvi
- Não confia na medicina chinesa? - Brincou Enrico, arqueando as sobrancelhas. - A medicina chinesa é a herança transmitida por milênios.- Acredito, confio plenamente na grandiosidade da medicina chinesa. É por isso que acho que você não seria fácil para você dominar essa habilidade tão facilmente. - Disse Larissa, ponderando. Se não a medicina chinesa era fácil demais.Dominar a arte de diagnosticar apenas pelo pulso exige anos de estudo dedicado. Como um professor que já tem muito o que fazer, seria difícil para você ter essa habilidade. - Você está certa, eu não sei como fazer isso, não tenho essa habilidade. - Admitiu Enrico, sorrindo com sinceridade.- Você está mentindo. - Disse Larissa, baixinho.- Estou mentindo porque acredito que você não mentiria. - Disse Enrico, encarando ela.As sobrancelhas de Larissa não podiam deixar de arquearem.Enrico, que a conhecia há menos de um mês, acreditava nela, enquanto Walter...Walter até sentiu que ela o enganou sobre o aborto.A garga